
O mano-a-mano entre João Moura e Marcelo Mendes resultou num triunfo para ambas as partes. Miguel Moura deu também um ar da sua graça...
A tarde apresentou-se fresca e sem sol e o público quis render homenagem póstuma a Nuno Raposo um jovem entusiasta da festa brava, e a uma bonita moldura humana corresponderam os toureiros e os forcados com exibições de muito bom nível, pautadas pela seriedade e pela frontalidade do toureio praticado e com o praticante Marcelo Mendes a não se inibir perante o consagrado maestro João Moura, dando ambos uma boa tarde de toureio a cavalo.
João Moura, quando menos se espera destapa o frasco das essências. Entendeu na perfeição os dois novilhos-toiros de Cunhal Patrício que, como os restantes, cumpriram. Bons momentos na brega, cites vistosos e a encontrar toiro em todos os terrenos, permitiram ao maestro cravar uma série de curtos de muito boa nota, encurtando distâncias e provocando as investidas aos toiros. O primeiro comprido no segundo do seu lote é excelente pela viagem e pela forma como aborda o toiro e crava o ferro e dois curtos, em sortes frontais são também de muito boa nota em cada uma das lides. Rematou com os de palmo entre o forte entusiasmo popular.
Marcelo Mendes jogava cartada importante face ao alternante que tinha. E triunfou também mercê da sua entrega e da boa escolha dos terrenos para cravar a ferragem, o que fez com nível, rematando bem as sortes e deixando os oponentes colocados para o ferro seguinte. Deu distâncias para se deixar ver no cite e provocar a investida e soube encurtar as distâncias quando o andamento dos toiros diminuiu. Bons ferros curtos em ambos os toiros, culminando com um excelente par de bandarilhas a duas mãos sob fortes aplausos do público.
Os dois Grupos de moços de forcado não tiveram dificuldades de maior para pegarem os 4 exemplares de Cunhal Patrício. Assim, pelos Amadores do Ribatejo foi o cabo João Machacaz quem abriu praça com uma boa pega ao primeiro intento, secundado por Mário Gouveia também bem na cara do novilho-toiro e a consumar à primeira. Pelos Amadores de São Manços foram caras André Azeda numa boa intervenção ao primeiro intento e Nuno Leão consumou à segunda outra boa pega de caras.
Direcção de Pedro Reinhardt, muito preocupado com o cronómetro, assessorado pelo médico-veterinário José Manuel Lourenço. No início da corrida foi prestada homenagem, no centro da arena, a Nuno Raposo.
Espectáculo de Variedades Taurinas
O amador Miguel Moura lidou um novilho de Cunhal Patrício que teve os seus problemas e mais uma vez mostrou uma desenvoltura natural e um sentido de lide que é estranho num miúdo desta idade. Procurou o toureio frontal, fez cites de largo, cravou bons ferros e encantou o público que estava nas bancadas da praça de toiros instalada na Encarnação (Mafra). É um caso sério de intuição este Miguel Moura. Leonel Godinho, dos Amadores do Ribatejo, concretizou a pega de caras à segunda tentativa.
Eu fui, e fiqei super agradada com o espectaculo. :)
ResponderEliminarPrincipalmente o Marcelo