segunda-feira, 17 de maio de 2010
Garraiada da queima das fitas de Coimbra mantém a tradição
Coliseu Figueirense praticamente esgotado, na tarde de 13 de Maio, quinta feira, o ambiente em redor da bem cuidada Praça de Toiros da Figueira da Foz, começa bem sedo, com a chegada dos estudantes e familiares da Universidade de Coimbra, é dia de Festa e a Tradição mantém-se.
Antes das cortesias, começam-se a juntar os vários cursos junto ao pateo de quadrilhas, depois são então chamados os novos “Fitados” da Universidade de Coimbra e dos vários Institutos e Escolas Superiores que no centro da arena dão largas à sua imaginação, está dado o “mote” para a tarde de festa.
Casa cheia de Capas Negras, o cornetim de serviço Sr. José Henriques dá o toque para que as cortesias tenham o seu inicio, tarde de muito sol mas com algum vento, onde foram lidados 3 novilhos e uma bezerra de António Valente de boa apresentação e a darem boas condições de lide.
Abriu praça Sofia Almeida, demonstrando algum nervosismo, normal em inicio de temporada e ainda pouco ambientada, com o ambiente das bancadas, a jovem cavaleira teve uma lide esforçada, deixando alguns apontamentos dignos de registo como foi a colocação do segundo curto com uma entrada frontal, cravando ao estribo numa lide asseada. Para a pega a primeira da tarde, os jovens dos Açores “Tremores de Terra” que por intermédio de Sérgio Meneses concretizaram a sua pega ao 2º intento.
O segundo novilho da tarde o mais pesado e de bom comportamento tal como seus irmãos, foi lidado por João Domingues, foi a primeira vez que vimos tourear o cavaleiro de Tomar, e, gostamos, com algumas arestas ainda por limar e com um grande caminho a percorrer, João Domingues deixou um excelente ambiente no coliseu figueirense, cravando de frente, com cites largos a provocar a investida do astado, o cavaleiro da cidade do Nabão teve uma lide sempre em crescendo, demonstrando muita toureria. Este segundo da tarde foi pegado pelos Forcados da Esc. Superior Agrária de Coimbra, por intermédio de António Consciência consumou à segunda tentativa.
Depois de um curto intervalo onde a organização da Garraiada aproveitou para homenagear algumas figuras que ao longo dos anos têm colaborado e mantido esta tradição tão portuguesa, lidou o terceiro novilho da tarde Verónica Cabaço que o ano passado tinha sido a triunfadora desta garraiada, a jovem cavaleira logo na ferragem comprida mostrou que estava ali para voltar a triunfar, mais rodada e com muita calma Verónica desenvolveu um toureio a gosto, com temple, com emoção, com um toureio de corte clássico deixou a ferragem com mérito sempre em “su sitio” numa actuação de grande nível. Para pegar este terceiro da tarde, estiveram os forcados do futuro da Ass. Académica de Coimbra, que por intermédio de João Monny concretizaram uma dura pega à primeira.
Para encerrar a tarde, Cláudia Almeida ainda muito jovem, com muito caminho para percorrer, mostrou alguns dotes de toureio, tem postura, sabe montar, mostrou alguns bons momentos, mas no entanto terá de rever o seu comportamento e nunca poderá esquecer que o publico (o digníssimo) é soberano e é este que paga o bilhete é este que mantém a festa viva, para a pega as “valentes” meninas das Amadoras de Benavente com Nadia Pereira ao segundo intento muito bem ajudada pelo restante grupo a consumar a pega da tarde, dando merecida volta ao ruedo com todo o coliseu de pé gritando “Forcada, Forcada”.
Bonita tarde de toiros, bonita tarde de festa dirigida com muita aficion pelo “Maestro” Julio Gomes.
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