segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Informação

Venho por este meio informar os aficionados e amigos e seguidores que o blog vai estar inapto durante vários dias até 31 de Janeiro por motivo de eu ir ser sujeito a uma intervenção cirugica no dia 19 de Janeiro.

17 de Janeiro


O cavaleiro Manuel Lupi está hoje de parabéns.
O bolasetetouradas.blogspot.com deseja ao amigo Manuel um feliz dia de aniversário e que conte muitos.

Bronca à vista.. Salgueiro vs Ventura

Luc Jalabert justificou veto a Salgueiro através de declarações públicas

O cavaleiro João Salgueiro estava contratado para tourear em Arles (França) no próximo dia 25 de Abril, repartindo cartel com Pablo Hermoso de Mendoza e Diego Ventura, frente a toiros de Fermin Bohorquez, revelou hoje o seu gabinete de imprensa.
Mas, segundo o mesmo, em declarações recentes do empresário francês, Luc Jalabert, a equipa de Salgueiro tomou conhecimento que o toureiro luso já não irá integral este cartel por ter sido "vetado" pelo rejoneador Diego Ventura que, de acordo com afirmações do empresário "não quer tourear com Salgueiro".

Salgueiro da Costa com Caçoete

João Salgueiro da Costa com João Pedro Bolota, Paulo Pessoa de Carvalho e seu Pai, João Salgueiro

O cavaleiro praticante João Salgueiro da Costa anunciou hoje que fechou acordo de apoderamento com Albino Caçoete.
De acordo com fontes próximas do cavaleiro, Caçoete é sócio/colaborador de António Manuel Cardoso na gestão da praça de toiros da Moita do Ribatejo.

"É um passo importante" diz João Maria Branco

''É um passo muito importante e extremamente necessário tendo em vista outros contratos já agendados'', foi desta forma que João Maria Branco deu a conhecer à imprensa que vai prestar provas para cavaleiro praticante no Coliseu do Redondo.
A prova decorrerá no próximo dia 05 de Março, durante um festival onde actuarão ainda os jovens cavaleiros
Tiago Martins, Mateus Prieto, Ana Rita e Verónica Cabaço.
Pegam os grupos de forcados do Aposento do Alandroal, de Arronches e do Redondo e lidam-se seis novilhos de várias ganadarias.

Campo Bravo das Arengozinhas

O Campo Bravo da Herdade das Arengozinhas, em Janeiro, já está em estado muito avançado. A família Inácio Ramos possui 2 corridas de toiros para o ano de 2011. A apetecível camada murubeña tem já neste momento um elevado trapio e mais cara do que em 2010. Aguarda-se com expectativa o destino destes dois curros da ganadaria alentejana que manteem as "fundas" colocadas para proteger os pitons.

Bencatel volta a homenagear a Festa

3º Festa Taurina em Bencatel, organizada pela Associação os Amigos da Festa de Bencatel\Grupo Forcados Amadores. 6, 7 e 8 de Maio. Festival Taurino, Demonstração de Toureio, Treino Forcados, Coloquio, Exposição de Fotos, Largadas de Toiros e muitas mais surpresas.
Em breve mais notícias sobre este grande acontecimento!

"El Juli"x2 em Olivença


Julian López "El Juli" actuará em duas das três corridas que compõem a próxima Feira de Olivença: toureia no domingo na corrida matinal e depois na da tarde. Morante não se encerrará com seis toiros - foi falso alarme...
Os cartéis estão praticamente definidos:
6ª feira, 11 de Março - novilhos de Bernardino Píriz para Diego Fernández, Rafael Cerro (que faz o debute com picadores) e Manuel Larios ou Tulio Salguero.
Sábado, 12 - toiros de Nuñez del Cuvillo para Morante de la Puebla, Alejandro Talavante e Cayetano Ordoñez.
Domingo, 13 (matinal) - toiros de Zalduendo para Enrique Ponce, "El Juli" e Miguel Ángel Perera.
Domingo, 13 (à tarde) - toiros de Garcigrande para António Ferrera, "El Juli" e Manzanares.

João Maria Branco presta prova no festival do Redondo


Por forma a assumir alguns compromissos para que já foi contratado, como cavaleiro praticante, o promissor João Maria Branco prestará provas no festival que no próximo dia 5 de Março se realiza no Coliseu de Redondo e onde também, como estava anunciado, se submeterá a idêntico exame a jovem cavaleira Maria Mira.
A restante composição do cartel é formada pelos jovens ginetes Tiago Martins, Mateus Prieto, Ana Rita e Verónica Cabaço.
Pegam os grupos de forcados do Aposento do Alandroal, de Arronches e do Redondo e lidam-se seis novilhos de várias ganadarias.

Foto João Dinis

Ventura sem orelhas na Plaza México


Depois de na véspera (sábado) ter obtido mais um clamoroso triunfo em Moroleón, onde cortou quatro orelhas e saíu em ombros, Diego Ventura passou ontem sem a glória desejada pela Monumental Plaza México, onde falhou na hora de matar e apenas foi ovacionado no final das suas três actuações.
A praça registou a presença de mais de 25 mil espectadores (menos de metade da sua lotação) e o grande triunfador da tarde acabou por ser o matador "El Zapata", que escutou palmas num toiro e cortou duas orelhas no outro. O terceiro toureiro do cartel, o matador José Maurício, foi silenciado no final das suas exibições.

Fotos Emílio Méndez

Jacinto Fernandes apresenta ligeiras melhoras

O conhecido bandarilheiro Jacinto Fernandes já se encontra no hospital de Vila franca de Xira, apresentando visíveis melhoras.

Segundo informação de seu filho, o também bandarilheiro Filipe Banha, o pai já se encontra melhor perspectivando-se para breve o seu regresso a casa.

Jacinto Fernandes tem sido visitado com frequência por colegas e amigos no seu leito de hospital.

"Queremos fazer um maior número de corridas e estar presentes em Feiras importantes" - Entrevista a Ricardo Castelo

A Temporada 2010 foi a primeira que Ricardo Castelo realizou como Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira. Neste inicio de ano e em vésperas de começar a época de treinos com vista à próxima temporada fomos conversar com este ainda jovem mas já experiente forcado.

Além do balanço à sua primeira temporada falámos também das suas expectativas para 2011 e de outros assuntos como a quantidade de Grupos que hoje existe, a Palha Blanco e o concurso de que irá ser alvo no próximo dia 21. Vale a pena ler:

"Tenho como objectivo pegar 30 corridas e mais de 100 toiros por ano"

Tauromania (T) - Qual o balanço que fazes a esta primeira temporada como Cabo do Grupo de Vila Franca?

Ricardo Castelo (RC) - A temporada 2010 foi bastante positiva pese embora o número de espectáculos em que actuamos. Tivemos corridas duras e sérias onde o Grupo correspondeu com grande qualidade e onde ficaram bem mostradas a experiência dos forcados da cara e a coesão do Grupo a ajudar.

T - Quantas corridas fizeram?

RC - Pegamos 23 espectáculos, corridas e festivais, tal como no ano anterior.

T - Isso corresponde aos teus objectivos?

RC – Não… é um número inferior aos objectivos pois tendo em conta a historia e quantidade e qualidade dos forcados que temos podemos pegar um maior número de corridas.
Tenho como objectivo pegar 30 corridas e mais de 100 toiros por ano, o que implica que destas 30 algumas sejam de 6 toiros.
Este é um número que considero que o actual Grupo tem capacidade para pegar, não baixando a qualidade, para dignificar o Grupo e tudo e todos que o representaram.

T - É voz corrente que muitos Grupo angariam publicidade e até vendem bilhetes para as corridas em que actuam. O que pensas disto?

RC - Tenho uma ideia muito clara em relação a isto. Acho mal e não consigo aceitar. Eu como cabo, forcado, e aficionado acho que isso não dignifica de maneira nenhuma os forcados e Grupos de forcados que andam com dignidade na Festa.

T - Achas que isto é sinal de que há Grupos a mais?

RC – Sim, acho que é por haver grupos a mais e porque há falta de seriedade.

