Num raio aproximado de 20 km entre Alcochete, Moita e Montijo tiveram os aficcionados bons motivos para sair de casa neste fim-de-semana de 23 e 24 de Maio.A Monumental do Montijo viu assim preenchida mais de meia casa para ver na terra quem é da terra, a alegria de Sónia Matias e os 6 Pinto Barreiros.Para o cavaleiro de Pegões saiu um bonito colorau olho de perdiz de 520kg, com pata e encastado mas que recolheu aos curros porque não sustinha os membros posteriores.Foi trocada a ordem e Rouxinol lidou o outro do seu lote (castanho albardado de 465kg) mais insonso mas que permitiu uma colocação regular dos compridos e bonitas sortes nos curtos, trazendo o toiro dos terrenos de dentro para fora.Com o segundo (sobrero - de 470kg) a lide veio de menos a mais entre as duas ferragens e ao segundo curto pedia-se música, negada até ao fim por Pedro Reinhardt. Assim, o público se punha de pé e aplaudia contrariando a opinião do “inteligente” para ver as imagens de marca do cavaleiro: o palmo e o par, que foram colocados já depois do primeiro e segundo avisos. Entre vaias e apupos pela desfaçatez da direcção da corrida, ainda se pediu mais um par que foi desta feita negado, e bem. Sónia Matias andou bem no seu primeiro (castanho de 535kg) preparando bem as sortes e procurando os melhores terrenos, pelo que conseguiu ultrapassar a falta de fijeza que lhe podia ter tirado o brilho à lide. Melhor ainda andou no quinto da tarde, (castanho de 453kg) desenhando a sorte desde o cite ao remate, com uma beleza segura e colocação perfeita que o público e o júri reconheceram.Gilberto Filipe, estava em casa e a gosto na lide dos dois negros raiados de 494 e 457kg. Respeitou religiosamente os quatro tempos do toureio a cavalo; bregou com classe, escolheu os terrenos certos, cravou os curtos de alto a baixo e rematou cada ferro deixando sempre o toiro nos médios. Logrou assim o entusiasmo e empatia do público que largamente o agraciou.No capítulo das pegas:A Tertúlia Tauromáquica do Montijo (grupo mais antigo em praça) consumou ao primeiro intento por Luis Frieza, que carregou a investida solta, recuou e recebeu bem o toiro à barbela sem fechar as pernas na totalidade. Luis Carrilho fechou-se à barbela à segunda tentativa aguentando o derrote alto com uma boa primeira ajuda.Pedro Santos, dos Amadores do Montijo, consumou à primeira a mais bonita pega da tarde que assim resultou porque recuou falando ao toiro e se fechou à córnea recebendo uma boa ajuda do grupo, que o esperou de longe. A segunda pega dos Amadores, foi consumada também à primeira por João Damásio numa pega fácil mas tecnicamente perfeita tendo sido ajudado com coesão. Pelos Amadores do Pinhal Novo, Sandro Patraquim não logrou consumar à primeira porque o toiro desviou ligeiramente a trajectória dificultando a ajuda do grupo, (colocados com ajuda, contra ajuda e terceiras). Ao segundo intento o forcado encastou-se e fechado à cornea recebeu uma primeira ajuda de muito valor com o grupo a demorar mas reunindo. A segunda pega foi levada a cabo por Miguel Marques, à primeira tentativa embora com uma reunião pouco ortodoxa visto que o forcado se fechou à cornea apenas com o braço esquerdo quase saindo da cara do toiro, valendo-lhe o muito querer e uma ajuda mais eficaz dos restantes.A entrega dos troféus trouxe nova contestação do público:Oferecidos pela Liga dos Bombeiros Portugueses (em prol da qual se realizou, em repetição, este espectáculo) foram entregues à cavaleira Sónia Matias e in exequo aos forcados da terra - Tertúlia e Amadores do Montijo.Os toiros:De boa apresentação, os 6 Pinto Barreiros saíram encastados, com investidas limpas e a humilhar. Em geral sem fijeza e sem muita transmissão, cumpriram sem complicar permitindo um bom jogo a cavaleiros e forcados.
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