sexta-feira, 10 de abril de 2009

Última Hora: Capucho proibe tourada em Cascais



O presidente da Câmara Municipal de Cascais, António D'Orey Capucho (PSD) decretou ontem em comunicado a proibição de se realizar, como estava programada, uma tourada naquela vila no mês de Junho.
António Capucho, como o autarca de Braga, Mesquita Machado, cedeu a pressões da associação "Animal", que nas últimas semanas organizou um movimento de e-mail's contra a realização dessa tourada, anunciada para 20 de Junho e que, curiosamente, seria promovida por um colega de partido: João Taveira, presidente da Junta de Freguesia de S. Jorge de Arroios (Lisboa), eleito pelo PSD e proprietário de um novo restaurante em Cascais, "aMealhada Café", onde já foi criada uma tertúlia taurina (por onde passou na semana passada, em jantar de homenagem, o maestro Vitor Mendes) e que agora ia promover a referida corrida numa praça portátil, estando a logística da mesma entregue ao empresário Carlos Calado.
Em comunicado divulgado ontem pelo Gabinete do presidente da Câmara de Cascais, Capucho deixa claro que "não tenciono construir uma nova praça de toiros, nem autorizar espectáculos com animais em estruturas desmontáveis".
João Duarte, que foi o último empresário da demolida Monumental de Cascais, já assumira pública posição contra a realização de uma tourada em Junho numa praça portátil, defendendo que "é uma vergonha os toureiros aceitarem actuar numa 'barraca' quando ninguém fez nada contra o derrube daquela que foi uma das mais importantes e melhores praças de toiros do país", comparando esse facto a esta eventual situação: "é o mesmo que deitarem abaixo o Scala de Milão e o José Carreras se prestar a cantar ópera numa tenda de circo ao lado, são estas coisas que retiram dignidade à Festa e permitem que os seus intervenientes continuem a ser uns coitadinhos, sem força e sem se dar ao respeito...".
Sobre a proibição decretada pela Câmara, João Duarte "não se congratula com isso".
"Acho bem que não se realize essa tourada em Cascais numa praça portátil, mas não concordo com a forma e os motivos (pressões dos anti-taurinos) com que se chegou à proibição. Mas, lá está, os anti têm mais força que nós, os taurinos não se dão ao respeito e é por isso que estas coisas sucedem...", afirma.

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