T - Isto dificulta a tua tarefa enquanto Cabo?

RC - Isto dificulta e prejudica. Eu percebo que seja aliciante e que dê mais segurança ao empresário, mas no que diz respeito à qualidade da Festa duvido que esta seja a melhor opção. Como Cabo quero que o meu Grupo esteja bem, faça boas pegas e tenha boas maneiras dentro e fora de praça e que seja isso que leve os aficionados a ir aos toiros. Mas logicamente quando estes não são os argumentos que valem para se ser contratado os que actuam da forma como nós actuamos são prejudicados.

T - Sendo tu sobrinho de um antigo Cabo e tendo o Grupo de Vila Franca tantos elementos antigos que acompanham o Grupo e gostam sempre de dar os seus palpites, tem-te sido fácil marcar o teu próprio espaço?

RC - Ser sobrinho de um antigo cabo e ter tantos elementos antigos a acompanhar o Grupo só me orgulha e acrescenta responsabilidades. Marcar o meu espaço e meter as minhas ideias em prática tem sido fácil porque foi nesse sentido que recebi mais conselhos. Sempre me disseram para ir pelas minhas ideias e que a responsabilidade agora era minha, corresse mal ou bem. Neste aspecto tenho sido um cabo “novo” com muito espaço. No entanto recebo com agrado todas as opiniões dos elementos antigos e actuais.

"O Grupo vale por o seu todo e não há nem pode haver vedetas"

T - Quem foram os elementos que mais se destacaram ao longo desta temporada?

RC - Não quero deixar de dizer que o Grupo está acima de todos nós. Fiz questão de relembrar isto muitas vezes durante o ano, mas é com bons exemplos que se dá continuidade a essa linha que quero seguir.
O Grupo vale por o seu todo e não há nem pode haver vedetas mas, no entanto, há sempre elementos mais utilizados. Este ano destacaram-se o Pedro Castelo que ganhava confiança de corrida para corrida – acabando num nível que já não o via há muito tempo – o Ricardo Patusco voltou a ganhar alma e a confiança que parecia ter perdido na última época, os irmãos André e Emanuel Matos (ndr: ajudas que dão primeiras e segundas) que tornariam muito fácil ser cabo de um Grupo se tivesse só elementos com a técnica e vontade deles, a garra e técnica do Tavares (ndr: também ajuda) e, por fim, o Márcio Francisco no nível a que já habituou. Estes tornam, por várias razões, a fasquia de exigência muito alta e é por olhar para o lado e ver forcados destes que gostava de ter maior número de corridas e marcar presença nas Feiras mais importantes para mostrar bem os grandes valores deste Grupo.
Este ano também foi o ano do Luis Santos “Cagaréu” que se despediu, não só pelo que deu ao Grupo este ano como durante 14 anos. Merece por isso um destaque especial. Foi um grande segundo ajuda que tive a honra de comandar e de o ter como amigo.

"mesmo com assistências fracas a Palha Blanco é uma praça especial não só para nós mas para toda a Festa"

T – Aproveitando teres falado do “Cagaréu” nas bancadas de Vila Franca cantou-se o hino do Rancho dos Cagareus durante a volta após ele ter pegado. Mesmo com assistências fracas a Palha Blanco é uma praça muito especial para o Grupo de Vila Franca?

RC – É, claro que sim. É a Praça da nossa terra e independentemente das assistências é uma praça onde se dão corridas boas com toiros sérios e onde nos lançam desafios importantes.
Mas penso que Vila Franca não é só uma Praça especial para o Grupo de Vila Franca, é uma Praça especial para a Festa. É costume ver-se em Vila Franca algumas coisas que parecem perdidas noutros sítios como aplaudir um toiro de saída pelo seu trapio, ou no final obrigar a fechar as portas para que o toiro dê volta. Também na Palha Blanco se vêem menos voltas imerecidas que na maioria das outras praças mas quando se está bem também em Vila Franca se reconhece isso. Por exemplo, não vejo outra Praça onde se chame tanto os ajudas a dar volta quando estes estão bem.

T - Falando ainda da "Palha Blanco", é sabido que nesta Praça o Grupo de Vila Franca tem muita influência. Na época passada pegaram em Vila Franca grupos que estamos pouco habituados a ver pegar nessa praça. Como viste esta situação?

RC - O Grupo de Vila Franca tem tido até ao momento, por mérito próprio, alguma influência na Palha Blanco como disseste mas nós não somos os empresários da Praça. Aos empresários só pedimos duas coisas, como aconteceu no ano passado: é que não sejamos prejudicados em relação ao número de espectáculos que pegamos e que não estejamos presentes quando achamos que o espectáculo não dignifica. Falo de corridas com 3 Grupos por exemplo, caso alguém não perceba.

T - E o que desejas para o Concurso que se realiza no próximo dia 21, para adjudicação da Praça para os próximos 2 anos?

RC - Só espero que a empresa que ficar com a praça nos próximos 2 anos cumpra os requisitos que atrás referi e que venha dignificar a centenária Palha Blanco trazendo bons espectáculos aos exigentes e difíceis aficionados vila-franquenses.

T - Quais as expectativas que tens para a próxima temporada?

RC - Ter maior número de corridas e estar presentes em Feiras importantes com grandes desafios.

T - Quando começam a treinar?

RC – Começaremos na Ganadaria da Herdade do Balancho da Paula Vilaverde, como já é quase tradição no Grupo. Já o fazemos há muitos anos.

T - Com a quantidade de Grupos que agora há os Ganaderos continuam a ter abertura para receber os Forcados para treinarem?

RC – No nosso caso felizmente sim. Há Ganaderos que todos os anos nos ajudam, como o exemplo que já referi e outros como as ganadarias São Marcos, Ribeiro Telles ou Nuno Casquinha, entre outras.

T - E quanto a corridas, já têm algumas marcadas?

RC - Não. Ainda nada. Mas ainda é cedo para que os empresários nos comecem a ligar.

T - No seio da ANGF os Grupos decidiram que nesta temporada 2011 as bandarilhas de segurança já seriam condição obrigatória para que os forcados aceitassem actuar. Como achas que esta decisão vai ser recebida?

RC - Acho que vai ser bem recebida até porque já houve este ano de habituação e todos estão conscientes da importância desta medida para os forcados.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Cartéis definitivos para Olivenza

Já são conhecidos os cartéis definitivos para Feira de Olivenza que se realiza entre 11 e 13 de Março próximo, faltando apenas fechar o cartel da novilha.
Assim os cartéis estão montados da seguinte maneira:

Sexta, 11: Novillos de Bernardino Piriz para Diego Fernández, Rafael Cerro, (debuta com picadores) e Manuel Larios o Tulio Salguero.
Sábado, 12: Toros de Nuñez del Cuvillo para Morante de la Puebla, Alejandro Talavante e Cayetano.
Domingo, 13 (matinal): Toros de Zalduendo para Enrique Ponce, El Juli e Miguel Ángel Perera.
Domingo, 13 (tarde): Toros de Garcigrande para Antonio Ferrera, El Juli y José María Manzanares.

Gorada ficou a tentativa de Jose Cutiño em tentar que Morante se encerrasse com 6 toiros, dando como alternativa ao público de Olivenza duas corridas no mesmo dia com El Juli, tal como já tinha acontecido em anos anteriores com Enrique Ponce e Miguel Angel Perera.

Toiros: O Despertar desta semana

Festival taurino em Estremoz dia 23 de Abril

Marco Pernas, presidente da TTE anunciou festival taurino em Estremoz

A FIAPE, Feira Internacional de Agro Pecuária de Estremoz que se vai realizar de 21 a 25 de Abril vai este ano contar com uma evolvente tauromáquica.
Assim sendo, o Município de Estremoz com o apoio da TTE- TERTÚLIA TAUROMAQUICA DE ESTREMOZ vai organizar no dia 23 de Abril um magnífico festival taurino em praça portátil junto ao espaço da feira.
Podemos adiantar também que nos restantes dias da feira a tauromaquia vai estar em destaque com eventos com organização da TTE.
Em breve anunciaremos mais informações sobre estes espectáculos que têm como objectivo promover de desenvolver as tradições e a cultura do concelho e de Portugal.

