- Praça de Toiros: Arena de Évora- Data: 30 de Outubro de 2010, pelas 17h00
- Empresa: Terra Brava
- Ganadarias: Manuel Coimbra, Lopes da Costa, Passanha, Rio Frio, Teixeira, Santa Maria e Pégoras .
- Cavaleiros: J. Bastinhas, Vitor Ribeiro, Pedro Salvador, M. R. Telles Bastos, Salgueiro da Costa, Maria Mira e Manuel Vacas de Carvalho.
- Grupos de Forcados: Amadores de Montemor, de Évora e de Portalegre, capitaneados respectivamente por José Maria Cortes, Bernardo Patinhas e Fernando Coelho.
- Assistência: 3/4 casa
- Delegados da IGAC: Delegado técnico tauromáquico Sr. Pedro Rainhard assessorado pelo médico veterinário Dr. Carlos Ferreira.
A Arena d’Évora voltou a fechar a sua temporada com um festival de beneficência. Tratando-se de uma causa tão nobre, mais uma vez ficou demonstrado e elevado sentido de solidariedade das “gentes dos touros”, nomeadamente dos artistas que actuaram graciosamente e dos ganaderos que gentilmente cederam os novilhos. Num dia feio e de tempestade, o ambiente vivido na praça parecia saído de um dia de verão.
Joaquim Bastinhas foi o primeiro cavaleiro em praça. Frente a um novilho codicioso e sempre com a sua alegria contagiante, o cavaleiro de Elvas não teve dificuldade em realizar uma boa lide, com bonitos adornos. Na sua actuação, merece particular destaque, o quarto ferro curto e o último par de bandarilhas. Como habitual concluiu a sua lide com o desmontar da montada, agradecendo assim em praça.
Vitor Ribeiro desenvolveu a sua actuação de acordo com os parâmetros que o caracterizam e que o público lhe reconhece: toureio sóbrio, clássico e de verdade. Frente a um novilho com bravura, o cavaleiro executou com facilidade uma boa lide, de realçar o 3º comprido, o 1º,2º,3º curtos de muito boa nota reforçando-se o realce para a grande precisão da ferragem colocada.
Pedro Salvador teve como oponente um toiro que sempre denotou muito sentido pelo cavalo, mas que quando citado arrancava tardiamente. O cavaleiro soube desenvolver o toureio adequado às características do touro e cravou todos os ferros de cima a baixo, em sortes bem desenhadas, salientando-se o 2º comprido, um 2º curto de frente e para fechar o 5º e 6º curto.
Manuel Telles Bastos impressionou positivamente em vários aspectos; cavaleiro de grande elegância e leveza na arte de montar desenvolveu uma lide muito completa merecendo particular referência o seu 3º comprido, 1º e 3º curto, de frente. Sendo a imagem da arte de bem tourear. Durante esta lide aconteceram momentos sublimes resultantes da simbiose entre o bom toureio na arena.
A Salgueiro da Costa coube-lhe um touro muito parado e desinteressado pelo cavalo. O cavaleiro de Valada não se deixou impressionar pelas dificuldades e com persistência colocou a ferragem da ordem, tendo apanhado um susto ao colocar o 2º comprido quando o cavalo quase cai, não sendo pior, pois o cavalo consegue recuperar, felizmente não sendo colhido. Salienta-se o bom 2º comprido, e o 4º curto de frente.
Maria Mira, cuja actuação atingiu também um bom nível. Frente a um opositor que colaborou na lide, a jovem praticante colocou muito bem todos os ferros, incluindo dois compridos e o 1º,2º,3º curtos com muita classe. Procurou, e conseguiu, que todas as sortes fossem bem preparadas e vistosamente rematadas. A praticante deixou uma boa imagem.
Fechou a tarde, Manuel Vacas de Carvalho, um jovem praticante em praça que realizou uma lide de menos a mais. Entregou-se em praça na colocação da ferragem, com dois curtos de boa nota, um deles o ante penúltimo ao estribo e para finalizar um violino que lhe valeu muitas ovações.
Pelo Grupo de Forcados de Montemor pegaram João da Câmara à primeira tentativa, numa pega em que se fechou à córnea sem dificuldade com o grupo a fechar. A dupla João Maria Santos e Francisco Godinho numa pega de cernelha à primeira, a melhor da tarde, em que os forcados se agarraram muito bem, apesar do toiro enrolar bastante, sendo fundamental o trabalho dos campinos. Por fim Tiago Telles de Carvalho à primeira tentativa numa pega correcta com o grupo a ajudar.
Pelo Grupo de Forcados de Évora pegou João Leitão, à primeira tentativa numa pega fácil em que o forcado esteve bem com o grupo a fechar bem, Jorge Vacas, à terceira tentativa, numa pega com ajudas carregadas onde se notou o pouco à vontade do ajuda na pega de caras.
Pelo Grupo de Forcados de Portalegre pegaram Francisco Peralta, à primeira, com o touro a arrancar com prontidão e o grupo a fechar, e André Neves, também à primeira, onde o forcado esteve correcto com grupo, também desta vez a fechar bem.
O Mais e o Menos
+ Bom ambiente em que se viveu o festival.
+ A afluência do público, apesar do temporal que se fazia sentir no exterior à hora do espectáculo.
- Nada a registar.
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