
- Praça de Toiros desmontável de Ricardo Chibanga, em Vila Nogueira de Azeitão
- Data: 12 de Julho de 2009, às 18:00H
- Empresa: Comissão de Festas da Arrábida e Azeitão
- Organização: Comissão de Festas da Arrábida e Azeitão
- Ganadaria: Santa Maria
- Cavaleiros: Luís Rouxinol, António Maria Brito Paes e a praticante Isabel Ramos.
- Grupos de Forcados Amadores: de Alcochete e do Aposento da Moita, capitaneados por Vasco Pinto e Tiago Ribeiro, respectivamente
- Assistência: 3/4
- Delegados da IGAC: Delegado técnico tauromáquico Sr. António Garçôa, assessorado pelo médico veterinário Dr. Carlos Santos.-Banda: Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense.- Cornetim: José Henriques
Em boa hora a Comissão de Festas decidiu com a colaboração de taurinos conhecidos, levar a efeito uma corrida de toiros englobada nas suas festas anuais, "Festas da Arrábida e Azeitão".
Para esta corrida veio um curro de toiros da ganadaria Santa Maria, que à excepção do lidado em quarto lugar, vinham ferrados com o número 5 nas espáduas, portanto eram toiros. O segundo de Luís Rouxinol com o número 6 – era um novilho, não sendo visível o número no sobrero e como não estava afixada a ordem de lide, não foi possível esclarecer este pormenor.Esta ganadaria tem antiguidade de 07/09/86 em Cascais e provem de dois encastes que leva em separado, Murube - Urquijo e Parladé.Os toiros cumpriram, eram voluntariosos, suaves nas investidas, deixando os toureiros brilhar e muito bem apresentados de cara.
Como é da norma, o cavaleiro mais antigo de alternativa, neste caso Luís Rouxinol abriu a função. Coube-lhe lidar um toiro negro, bem apresentado como os demais, denotando dificuldades motoras que não impediram que se aplicasse. Foi recebido com três compridos regulares. Mudou de montada e cravou três curtos, um palmito e um par de bandarilhas a este bravo, que embora diminuído, estava sempre pronto para investir.O seu segundo trazia o número 5 nas espáduas. O novilho teve uma saída impetuosa, investia de cara alta, não humilhando. É parado e recebido com dois compridos à tira, crava quatro curtos e um palmito, sendo o quarto muito bem preparado e rematado em terrenos apertados.Não acede ao pedido do público para o tradicional par, deixando a praça com vontade de mais.
Brito Paes vinha para pedir meças e calhou-lhe um negro, também ferrado com o número 5, escorrido de carnes. É recebido com dois bons compridos à tira. Após mudar de montada tenta dois quiebros que não lhe saem bem, no primeiro ficou sem toiro e o segundo é cravado a cilhas passadas. Muda novamente de cavalo e crava mais dois ferros, um a quarteio e outro a sesgo, rematado no “corredor”, chegando ao público.O seu segundo, um castanho bragado, é devolvido aos curros por manifesta inferioridade física.Lida em último lugar o sobrero, também castanho, talvez o pior toiro da corrida. Era imperceptível o número com que esta rês vinha ferrada. Crava dois compridos, mas não se entende com este complicado. Já nos curtos, sofre alguns toques no cavalo, mexe no toiro, mas não consegue os terrenos que quer. De realçar o quinto curto, a sesgo, com remate apertado, que o público reconhece. No palmito que crava para fechar a tarde, o cavalo escorrega ao rematar o ferro, com o toiro a recargar, estando eminente algo de mau.Após o segundo curto, o público exige música ao director de corrida, ao que este acede.A música deve ser para premiar a actuação do artista e não para alegrar a festa, e até aí não tinha acontecido nada que a justificasse.
A praticante Isabel Ramos vinha para dizer que a festa também é evolução. Originalidade na casaca e no tricórnio, não convencionais, mas igualmente bonitos.Recebe o seu primeiro oponente, um toiro negro e gordo, com dois compridos muito bons, após falhar o primeiro.Nos compridos, com o toiro que se arranca de qualquer lado sempre com alegria e “som”, no primeiro cita de largo, encurta terrenos e crava com temple ao piton contrário; nos seguintes descobriu o filão. Com cites alegres provoca o público e o toiro e crava mais três curtos neste toiro que veio a calhar para o triunfo. Sempre muito ligada, com remates vistosos e ladeios que chegam ao respeitável e alegram o conclave.No seu segundo, um toiro negro bonito de tipo, embora escorrido, falha novamente o primeiro comprido, mas crava de seguida dois bons ferros no centro da praça.Nos curtos, com outro oponente sempre pronto a colaborar, crava de frente, com muito sentido de lide, temple e gosto, pondo a praça ao rubro com os seus cites e remates. Há a salientar nesta lide o primeiro, o quarto e o palmito com que se despediu debaixo de uma forte ovação.