O presidente da TTE: Marco Pernas

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Entrevista a João Salvação "Ninan"

O Aposento do Barrete Verde é o mais velho grupo de forcados da vila de Alcochete
Mais uma temporada terminou com o grupo em bom plano, fomos conversar com o seu cabo João Salvação, «Ninan» para os amigos.


- Como surgiu o gosto pelos toiros e pela forcadagem?

Começou de míudo, de pequeno, a ir ver os treinos dos meus tios e depois acabei por participar nos treinos.

- Escolheu o Aposento do Barrete Verde para ir pegar porquê?
Comecei nos Amadores de Alcochete, mas como não contavam comigo muitas vezes optei por mudar para o Aposento do Barrete Verde, onde fui muito bem acolhido.

- Pega no Grupo à quantos anos?
Comecei nos juvenis na época de 1991 e posteriormente comecei a pegar pelo grupo principal na época de 1995 até aos dias de hoje.

- Quando se tornou forcado, alguma vez passou pela sua cabeça um dia vir a ser cabo do Aposento?
Não, isso é uma coisa que nunca se espera é uma coisa que se trabalha para isso.

- Como define a temporada transacta?
Foi uma temporada boa, com boas prestações em praças importantes. O único aspecto menos bom é o número reduzido de corridas, que penso mereciamos mais, mas a festa está cada vez mais controlada pelos gostos dos empresários.
- Infelizmente o João também foi vitima de um acidente com as bandarilhas, qual a sua opinião e que força tem feito para que as bandarilhas
e ferros compridos de segurança sejam impostosnas corridas?
A força que penso que todos os forcados têm feito (fizeram em assembleia própria) é junto da associação para que a mesma se imponha na obrigação da utilização das bandarilhas e ferros compridos de segurança.


- Acha que a Associação de Forcados tem defendido com força suficiente para impôr as bandarilhas de segurança?
Sim tem, foi feita um assembleia para que todos os grupos discutissem esse assunto e ficou definido a imposição das bandarilhas de segurança, como podem ir verificar em acta dessa assembleia.


- Qual a pega que lhe deu mais prazer esta temporada?
Foi a pega do dia 3 de Julho na praça de Alcochete, a mesma onde sofri o acidente com um toiro da mesma ganadaria. Foi a primeira pega após o acidente.

- Este ano o Aposento pegou uma corrida em solitário em Alcochete que lhe correu as mil maravilhas tendo pegado os seis oponentes ao primeiro intento, teve algum feedback da parte dos empresários após essa corrida para mais contratações ou nem por isso?
No calor do terminar da corrida que limpámos em pleno, houve sim comentários de boca sobre novas corridas, mas com o decorrer da época não foi o que verifiquei.

- O grupo conta com muita juventude ou tem dificuldades em arranjar novos púpilos?
O grupo na sua maioria é tudo jovens e vão sempre aparecendo novos potenciais elementos.

- Quais as expectativas para a temporada nova que está ai ao virar da esquina?
Esperamos continuar a dignificar a festa e a honrar a jaqueta do Aposento do Barrete Verde

Festival de dia 5 no Redondo já tem cartel


Tal como aqui noticiamos, o Coliseu do Redondo irá abrir as suas portas no próximo dia 5 de Março de 2011, pelas 16h:30m, com um festival taurino de beneficência.


Segundo nos informou a Tertúlia Tauromáquica Redondense, em praça irão estar os cavaleiros Maria Mira, que presta prova de praticante), Verónica Cabaço, Ana Rita, Mateus Prieto, João Maria Branco e Tiago Martins.

As pegas estarão a cargo dos Forcados Amadores do Aposento de Alandroal, Arronches e Redondo, perante novilhos de várias ganadarias.

Forcados de Alenquer na Graciosa


O Grupo de Forcados Amadores de Alenquer, começa já a delinear a sua temporada 2011, tendo já agendado já algumas corridas.


Segundo nos informou o seu cabo Jorge Vicente, o Grupo de Forcados Amadores de Alenquer irá estar presente nas Festas da Graciosa, no próximo dia 13 e 15 de Agosto.

Quanto à restante composição do cartel está ainda por designar.

As respostas às perguntas dos nossos visitantes - Entrevista a Paulo Pessoa de Carvalho


Para esta grande entrevista feita ao empresário Paulo Pessoa de Carvalho lançámos aos nossos visitantes o desafio de colocarem eles próprios algumas questões. Aqui seguem essas perguntas e respostas:

PERGUNTA DE PEDRO FIGUEIREDO (GRACIOSA)
Como empresário sente-se com força para decidir quais os toiros a incluir numa corrida e conseguir que as figuras os aceitem tourear, nomeadamente as consideradas por muita gente as maiores figuras da actualidade ou tem que se sujeitar aos toiros que estas querem tourear?

PPC – Sinto-me com força para decidir na generalidade das vezes no entanto se eu só pensar na componente “toiro” sujeito-me a não contar com todos os toureiros. Por norma eu não faço “braço de ferro”, se me interessa um cartel tento, com uma conversa bipartida, que se chegue a uma solução para que esse cartel aconteça.
Dou um exemplo concreto: Na corrida do passado dia 1 de Novembro no Cartaxo eu tive dificuldades porque o rejoneador Leonardo Hernandez não quis tourear uma série de toiros. Neste caso eu queria muito apresentar aquele cartel (ndr: mano-a-mano Salgueiro-Hernandez) e aceitei acertar os toiros depois de ter acertado os cavaleiros e aqui tive complicações. Embora soubesse que iria ter limitações, não imaginei que iria encontrar tantas limitações. Em certa fase quase tive vontade de deixar cair o cartel e decidir então em função dos toiros. Não o fiz porque achei que tinha conseguido encontrar um patamar em que o interesse do toureiro ainda permitia que o interesse do aficionado continuasse defendido. É um exemplo de um caso em que eu não tive “força” para fazer exactamente o que queria mas eu não vejo uma negociação como uma luta a ver quem tem mais força e nas minhas organizações sou eu que tenho a última palavra. Se a determinada altura o interesse de um toureiro não é conciliável com o meu interesse, esse toureiro cai do cartel. Mas isto não me acontece muito. Há toureiros que levantam mais problemas que outros, mas esses eu na maior parte das vezes não os contrato.

Tauromania – Mas ser figura do toureio dá certamente esse estatuto de poder negociar?

PPC – Naturalmente que sim. Eu até valorizo uma Figura do toureio que pergunta o que vai tourear e está preocupada com os toiros no sentido de que proporcionem um bom espectáculo. Mas também há pseudo-figuras que até abusam de um estatuto que nem sequer têm. Sobretudo jovens que andam aqui há pouco tempo.

Tauromania – É um bom exemplo esse do Cartaxo e que se pode aplicar bastantes vezes, de se ter uma figura do toureiro com mais de vinte anos de alternativa que toureia o que sair pela porta e ter um jovem que tem de idade esses mesmos vinte anos e coloca muitas exigências.

PPC – Claro que é um bom exemplo. O João Salgueiro toureia tudo. O máximo que me diz, se puder optar é “Paulo se puderes escolhe a A em vez da B” mas se tiver ser a B ele toureia na mesma. Isto para mim é um toureiro com mais valor que outros que colocam muito mais restricções. E como o João Salgueiro há mais toureiros assim. Depois há outros que não só querem escolher a ganadaria como até querem escolher os toiros.

PERGUNTA DE VITOR TEIXEIRA SANTOS
Recomendaria a actividade de empresário taurino a um amigo?

PPC – Isto de ser empresário taurino tem muitas coisas em que é um privilégio. Repare alguém para quem ir ver toiros ao campo é estar a trabalhar, não é uma maravilha?
Mas por outro lado é uma actividade de um enorme risco e cada vez há menos condições suficientes para se ser empresário. Olhando apenas os euros, eu nos últimos dois anos não recomendo a um amigo meu que seja empresário. Olhando para a função, é uma actividade que tem imensas coisas gratificantes. Mas em termos de negocio até eu próprio me interrogo muitas vezes se irei continuar a ser empresário.

