segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Sexta houve touros em Arronches
Arronches recebeu mais uma corrida de toiros; estavam anunciados os cavaleiros José Manuel Duarte e Sónia Matias e a cavaleira praticante Alda Maria, as reses pertenciam á ganadaria Espanhola de José Luís Pereda (De Rosal de la Frontera, Huelva) traziam o número seis na espádua e estavam bastante bem apresentados para a praça em questão, cumpriram na generalidade.
José Manuel Duarte abriu praça com uma boa lide ao toiro mais pesado da corrida, em que cravou três ferros compridos e cinco curtos de boa nota; na sua segunda andou de forma mais irregular numa lide que não rompeu.
O primeiro de Sónia Matias cedo se enquerençou no centro da arena; trabalho redobrado para a cavaleira que mesmo assim não se fez rogada e deixou ferros de qualidade, e como resultado uma boa lide em consonância com as características do toiro. No seu segundo Sónia vem disposta ao triunfo mas o encastado “Pereda” dificulta-lhe um pouco o labor imprimindo-lhe um forte toque na montada, mesmo assim a cavaleira não se intimidou e rubricou bons ferros terminando com um correcto violino.
Alda Maria é uma cavaleira praticante e menos rodada, apenas lhe coube a lide de um toiro e a cavaleira não quis perder a oportunidade de deixar boa impressão perante o público de Arronches, e assim foi; com uma lide desenvolta e com laivos de faena campera (no bom sentido) dobrando-se de forma continuada e ajustada na cara do seu oponente deixa ferros de forma bastante acertada e emotiva com o toiro sempre a apertar. De referir como curiosidade que a cavaleira desenvolveu toda a sua lide sempre na mesma montada.
Emotivas e rijas pegas pelos forcados da casa e pelos da Póvoa de São Miguel; com a decisão da rapaziada, a nobreza dos toiros e um bocadinho de sorte á mistura, a coisa resolveu-se:
Por Arronches, Fábio Mileu á primeira tentativa com uma grande pega, com os ajudas a tardarem mas o forcado a aguentar fortes derrotes, deu duas merecidas voltas o forcado. No seu segundo o grupo de Arronches convidou os da Póvoa para compartilhar a pega e a coisa não resultou, primeiro por falta de coordenação nas ajudas e depois por falta de calma e algum descontrolo, com o toiro sempre a “subir”, três tentativas de Paulo Florentino, dobrado por Luís Faustino que consumou agarrando o toiro também a terceira tentativa, depois de escutar três avisos do Sr. Director Pedro Reinhart. Pegou também Manuel Cardoso á segunda tentativa, pois na primeira o toiro passa-lhe ao lado.
Pelos da Póvoa duas rijas pegas, primeiro por Dário Silva á primeira tentativa, e depois por Pedro Pontes que na primeira tentativa cai na cara do toiro ao recuar, resolve na segunda com uma grande pega.
O público compareceu com mais de meia casa, e, perante a inusitada logística desta castiça praça (que não possui trincheira) bom trabalho da equipa de praça (embolador e ferragem) do Elvense Diamantino Barriga.
Notas positivas para esta corrida: a excelente apresentação dos toiros Espanhóis de D José Luís Pereda, assim como da prestação dos dois grupos de forcados em praça, que perante a apresentação dos astados não se intimidaram e brindaram o público presente com emotivas pegas de caras.
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