Os Forcados Amadores de Alcochete abriram a tarde com Vasco Pinto a escalar Hugo Silva para a primeira pega. Citou sereno no centro da praça, encurtou terrenos, o toiro arrancou franco sem derrotar, com o forcado bem fechado; saiu do grupo, mas sem fazer mal e com ajudas eficazes consumou-se uma pega vistosa. Joaquim Quintela pegou o segundo do grupo sem dificuldade, com o toiro a entrar pelo grupo sem problemas.Para o fim estava guardado o melhor. Telmo Vasco fardou-se pela primeira vez e fez a pega da tarde. Desejamos-lhe daqui, muitas destas. O toiro arrancou ensarilhado, mas o forcado com muita calma recuou, escolheu o momento da reunião e aguentou a viagem de um toiro com muita pata e derrotando forte. O grupo com muita eficácia resolveu a papeleta.
Pelos Amadores do Aposento da Moita, começou Frederico Aragão Morais, que cita com galhardia no centro da praça, dando vantagens, com as ajudas junto às tábuas; o toiro com arrancada franca, proporciona uma pega vistosa em que o forcado não complicou.Francisco Capela foi escolhido para pegar o quarto da tarde. Em três tentativas, só por uma vez esteve na cara do toiro, nas outras, nem à voz o morlaco se fixava no forcado, passando ao lado no momento da reunião, tendo o artista saído lesionado. À quarta tentativa, José Maria Bettencourt, que dobrou o colega, com as ajudas carregadas em sorte sesgada, pegou sem dificuldade, porque o toiro ao sentir o forcado na cara parou sem fazer mal.Para terminar a actuação do Grupo Moitense, Vítor Epifânio brindou ao conclave, citou com garbo, mandou na investida, o toiro arrancou de largo, entrando pelo grupo, com pata, consumando-se uma pega plena de emoção, já nas tábuas.
Todos os artistas, à excepção de José Maria Bettencourt deram volta, tendo Isabel Ramos uma chamada especial aos médios.
O Mais e o Menos
Em boa hora a Comissão de Festas decidiu com a colaboração de taurinos conhecidos, levar a efeito uma corrida de toiros englobada nas suas festas anuais, "Festas da Arrábida e Azeitão".
Para esta corrida veio um curro de toiros da ganadaria Santa Maria, que à excepção do lidado em quarto lugar, vinham ferrados com o número 5 nas espáduas, portanto eram toiros. O segundo de Luís Rouxinol com o número 6 – era um novilho, não sendo visível o número no sobrero e como não estava afixada a ordem de lide, não foi possível esclarecer este pormenor.Esta ganadaria tem antiguidade de 07/09/86 em Cascais e provem de dois encastes que leva em separado, Murube - Urquijo e Parladé.Os toiros cumpriram, eram voluntariosos, suaves nas investidas, deixando os toureiros brilhar e muito bem apresentados de cara.
Como é da norma, o cavaleiro mais antigo de alternativa, neste caso Luís Rouxinol abriu a função. Coube-lhe lidar um toiro negro, bem apresentado como os demais, denotando dificuldades motoras que não impediram que se aplicasse. Foi recebido com três compridos regulares. Mudou de montada e cravou três curtos, um palmito e um par de bandarilhas a este bravo, que embora diminuído, estava sempre pronto para investir.O seu segundo trazia o número 5 nas espáduas. O novilho teve uma saída impetuosa, investia de cara alta, não humilhando. É parado e recebido com dois compridos à tira, crava quatro curtos e um palmito, sendo o quarto muito bem preparado e rematado em terrenos apertados.Não acede ao pedido do público para o tradicional par, deixando a praça com vontade de mais.