PERGUNTA DE NUNO VINHAIS
Quais são os seus principais critérios para escolher um Grupo de Forcados para incluir num cartel?

PPC – O principal critério é a amizade. No entanto há que explicar que eu só sou amigo de Grupos com qualidade por isso eu posso colocar como primeiro critério a amizade pois não colide com a qualidade do espectáculo, antes pelo contrário, é um garante de qualidade.

Tauromania – Num tempo em que se ouve tanto falar de Grupos que compram bilhetes e angariam publicidade, esse é um critério pouco comercial.

PPC – Eu nunca tive nenhum Grupo que me viesse oferecer euros para pegar. Já tive de escolher grupos por influências, porque um a Autarquia gostava muito que fosse este ou aquele, ou porque o Director da empresa que patrocina até pegou em tal Grupo. Isto não me parece mal. Até já pedi a Grupos que na sua terra pusessem bilhetes à venda, nalguns sítios até se vendeu bem, noutros não se vendeu nada. Agora como antigo forcado eu até acho degradante, e não estou disponível para isso, que a razão da escolha de um Grupo seja o seu compromisso de vender bilhetes ou arranjar publicidade. Até aconselho os Cabos desses Grupos a abrirem agências de bilhetes e que sejam comissionistas de publicidade pois se eles são contratados não porque são bons a pegar toiros mas sim porque são bons a vender bilhetes, para que é que têm um Grupo de Forcados em vez duma Agência?

PERGUNTA DE NUNO VINHAIS
Quando o seu filho Pedro crescer, se quiser ser Forcado, gostava mais que ele pegasse no Grupo de Montemor ou das Caldas da Rainha?

PPC – Nunca pensei nisso… não vou fazer pressão nenhuma para que o meu filho Pedro seja Forcado. Ele actualmente gosta é de jogar à bola e nisso é que ele podia ser um craque. Mas respondendo à pergunta: gostava que ele pegasse onde tivesse os seus amigos. Naturalmente que o meu coração pende para o Grupo de Montemor mas também desejo que o Grupo das Caldas possa crescer e afirmar-se e que venha a ser um Grupo grande. Mas a resposta é que ele pegue onde gostar mais, onde tiver os amigos dele.

PERGUNTA DE ANTÓNIO MARQUES
Acha que a PRÓ-TOIRO, da qual faz parte via Associação de Empresários, nasceu pelo telhado?

PPC – É uma boa pergunta e compreensível. Acho que a PRÓ-TOIRO podia ter nascido de forma mais estruturada. A verdade é que na Festa somos quase todos um pouco desorganizados, em especial as Associações. Faço a minha parte de “mea culpa” em relação à APET. É curioso mas a Associação que está mais atenta e mais desperta para o fenomeno da Defesa da Festa é a Associação de Forcados, a única constituida por amadores, mas que é a que está melhor estruturada e melhor funciona. Todos os outros temos de nos consciencializar da importância de Defender e Promover a Festa com profissionalismo pois os nossos inimigos, sendo muito menos do que nós, conseguem ter muito mais visibilidade e impacto que nós. Um bom exemplo é o que aconteceu em Santarém na jornada da Defesa da Festa. Conseguiu-se algo quase inalcansável, 50.000 pessoas em dois dias, mas depois isso não foi noticia em lado nenhum... nenhuma televisão, nenhum jornal nacional...
A PRÓ-TOIRO tem de ser o motivo para deixarmos de olhar para o nosso umbigo e olharmos mais à nossa volta e percebermos que se não nos unimos e não nos organizamos então qualquer dia, quando baterem ainda com mais força à nossa porta, nós não vamos estar aptos para nos defendermos. Por isso a PRÓ-TOIRO é urgente e por isso ainda bem que nasceu, mesmo que pudesse ter nascido melhor.
Temos de conseguir fazer um bloco, ver mais além do que vemos no nosso pequeno mundo, temos de estar despertos.
A PRÓ-TOIRO tem de existir para cumprir um papel de Promoção e de Garantia da continuidade da Festa. E obviamente que nisto têm de participar todos: os toureiros, os ganadeiros, os forcados, os aficionados através das tertúlias e, obviamente, as empresas.
Peço que os aficionados dêem um voto de confiança à PRÓ-TOIRO pois a sua existência é fundamental mesmo que neste primeiro ano as coisas não tenham aparecido estruturadas da forma que é necessário que venham a estar no futuro.

A TAUROMANIA agradece aos visitantes que participaram com estas perguntas e agradece também a Paulo Pessoa de Carvalho por nos ter recebido, desejando que a temporada de 2011 seja de sucesso empresarial, começando já no próximo dia 12 de Fevereiro em Vinhais.

André Rocha presta provas de bandarilheiro praticante


Tal como já aqui noticiamos, no próximo dia 1 de Fevereiro a Praça de Touros de Mourão receberá o já tradicional festival taurino, em que se dá a abertura da temporada.


Ao que o Toureio.com conseguiu apurar, neste festival o jovem vilafranquense André Rocha irá prestar provas de bandarilheiro praticante.

André Rocha, que tentou seguir a carreira de matador, tendo sido aluno da Escola de Toureio José Falcão, participado inclusive no concurso do Campo Pequeno e ainda em algumas novilhadas além fronteiras, tenta agora a sorte como bandarilheiro.

Relembramos que neste dia 1 de Fevereiro, actuam os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Marcos Tenório, bem como o matador Luís Vital “Procuna” e os novilheiros João Augusto Moura e Manuel Dias Gomes. As pegas estarão a cargo dos Amadores de Monsaraz perante touros de Eng.º Luís Rocha.

Marcos Tenório na Venezuela


No próximo dia 6 de Março, o jovem cavaleiro Marcos Tenório actuará na Praça de Toiros de Mérida, na Venezuela.


O ginete luso alternará com os rejoneadores José Luís Rodríguez, Andrés Chica, Francisco Javier Rodríguez e Rafa Rodríguez.

Nesta importante corrida lidar-se-ão touros da ganadaria Campo Pequeño.

Ganadaria palha em Madrid


A mitica ganadaria de Palha, de João Folque, estará presente mais uma vez este ano em Las Ventas, Madrid pela izidrada.
Além de Madrid os Palhas irão a Barcelona, Azpeitia e Vic Fezénsac.
Esta ganadaria poderá ainda ir a Salamanca e Logroño, em Portugal apenas está previsto ser lidado um curro na Praça de Toiros de Évora.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

RUI FERNANDES em directo na Rádio :: Pode ouvir via internet


Rui Fernandes será o convidado especial do Programa 3 Tércios da Rádio Portalegre do próximo domingo, dia 16, das 22h às 23h.

O Programa de Hugo Teixeira e de Lourenço Mourato poderá ser ouvido em directo para todo o mundo em: www.radioportalegre.pt

Relembramos que Rui Fernandes foi galardoado com o Troféu Triunfador Internacional pelo prestigiado programa.

Até domingo às 22h !

O cartaz de Mourão

Discoteca "Lagar": troféus a 26 de Fevereiro... e não em Janeiro


Noticiámos ontem, por lapso, que a festa de entrega de troféus da Discoteca "Lagar", na Golegã, aos Triunfadores da Temporada Tauromáquica 2010 se realizaria a 26 deste mês de Janeiro, mas será no dia 26 de Fevereiro (um sábado).
Fica a rectificação e os nossos pedidos de desculpa pelo engano.

"Falta profissionalismo à nossa Festa" - Entrevista ao empresário Paulo Pessoa de Carvalho

Neste inicio de ano fomos ao encontro do empresário Paulo Pessoa de Carvalho, que gere as praças das Caldas da Rainha, Cartaxo e Sobral além de organizar vários espectáculos por esse Portugal em praças desmontáveis. Numa conversa desasombrada Paulo Pessoa de Carvalho fez o seu balanço da temporada 2010 e falou-nos das expectativas para 2011.


Para esta entrevista pedimos também a ajuda dos nossos visitantes e, amanhã, na segunda parte desta entrevista, veremos as respostas de Paulo Pessoa de Carvalho às questões dos nossos visitantes. Vale a pena esta leitura.

