Atendendo que mesmo após o seu apelo e a sua exibição em Alcochete não houve quaisquer contactos de empresários, o www.Taurodromo.com não esqueceu o Diogo e decidiu publicar uma pequena entrevista para dar o a conhecer melhor a toda a aficion nacional e mais uma vez sensibilizar todos os agentes taurinos a apostarem neste e noutros jovens valores nacionais.
Taurodromo.com (T) - Como surgiu o gosto pela festa brava, mais concretamente pelo toureio apeado?
Diogo Damas - O meu gosto já está no sangue, o meu pai foi forcado nos amadores de cascais e a minha mãe era neta de um maioral de toiros no Coimbra, o meu gosto no toureio apeado surgiu a cerca de dez anos na Messejana quando vi o maestro José Luís Gonçalves a tourear.
T - Qual a formação que tem no toureio a pé?
D.D - Aos sete anos entrei para a escola de toureio de Azambuja até ao fim da época passada, no princípio deste ano entrei para a Patronato Provincial De Tauromaquia De Badajoz.
T - Já alguma vez pagou, ou já lhe pediram dinheiro para tourear?
D.D - Quando toureie o festival taurino em Aljustrel a favor dos bombeiros eu dei uma ajuda, e como em Portugal e em Espanha já me apareceram propostas para tourear a pagar, mas eu não aceitei, quero ser toureiro com o meu valor e não com o dinheiro.
T - Após a sua "actuação" em Alcochete surgiram alguns contactos?
D.D - Não, porque em Portugal só toureia quem tem nome de família ou quem anda a pagar.
T - Tem tido apoio de algum empresário, ou amigo na projecção da sua carreira?
D.D - Uma mãozinha daqui e outra dali do meu grande amigo Jorge Teixeira e do Maestro Sérgio Santos "Jarrita" que me tem levado a algumas tentas e me tem ensinado muito.
T -O que acha que poderá estar a impedir a sua e a progressão e dos seus colegas no toureio a pé em Portugal?
D.D - A crise na Europa hoje em dia cada vez há menos novilhadas e corridas de toiros.
T -Já pensou em emigrar para Espanha, como alguns jovens novilheiros portugueses?
D.D - Sim, todos os dias o penso. Quando terminar o meu curso de Bombeiro e completar os 18 anos, emigro para o lado de lá ou América onde tenho a curiosidade de tourear.
T -Teve alguma actuação que lhe ficasse na memória e que desejasse que a lide nunca mais acabasse?
D.D - Sim, em Aljustrel no festival taurino a um novilho de Santa Maria que foi bravíssimo que podia ser semental e nunca me fez um estranho na muleta nem no capote.
T -Como vê o futuro dos jovens novilheiros e matadores de toiros portugueses que mais tem actuado em Portugal e no estrangeiro? Há algum deles que queira destacar?
D.D - Sim, António Ferreira "TOJÓ", Nuno Casquinha a terem que emigrar ou acabar a sua carreira por causa da falta de corridas em Portugal e da falta das oportunidades aos mais novos e muitos novilheiros e cavaleiros a terem que abandonar as lides ou a passarem para bandarilheiros se querem andar no mundo dos toiros.
T -Qual o seu ídolo no toureio a pé?
D.D - Os toureiros que eu mais gosto de ver actuar é o matador de toiros David Fandilla " EL FANDI" nas bandarilhas e José Tomás no capote e na muleta.
T -Um apelo ás empresas e empresários deste País....
D.D - Que apostem mais nos novos valores portugueses, e que aja mais touradas e que os toureiros não paguem se querem tourear em Portugal e Espanha.
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