Brito Paes vinha para pedir meças e calhou-lhe um negro, também ferrado com o número 5, escorrido de carnes. É recebido com dois bons compridos à tira. Após mudar de montada tenta dois quiebros que não lhe saem bem, no primeiro ficou sem toiro e o segundo é cravado a cilhas passadas. Muda novamente de cavalo e crava mais dois ferros, um a quarteio e outro a sesgo, rematado no “corredor”, chegando ao público.O seu segundo, um castanho bragado, é devolvido aos curros por manifesta inferioridade física.Lida em último lugar o sobrero, também castanho, talvez o pior toiro da corrida. Era imperceptível o número com que esta rês vinha ferrada. Crava dois compridos, mas não se entende com este complicado. Já nos curtos, sofre alguns toques no cavalo, mexe no toiro, mas não consegue os terrenos que quer. De realçar o quinto curto, a sesgo, com remate apertado, que o público reconhece. No palmito que crava para fechar a tarde, o cavalo escorrega ao rematar o ferro, com o toiro a recargar, estando eminente algo de mau.Após o segundo curto, o público exige música ao director de corrida, ao que este acede.A música deve ser para premiar a actuação do artista e não para alegrar a festa, e até aí não tinha acontecido nada que a justificasse.
A praticante Isabel Ramos vinha para dizer que a festa também é evolução. Originalidade na casaca e no tricórnio, não convencionais, mas igualmente bonitos.Recebe o seu primeiro oponente, um toiro negro e gordo, com dois compridos muito bons, após falhar o primeiro.Nos compridos, com o toiro que se arranca de qualquer lado sempre com alegria e “som”, no primeiro cita de largo, encurta terrenos e crava com temple ao piton contrário; nos seguintes descobriu o filão. Com cites alegres provoca o público e o toiro e crava mais três curtos neste toiro que veio a calhar para o triunfo. Sempre muito ligada, com remates vistosos e ladeios que chegam ao respeitável e alegram o conclave.No seu segundo, um toiro negro bonito de tipo, embora escorrido, falha novamente o primeiro comprido, mas crava de seguida dois bons ferros no centro da praça.Nos curtos, com outro oponente sempre pronto a colaborar, crava de frente, com muito sentido de lide, temple e gosto, pondo a praça ao rubro com os seus cites e remates. Há a salientar nesta lide o primeiro, o quarto e o palmito com que se despediu debaixo de uma forte ovação.
Os Forcados Amadores de Alcochete abriram a tarde com Vasco Pinto a escalar Hugo Silva para a primeira pega. Citou sereno no centro da praça, encurtou terrenos, o toiro arrancou franco sem derrotar, com o forcado bem fechado; saiu do grupo, mas sem fazer mal e com ajudas eficazes consumou-se uma pega vistosa. Joaquim Quintela pegou o segundo do grupo sem dificuldade, com o toiro a entrar pelo grupo sem problemas.Para o fim estava guardado o melhor. Telmo Vasco fardou-se pela primeira vez e fez a pega da tarde. Desejamos-lhe daqui, muitas destas. O toiro arrancou ensarilhado, mas o forcado com muita calma recuou, escolheu o momento da reunião e aguentou a viagem de um toiro com muita pata e derrotando forte. O grupo com muita eficácia resolveu a papeleta.
Pelos Amadores do Aposento da Moita, começou Frederico Aragão Morais, que cita com galhardia no centro da praça, dando vantagens, com as ajudas junto às tábuas; o toiro com arrancada franca, proporciona uma pega vistosa em que o forcado não complicou.Francisco Capela foi escolhido para pegar o quarto da tarde. Em três tentativas, só por uma vez esteve na cara do toiro, nas outras, nem à voz o morlaco se fixava no forcado, passando ao lado no momento da reunião, tendo o artista saído lesionado. À quarta tentativa, José Maria Bettencourt, que dobrou o colega, com as ajudas carregadas em sorte sesgada, pegou sem dificuldade, porque o toiro ao sentir o forcado na cara parou sem fazer mal.Para terminar a actuação do Grupo Moitense, Vítor Epifânio brindou ao conclave, citou com garbo, mandou na investida, o toiro arrancou de largo, entrando pelo grupo, com pata, consumando-se uma pega plena de emoção, já nas tábuas.
Todos os artistas, à excepção de José Maria Bettencourt deram volta, tendo Isabel Ramos uma chamada especial aos médios.
O Mais e o Menos
+ O excelente curro de toiros, de apresentação e comportamento, enviado pela ganadaria Santa Maria; a exibição de Isabel Ramos e a pega de Telmo Vasco.A banda dde música da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense que, ao que soube, se estreava nestas lides, parecendo ser já traquejada nestas andanças.
- Continua a saga dos vendedores na bancada e o excesso de utilização da mão direita nas rédeas por parte dos cavaleiros.
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