"O ano de 2010, contrariamente ao que se esperava foi bom"

Tauromania (T) – Paulo, qual o balanço que fazes da temporada 2010 nas tuas praças?

Paulo Pessoa de Carvalho (PPC) – Penso que a temporada de 2010 foi melhor que a de 2009. Em termos gerais foi uma boa temporada com mais espectadores por espectáculo, o que é bom. Penso que da parte da generalidade dos empresários houve uma atenção aos preços, o que foi muito importante, e por isso foi um ano em que contrariamente ao que se previa numa fase inicial, acabou por correr bem.

T – E especificamente nas tuas Praças?

PPC – Nas minhas Praças sucedeu um fenómeno curioso: nas datas tradicionais as coisas não funcionaram tão bem mas nas organizações extra estas datas as coisas correram melhor. Para isto muito contribuíram as parcerias feitas com organizações que têm uma boa capacidade de mobilização. Estou a lembrar-me concretamente da Corrida do CDS que fizemos nas Caldas em Julho, numa data nova, e que encheu. Eu já tinha tentado no final dos anos 90 organizar corridas nesta data, até televisionadas, mas tive de parar porque não corria bem. Quero com isto dizer que esta corrida só correu bem em 2010 porque houve essa capacidade de mobilização que, no caso, o CDS trouxe.
Também em Maio, nas Festas da Cidade, realizei uma iniciativa com o Grupo das Caldas que resultou em cheio. Bilhetes a 5 €, preço único, e a Praça encheu completamente.
Foram organizações que provaram que com preços atractivos e capacidade de mobilização o sucesso é possível mesmo em datas não tradicionais.
No entanto, o 15 de Agosto foi mais fraco que o habitual.

T – E no Cartaxo, com duas datas tradicionais, o 1 de Maio e o 1 de Novembro?

PPC – No Cartaxo, foi mau. O Cartaxo é uma Praça na qual tenho investido tempo e dinheiro. Tenho a ilusão de que ali se possa fazer qualquer coisa mas todos os anos equaciono se deixo ou se continuo. Acho que se pode conseguir um muito melhor entrosamento com as forças vivas daquela região, incluindo com as empresas, mas tem de ser um trabalho de fundo. O Cartaxo é uma praça que se fosse a única eu não a poderia ter. Não sendo a única é uma praça na qual deposito esperanças mas estou muito na expectativa em relação ao que vai ser o Cartaxo em 2011.

T – E o Sobral?

PPC – O Sobral é uma Praça com aficionados, no entanto este ano em Setembro senti uma quebra na venda de bilhetes.

T – Achas que o Sobral “aguenta” duas corridas seguidas em Setembro? Antigamente apenas havia a de segunda-feira.

PPC – Isso é uma boa pergunta. Não sei… sinceramente não sei se aguenta. E há que reflectir. Essa pergunta que me fizeste também já a fiz a mim próprio mas ainda não tenho a resposta. Este ano vamos ter de pensar bem. Analisar se vale a pena fazer só uma muito forte… mas há que ter também em conta que os hábitos mudaram. A segunda-feira, que era a data forte no Sobral, não é feriado municipal e mesmo as pessoas do Sobral não trabalham na sua maioria no Sobral e por isso têm dificuldade em estar presentes. Muita coisa mudou. Se só houvesse corrida à segunda-feira talvez mais pessoas que vão no Domingo fossem à Segunda mas tenho a certeza que também na Segunda também perderíamos muitas que hoje em dia vão ao Domingo e não podem ir à Segunda.
Além disso o apoio que tenho no Sobral, da Auto Agrícola Sobralense, funciona muito bem e a corrida de Domingo acaba por ser um pouco a “festa” desta empresa.

T – Faz mais ou menos um ano fizemos-te uma entrevista como esta e disseste-nos que em 2010 irias apostar menos nas organizações em desmontáveis. Como correram as que organizaste e como vai ser em 2011 em relação a esta matéria?

PPC – Realmente fiz menos. Correram bem alguns projectos como Águeda e São João da Pesqueira, onde pretendo repetir. Correu mal Oliveira do Bairro, que realizava pelo terceiro ano seguido e que, em 2011, se não mudarem os contornos do negócio, não irei fazer. Celorico da Beira também foi uma corrida que não correspondeu pois não pagou o trabalho que se teve.
Assim, em 2011 irei manter a tendência de descida no número destas organizações como fiz no ano passado. Estou naturalmente disponível para que contratem o meu know-how para ajudar numa boa organização e promoção deste tipo de corridas, posso também pensar em parcerias. Mas eu como promotor puro de uma Corrida de Toiros numa Praça desmontável, isso fica na gaveta.

T – Mas isso tem a ver com este clima depressivo geral que está instalado ou com a falta de atractividade da Festa dos Toiros?

PPC – Tem muito mais a ver com esse clima depressivo do que com falta de atractividade da Festa. Na província as pessoas gostam imenso da Festa e compram bilhetes mas as coisas têm de ser bem divulgadas e promovidas e para isso é fundamental o papel dos parceiros nessas regiões que possam garantir esse trabalho e fazê-lo com eficácia. O espectáculo da tourada é uma Festa e sobretudo no Centro e no Norte as pessoas gostam muito, embora não tenham tradições taurinas têm uma relação muito forte com o cavalo e até com outros bovinos não bravos. Mas, como em tudo, tem que haver boa divulgação e uma dinâmica que só bons parceiros locais podem dar. E neste clima depressivo é muito mais difícil encontrar a disponibilidade desses parceiros locais, nomeadamente autarquias.

"A actividade de apoderado colide com a de empresário, com prejuizo desta última"

T – Também nessa entrevista de 2010 disseste que irias reduzir apoderamentos tendo apenas ficado a apoderar a Ana Batista. Já é sabido que em 2011 este apoderamento não continua. Fala-nos desta vertente da tua actividade: vai ficar parada?

PPC – A dupla vertente de empresário e apoderado é uma coisa muito normal na maior parte dos meus colegas e em Espanha também. É natural que quando estou a falar com um apoderado que também é empresário, sobre um toureiro que quero contratar, acabe também a falar do toureiro que apodero. No entanto são duas funções cujos interesses colidem muitas vezes e, na minha análise, colidem com prejuízo para a função de empresário que é aquela à qual eu mais devo prestar atenção, por isso decidi “congelar” a minha função de apoderado. Não digo que não o venha a ser novamente. Sei lá como será o dia de amanhã. Sei lá se me interessará continuar a ser empresário, ou se noutra fase me aparece um toureiro com um desafio irrecusável… não sei. Mas neste momento sei que não o vou ser.

T – Desta forma o Projecto Toiros & Cultura que apresentaste em 2009 fica um pouco “vazio”. Consideras isso uma falha? E porque falhou?

PPC – Olha, ainda bem que me colocas essa pergunta pois as pessoas podem achar que o Paulo Pessoa de Carvalho fez umas grandes apresentações, apareceu com um projecto com uma grande pompa e depois foi tudo fogo de vista.
Eu de facto tive a ilusão de que projecto Toiros & Cultura vingasse. Acho que este nosso mercado também gosta de novidades, gosta de novas abordagens, gosta até de coisas que aparecem com uma nova imagem, novos conceitos gráficos… gosta mas não valoriza, não transforma esse gosto em disponibilidade para investir.
Não quero ser nem injusto nem convencido ao dar-te esta resposta. Se calhar foi demasiado ambicioso, talvez um pouco “poeta” e romântico mas chego à conclusão que a nossa Festa não está preparada para sustentar este tipo de projectos.
No entanto o Projecto Toiros & Cultura não acabou. A minha actividade mantém-se. O que teve foi de ser adequado a uma realidade que não sustenta o projecto tal como ele foi idealizado no inicio.

"Falta profissionalismo à nossa Festa"

T – Tu que foste apoderado de vários toureiros poderás responder a esta questão: Os toureiros no orçamento que fazem anualmente, colocam uma verba para investir em promoção?

PPC – Não… fazem-se uns calendários e uns postais. Não se gasta mais dinheiro do que nisso.

T – E achas que os espanhóis, não só o Pablo e o Ventura, que investem em ter sites actualizados, gastam dinheiro em trazer fotógrafos com eles, em fazer vídeos das suas actuações, gastam dinheiro em publicidade em capas de revista e sites de noticias o fazem porque são mais românticos que os portugueses? Ou fazem-no porque isso os ajuda a colocar mais um zero no cheque que recebem como sucede quando actuam em Portugal em que o cheque deles tem sempre mais um zero que o cheque dos portugueses?

PPC – Fazem-no porque são profissionais. É outra realidade não só por causa da dimensão mas também por causa da forma como os espanhóis vêm a sua actividade. Cá não há profissionalismo. Os toureiros até podem ser grandes profissionais no que toca a trabalhar os seus cavalos e na sua preparação, mas em tudo o resto não são profissionais e por isso também não valorizam nem estão despertos para essas realidades e por isso acabam por não se promoverem e isto é um ciclo vicioso no qual também entram os empresários. Mas penso que têm de ser os toureiros os primeiros a quererem promover-se para meterem mais gente nas praças e ganharem mais dinheiro. Não há argumentos para discutir cachet com um toureiro que além de ser bom se promove bem para garantir que mete gente.

Esta entrevista continua amanhã com as respostas de Paulo Pessoa de Carvalho às perguntas dos nossos visitantes. Vamos poder ouvir falar da relação entre a escolha dos toiros e a vontade dos toureiros, o critério na escolha dos Grupos de Forcados, a Pró-Toiro, a actividade de Empresário Taurino e ainda a relação pessoal com o Grupo de Montemor e o Grupo das Caldas. Não perca amanhã na sua Tauromania.

José Tomás está fisicamente recuperado

O site espanhol burladero.com noticiava ontem que o matador José Tomás faz 40 Kms diários de bicicleta o que comprova a sua plena recuperação fisica pois só alguém de boa saúde consegue fazer este tipo de esforço.

No entanto o toureiro continua sem anunciar se toureará ou não em 2011 ainda nas palavras do jornalista José Ramón de la Morena, reconhecido amigo de José Tomás, "a sua preparação fisica está já proxima da ideal para poder começar a fazer a preparação própria de um toureiro".

No entanto, segundo o burladero.com o apoderado de José Tomás, Salvador Boix, ainda não iniciou conversações com nenhuma empresa para fechar corridas em 2011.

"Encerrona" de Morante provável em Olivença


O empresário José Cutiño está em negociações com o matador Morante de la Puebla para que este lide em solitário seis toiros numa das três corridas da próxima Feira de Olivença, que se celebrará entre os dias 11 e 13 de Março - anuncia hoje o site "badajoztaurina".
A Feira de Olivença, que ao contrário de anos anteriores, não se efectua desta vez no primeiro fim-de-semana de Março, será composta por uma novilhada na sexta-feira, dia 11, uma corrida no sábado, dia 12 e duas corridas no domingo, 13, uma matinal e a outra à tarde.
Cutiño anunciou no início da semana as presenças, já confirmadas, de Enrique Ponce, "El Juli", Morante e Manzanares, bem como das ganadarias Garcigrande, Nuñez del Cuvillo e Bernardino Píriz (novilhada). A definitiva composição dos quatro cartéis deverá em breve ser anunciada.

Foto D.R.

Morreu o apoderado do rejoneio


Ricardo Relvas (correspondente em Espanha) - Juan Manuel Moreno Menor morreu esta manhã na sua casa em Madrid, vítima de doença prolongada.
Destacado empresário e apoderado, dirigiu a carreira de alguns matadores, entre os quais Paco Lucena, Rafael de Paula, "Chiquilín", Jesuli de Torrecera e o português Mário Coelho, mas foi no mundo do rejoneio (toureio a cavalo) que se notabilizou, apoderando as maiores figuras, como João Moura, Joaquim Bastinhas, António Ignácio Vargas, Fermín Bohórquez, Leonardo Hernández, Ginés Cartagena, António Correas, César de la Fuente, Pablo Hermoso de Mendoza, Francisco Benito, José Miguel Callejón, Javier Cano e, por último, Juan Manuel Cordero.
Que em paz descanse.

Foto Ricardo Relvas

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Praça de Toiros da Chamusca a concurso

O proprietário da Praça de Toiros da Chamusca decidiu esta semana em reunião que irá levar o seu imóvel a concurso ainda durante este mês.
Lembramos que nas duas últimas temporadas a praça esteve entregue a empresa Arena Chamusquense e segundo se consta a experiência não correu muito bem.
Aguademos pelo caderno de encargos e por possiveis interessados no imóvel.

Também a praça de Coruche deve de ir ainda este mês a concurso
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Burladero de imprensa com João Franco

Hoje o Burladero de imprensa será transmitido a partir das 23h devido à programação desportiva, em todo o caso poderá ouvir o programa na Rádio Voz de Alenquer (93,5 FM e 200,6 FM) ou através da emissão on-line através do site http://www.radioalenquer.com

Gente com Histórias é uma rubrica onde se divulga o testemunho de personalidades da Festa dos toiros. Esta semana Catarina Bexiga convida o forcado João Franco, um emblemático "Primeiro Ajuda" dos Amadores de Santarém.

Neste Burladero de Imprensa poderá também acompanhar a actualidade da tauromaquia nacional e além fronteiras.

“Ofícios que o tempo esquece”

José Alcachão, 56 anos natural de Rio Frio, é embolador em parceria com Carlos Simões, e na temporada passada fizeram um total de 40 corridas de Norte a Sul do país. Embolar toiros, uma arte que nem todos têm capacidade para o fazer. Actualmente existem poucos jovens a dedicar-se ao ofício. “Se isto fosse rosas, toda a gente aqui queria andar, mas também se têm que contar com os espinhos”, afirma José Alcachão.

Uma arte onde o risco também esta à espreita

Taurodromo: O que é a arte de embolar?
José Alcachão: Portanto se for numa praça normal, há uma corda e uma tranca. Laçamos o toiro mete-se a tranca e prende-se o animal mas não é preciso apertar muito basta aconchegar. As vezes como já tem acontecido o animal é muito largo de cabeça e nessa altura tiramos a tranca para lhe podermos meter as embolas é mais um risco que corremos porque depois embolamos o animal sem tranca, ali ele está solto, temos de estar a ver o que ele está a pensar. A embola é feita de cabedal, tem uma protecção de ferro ou inox por dentro a que nós lhe chamamos um copo, para quando o toiro bater não furar os cavalos e para protecção dos forcados.

Taurodromo: Há muitos jovens a dedicarem-se a esta arte, e também às bandarilhas?
José Alcachão: A embolar somos cerca de 20 e poucos no país, mas tudo pessoal mais velho, jovens há poucos, é como digo se isto fosse rosas, toda a gente aqui queria andar, mas têm que contar com os espinhos, não é fácil.

Taurodromo: Quanto tempo leva a fazer uma bandarilha ?
José Alcachão: Não sei. Vou fazendo, às vezes quando estou mais atrapalhado fico aqui na oficina até às três/quatro da manhã. Em 2010 só no mês de Agosto teve 14 corridas utiliza-se em média por corrida 60 ferros e bandarilhas, veja é muito papel a enrolar. Ferros compridos ou ferros de segurança. O ferro é composto com um arpão de 2 barbelas e 8 cm de comprimento, e um taco de madeira de 10cm que é isolado com uma protecção de borracha para fazer os 30cm como manda o regulamento no qual fica tudo enfeitado mas maleável só que alguns toureiros dizem que é uma solução outros preferem os ferros tradicionais e vamos aguardar por novos testes e novas soluções.

Taurodromo: É dispendioso?
José Alcachão: Sim para ter uma ideia há pares de embolas que custam 150 euros e, só são, novas uma vez. Mais os materiais das bandarilhas, ou seja, a madeira e o papel.

Taurodromo: Depois do toiro regressar aos curros, como lhe tiram a ferragem?

José Alcachão: É fácil, como entra também sai. Procuramos a maneira de como a bandarilha entrou, e nós com as costas da faca procuramos-lhe o jeito e tiramos os bicos.

Taurodromo: Quais são as preferências dos nossos Toureiros no que respeita às cores?
José Alcachão: No geral todos os toureiros não gostam do amarelo. Há toureiros que gostam do verde e vermelho, as cores da bandeira portuguesa, por exemplo o João Salgueiro gosta de azul e branco a Sónia Matias é o azul e dourado, etc.

Taurodromo: É uma profissão que também tem os seus riscos?
José Alcachão: A pior é que nós temos de embolar toiros encima das camionetas o que acontece nas praças desmontáveis. Eu já fui parar 3 vezes ao hospital e vários colegas também, já arranquei a cabeça do dedo já parti um braço e levam-se grandes entalões.

Taurodromo: O que poderia ser feito para melhorar o estado da festa?
José Alcachão: Haver mais seriedade por parte de algumas empresas, essa é a base fundamental.

Taurodromo: Perspectivas para a próxima temporada?
José Alcachão: Temos várias corridas agendadas e pelo menos que corra tudo como correu na temporada passada, já é bom.

Taurodromo: Uma mensagem para todos os aficionados…
José Alcachão: Que a temporada seja boa para todos, e que a festa vá em frente…

Paulo Pessoa de Carvalho organiza Corrida em Vinhais já no próximo dia 12 de Fevereiro

A Tauromania pode informar em primeira-mão que o empresário Paulo Pessoa de Carvalho organiza a sua primeira corrida em 2011 já no próximo dia 12 de Fevereiro em Vinhais.

Esta corrida, organizada em parceria com o municipio local, insere-se na FEIRA DO FUMEIRO 2011, que se realiza em Vinhais de 10 a 13 de Fevereiro.

Será lidado um curro de Manuel Coimbra que o próprio empresário considera "ter uma apresentação muito aceitável tendo em conta a altura do ano e o facto do Inverno estar a ser muito chuvoso".

Actuam os cavaleiros António Maria Brito Paes, Manuel Ribeiro Telles Bastos e Manuel Lupi e pegam os Amadores de Montemor e das Caldas da Rainha.


"Este ano quero fazer mais corridas" - Entrevista a Pedro Maria Gomes, Cabo dos Amadores de Lisboa

A Temporada 2010 iniciou-se com a despedida de José Luís Gomes, Forcado veterano do Grupo de Lisboa que chefiou o seu Grupo durante largas temporadas. Foi eleito para cabo Pedro Maria Gomes, um jovem embora já com vasta experiência quer dos momentos doces quer dos momentos amargos que ser Forcado trás. Fomos entrevistá-lo neste inicio de 2011 para saber qual o balanço que faz ao seu primeiro ano de cabo e quais as expectativas para a nova temporada.

Tauromania (T) – Pedro, qual o balanço que fazes a esta tua primeira temporada como Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa?

Pedro Maria Gomes (PMG) – Em termos das actuações do Grupo foi uma temporada boa com um sinal negativo que foi o número de corridas – o objectivo era fazermos 20 e fizemos 16 – e o número de lesões que não foram graves mas foram muitas. Em relação a mim como Cabo, acho que correu bem. Naturalmente apareceram algumas situações difíceis e outras inesperadas mas no cômputo geral acho que correu bem.

T – Depois do José Luis Gomes ter sido Cabo tantos anos e de ainda por cima ser teu Pai, tem-te sido fácil marcar o teu próprio espaço?

PMG – Tem, penso que sim. Sempre tentei marcar a minha personalidade, ser eu próprio, mesmo antes de ser Cabo. Todos já me conheciam, sabiam qual a minha maneira de lidar com eles… claro que como Cabo é sempre diferente mas acho que tenho conseguido marcar a minha personalidade.

T – Os aficionados, sobretudo os mais velhos, guardam um certo saudosismo do Grupo de Lisboa dos tempos áureos do Nuno Salvação Barreto. Achas que esta tem sido uma herança pesada de mais?

PMG – Não sei se será… talvez… é claro que é uma herança. Creio que na altura em que o meu Pai agarrou no Grupo o Grupo passava um momento mau e o trabalho dele foi reergue-lo coisa que conseguiu. Penso que o Grupo de Lisboa ainda não voltou a atingir o esplendor que teve nessa época áurea do Nuno Salvação Barreto. Não sei explicar porquê mas uma das razões está certamente no facto do Grupo nessa altura, até porque o próprio Nuno era empresário e chegou a dirigir 17 Praças de Toiros, fazer muitas corridas. Tinha muitas corridas e correspondia, não era só ter as corridas… mas é claro que eram muitas mais oportunidades para se mostrar e para estar rodado.

T – Achas que esse ponto menos positivo de que me falavas do Grupo ter tido apenas 16 corridas faz diferença no aspecto da qualidade?

PMG – O objectivo das 20 corridas não era só por fazer as 20 ou por alcançar um determinado número. O objectivo de ter as 20 corridas é porque o Grupo actual é muito grande e com mais de 30 elementos e apenas 16 corridas é difícil rodar toda a gente e fazer novos forcados. Por isso eu gostava de ter atingido esse objectivo de fazer mais corridas.

T – Com a quantidade de Grupos que hoje existe isso torna-se ainda mais difícil. Achas que há Grupos a mais?

PMG – É, é muito difícil. Para mim é um exagero o número de Grupos que existe tendo em conta as corridas que há. Cada terra tem um Grupo e por poucas corridas que façam acabam por tirar corridas aos Grupos que já existiam.

T – Mas então se o Grupo de Lisboa com 16 corridas sente que isso pode ser um handicap em termos de qualidade para ter a qualidade desejada em todos os elementos, se um Grupo fizer só 4 ou 5 a qualidade é quase impossível, não?

PMG – Sim, é impossível, impossível.

T – É voz corrente que há Grupos de Forcados que para arranjarem corridas angariam publicidade ou ajudam a vender bilhetes para as corridas em que actuam. O que achas disto?

PMG – Acho mal e acho desonesto, sobretudo se isso for a razão pela qual esse grupo faz essa corrida. Uma coisa é num determinado dia, como nos aconteceu este ano no dia da mudança de cabo, o Grupo mediante o interesse dos seus amigos e antigos elementos, reservar um conjunto de bilhetes para essa corrida, bilhetes esses que são pagos com o dinheiro dessas pessoas. Mas se o que se passa é o Grupo ter de comprar bilhetes para depois os vender e andar a vender à porta das praças como já vimos acontecer, isso acho muito mal. E acho igualmente mal e desonesto andar a arranjar patrocínios.

T – O facto da Praça da terra do Grupo de Lisboa ser uma Praça nacional e ser a primeira Praça do país é benéfico ou prejudicial para o Grupo de Lisboa? Pergunto-te isto sobretudo em comparação com outros Grupos que têm na Praça da sua terra um verdadeiro feudo.

PMG – É prejudicial. Para nós é prejudicial. Felizmente ou infelizmente somos de Lisboa mas a praça de Toiros do Campo Pequeno é como o Estádio Nacional, é de todos mas não é de ninguém. Nós é claro que gostávamos de ter a nossa corrida, à imagem do que quase todos os Grupos têm, a sua corrida na sua terra, em que o Grupo pega os 6 toiros e tem naquele dia um dia especial. Nós não temos.

T – Achas que este ano que passou, com a despedida do José Luis Gomes e o Grupo a pegar 6 Toiros em Lisboa, não pode ser o inicio dessa dita “corrida especial em que o Grupo da terra pega os 6 toiros”?

PMG – Acho que sim. Acho que não era nenhum favor que se fazia ao Grupo de Lisboa e acho que toda a gente compreenderia que existisse essa corrida porque isso seria igualar o Grupo ao que acontece aos outros Grupos nas suas terras.

T – Actualmente há um conjunto de Grupos comandados por Cabos novos que além de Cabos são excelentes Forcados e actuam muito. Achas que é importante para o Grupo ter um Cabo que actua?

PMG – Acho que é bom que o Cabo possa dar o exemplo. No entanto nem sempre o Cabo é o melhor forcado do Grupo e por isso penso que o Cabo deve dar sobretudo o exemplo tomando as melhores decisões. Se em determinado momento o Cabo entende que há forcados com mais e melhores condições que ele para fazerem determinada função a melhor decisão é colocar esses elementos a fazê-lo. Há exemplos de óptimos Cabos que não eram Forcados muito activos.

T – Quais é que são os maiores desafios que achas que se deparam aos Grupos hoje em dia no que à pega diz respeito?

PMG - Acho que a preparação física conta muito. Mas é claro que a capacidade psicológica também conta muito. Hoje em dia, e já vem de há uns tempos, há esta mania dos toiros ao Kilo e embora nós saibamos que tanto pode fazer mal um toiro com 450 Kilos como pode fazer um toiro com 650 Kilos, a verdade é que a parte emocional ganha muita importância e pode até contar mais que a capacidade física.

T – Vi, através do vosso Blog que o Grupo tem organizado actividades no defeso como o passeio a cavalo e uma caçada às lebres. É importante para o Grupo manter actividade mesmo no defeso?

PMG – Sim. É uma forma de nos juntarmos e de juntar os antigos elementos e as famílias. São oportunidades de convívio, tal como é o Jantar de Natal e os mais antigos têm correspondido.

T – Quais é que são as tuas expectativas para esta nova temporada?

PMG – Não sei se com esta “crise” haverá ou não redução do número de espectáculos. Espero que não. Mas de qualquer forma, mesmo tendo em conta a crise, eu vou tentar que o Grupo de Lisboa faça mais corridas que em 2010.

T – Quando começam a treinar?

PMG – Em principio é já no próximo dia 22, se o tempo deixar.

T – Os ganaderos continuam a ter abertura para receber os Grupos de Forcados, mesmo sendo tantos?

PMG – Sim, sim, felizmente. O anterior Cabo não era muito apologista de fazer muitos treinos, mas eu pretendo fazer mais treinos do que era costume. Já no ano passado fizemos mais e quero continuar assim.

T – E corridas? Já há algumas marcadas?

PMG – Já, algumas que ficaram apalavradas do ano passado. Neste momento são umas 5 mas ainda é cedo para saber como vai ser a temporada.

O Papel das Figuras do Toureio

Em Espanha é hoje noticia que a Presidente da Comunidade Autonoma de Madrid recebeu, reuniu e almoçou com um conjunto de toureiros para analisar várias questões importantes relacionadas com a Festa dos Toiros, nomeadamente as condições do próximo Concurso da Praça de Toiros de Las Ventas, a questão da Catalunha e a passagem da Festa para a alçada do Ministério da Cultura, etc.

Esperanza Aguirre não mandou a sua sub-secretária reunir com o secretário-geral dos toureiros, não. Esperanza Aguirre reuniu com os Toureiros. E os Toureiros não mandaram o seu secretário reunir com o Governo da Comunidade, não. Os toureiros fizeram-se representar pela "nata da nata". Julián López "El Juli", Cayetano Rivera Ordoñez, José María Manzanares, Miguel Ángel Perera e Alejandro Talavante, reuniram com a Comunidade. E atenção, não reuniram numa Festa, nem numa Homenagem, reuniram para trabalhar.

Ser Figura do Toureio não é só exigir as melhores datas nas melhores feiras, escolher a ganadaria que se toureia, os companheiros com quem se alterna e cobrar mais que os outros. Ser Figura do Toureio é conseguir fazer isto tudo mas ao mesmo tempo carregar aos ombros a própria Festa, ser o primeiro a dar a cara por ela, sentir-se responsável pelo seu presente e pelo seu futuro, ter uma visão daquilo que se pretende e assumir como missão ser a voz de todos os outros que, não sendo Figuras, não têm oportunidade de ser mediáticos, de serem ouvidos, de falarem ao mais alto nível com as autoridades competentes.

É-me quase impossível imaginar João Moura, António Telles, Joaquim Bastinhas, Rui Salvador e João Salgueiro a reunir com a Ministra da Cultura para trabalhar debatendo os assuntos mais importantes da Festa. Acho que os próprios nem sequer têm a noção de que seria muito importante que o fizessem de tempos a tempos.

Ainda menos estou a ver o João Moura Jr., o João Telles Jr., o Duarte Pinto, o Manuel Lupi, o Manuel Bastos e o Marcos Tenório a terem esta reunião. Bem sei que estes não são (pelo menos ainda) figuras do toureio mas a verdade é que estes têm exactamente as mesmas idades daqueles que reuniram com Esperanza Aguirre, todos, excepto Cayetano, ainda na casa dos vinte.

Lá os toureiros estão preocupados com as regras do próximo concurso de Las Ventas porque reconhecem a importância de Las Ventas. Nós por cá tivemos o Campo Pequeno fechado durante 6 temporadas, vimos encerrarem-se 2 praças em capitais de distrito (Setúbal e Viana) e a maior praça do país (Cascais) e as nossas figuras do toureio continuaram em casa a preparar os cavalos para a próxima corrida que se calhar irá ser numa desmontável numa freguesia com 1000 habitantes.

Espero sinceramente que ao verem estas noticias os nossos toureiros, as figuras e os que o querem ser, percebam ao menos a importância de tornarem a PRÓ-TOIRO uma coisa a sério, que faça em nome deles o papel que eles não fazem ou não sabem fazer mas que é absolutamente fundamental para o futuro da Festa.

Fotografia: Mundotoro

Falta um mês para o Dia de Campo do Clube Tauromania

Já só falta um mês para o Dia de Campo da TAUROMANIA que3 se realizará na Herdade do Pedrogão no próximo dia 12 de Fevereiro.

Este Dia de Campo faz ainda parte do conjunto de vantagens de 2010. Os primeiros sócios do Clube Tauromania são de Março de 2010 pelo que, desta forma, se cumprem todos os items previstos para o primeiro ano do Clube.

O programa será composto por uma visita à Ganadaria, piquenique e uma tenta.

A Ganadaria Veiga Teixeira, parceira do Clube Tauromania, é uma das mais bravas e prestigiadas ganadarias portuguesas pelo que é um privilégio visitar a Herdade do Pedrogão e aí poder realizar o primeiro Dia de Campo do Clube.

A entrada no Dia de Campo será gratuita e é exclusiva para os sócios do Clube Tauromania.

Inscreva-se para geral@tauromania.pt.

Adira ao Clube Tauromania e marque já na sua agenda o dia 12 de Fevereiro!


Esta breve tem o apoio de:

Carreiras com novo elemento na equipa


O cavaleiro Tiago Carreiras anunciou esta noite no programa Tauromaquia da Rádio Campanário, o seu novo elemento da equipa.


Segundo Carreiras em 2011 irá ter um novo bandarilheiro na equipa, trata-se de Joaquim Filipe Oliveira, sobrinho de Manuel Jorge de Oliveira, que se junta assim a Diogo Malafaia.

No programa Tiago Carreiras, falou ainda da sua relação profissional com Rui Bento Vasquez, dizendo que rui bento irá em 2011 continuar a “ajudar” Carreiras.


Discoteca "Lagar" antecipa entrega de prémios para dia 26


Porque no mesmo dia agendado para a festa de entrega de troféus aos triunfadores da Temporada Tauromáquica 2010 (sexta-feira, 28 de Janeiro) se realiza na "Casa das Enguias" o jantar de homenagem dos toureiros a Moita Flores, a discoteca "Lagar" (Golegã) antecipa a sua festa para quarta-feira, 26.

Moura condenado no "processo Queiroz"



João Moura foi condenado no processo que lhe movera o director da revista "Novo Burladero", João Queiroz, pela prática do crime de injúria agravada. O Maestro de Monforte foi condenado a 100 dias de multa à taxa diária de 25 euros, o que perfaz um total de 2.500 euros.
Os factos remontam a 12 de Setembro de 2006 na praça de toiros da Moita, quando o toureiro insultou Queiroz no momento em que dava a volta à arena - um caso que ao tempo deu muito que falar.
A sentença transitou em julgado no dia 1 de Março de 2010.