A recente votação na Assembleia Legislativa Regional dos Açores sobre a Sorte de Varas deixou-nos com um misto de profunda tristeza e, ao mesmo tempo, de incontida revolta.
Todos aqueles que desejavam, e desejam porque não vamos desistir, a reintrodução da Sorte de Varas estavam justificadamente convictos que a liberdade de voto, determinada pelos partidos políticos, seria, antes de mais, um exercício livre da democracia interna dos mesmos, respeitando de igual modo os deputados que haviam decidido votar favoravelmente, assim como aqueles que, na sua consciência, entenderam pronunciar-se de forma diferente, quer votando contra, quer abstendo-se.
Aliás, foi assim que aconteceu em votações anteriores, em que a Sorte de Varas foi aprovada por clara maioria no Parlamento dos Açores.
Para referir apenas factos recentes, o sucesso do Fórum Mundial da Cultura Taurina, acontecimento que, mais uma vez, projectou internacionalmente a Região e, especialmente, a ilha Terceira, a importante e esclarecedora Conferência sobre a Sorte de Varas, em que participaram cientistas e intelectuais de reconhecida competência de vários países, a unanimidade conseguida na Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo considerando a Tauromaquia como Património Cultural Municipal e os contactos estabelecidos pela Direcção da Tertúlia Tauromáquica Terceirense junto dos diferentes Grupos Parlamentares com o objectivo de dar a conhecer, de forma profunda e transparente, os nossos argumentos a favor da Sorte de Picar levaram-nos a acreditar, com toda a convicção, de que os nossos anseios seriam atingidos.
Assim não aconteceu e, sobretudo na Terceira, assiste-nos um justificado sentimento de revolta, por não vermos respeitado o legítimo desejo de milhares de açoreanos de verem autorizada a Sorte de Varas, elemento essencial para que nas nossas Corridas de Toiros a verdade e a qualidade do toureio seja uma realidade.Esse sentimento de revolta tão significativa na ilha Terceira, como se referiu, é facilmente demonstrado pelo facto de todos os deputados eleitos pela ilha terem votado favoravelmente a Sorte de Varas. Interessante de referir também que os deputados da ilha Graciosa tiveram o mesmo comportamento em bloco.
Ninguém poderá dizer que, em todo este processo, não fomos os primeiros defensores de uma total transparência de argumentos, respeitando sempre de forma inequívoca todas as opiniões, não usando outros argumentos que não fossem as nossas fundamentadas ideias para defender o que pretendíamos, rejeitando qualquer tipo de coações no comportamento dos senhores deputados no seu exercício de voto, o que não veio a acontecer.
É justo esclarecer que a perspectiva absolutamente preconceituosa e de autêntica censura cultural que prevaleceu nesta votação castra qualquer hipótese de desenvolvimento da nossa Tauromaquia, adiando as nossas aspirações em termos de afirmação no panorama taurino mundial com consequências claras para o nicho específico do turismo taurino.
Argumentam muitos dos nossos inimigos de que os taurinos são uma minoria. Mas não é essencial para o pleno e livre exercício da democracia, o respeito pelos direitos e anseios das minorias, aceitando as suas posições, deixando que se exerça livremente?
É por isso que nós, os taurinos dos Açores, nos sentimos politicamente atraiçoados. As nossas legítimas expectativas não foram respeitadas.
E caberia aqui a merecida interrogação: se Barrancos viu satisfeita a sua pretensão, porque se respeitou o desejo de uma minoria, porque não podemos nós, taurinos dos Açores, particularmente na ilha Terceira, efectuar a Sorte de Varas em algumas das nossas corridas?
Não vamos baixar os braços. Continuaremos a lutar pelas nossas ideias, de forma transparente e sem atitudes coercivas, e procuraremos uma nova oportunidade de conseguir, democraticamente, atingir o objectivo de ver aprovada a possibilidade da Sorte de Varas nas nossas arenas.
Não podemos deixar de manifestar o nosso profundo agradecimento e respeito por todos os senhores deputados que votaram a favor das nossas pretensões. Estamos eternamente gratos pela coragem das vossas posições, admirando e tomando como exemplo o seu comportamento. Procuraremos que, na próxima oportunidade, mais deputados acompanhem a vossa posição.
A ilha Terceira com as suas especificidades culturais, onde a Tauromaquia ocupa um lugar muito especial, merece ver respeitada a sua pretensão, no âmbito desta diversidade cultural que são as ilhas dos Açores.
Este comunicado é subscrito pelas seguintes pessoas e entidades:
Todos aqueles que desejavam, e desejam porque não vamos desistir, a reintrodução da Sorte de Varas estavam justificadamente convictos que a liberdade de voto, determinada pelos partidos políticos, seria, antes de mais, um exercício livre da democracia interna dos mesmos, respeitando de igual modo os deputados que haviam decidido votar favoravelmente, assim como aqueles que, na sua consciência, entenderam pronunciar-se de forma diferente, quer votando contra, quer abstendo-se.
Aliás, foi assim que aconteceu em votações anteriores, em que a Sorte de Varas foi aprovada por clara maioria no Parlamento dos Açores.
Para referir apenas factos recentes, o sucesso do Fórum Mundial da Cultura Taurina, acontecimento que, mais uma vez, projectou internacionalmente a Região e, especialmente, a ilha Terceira, a importante e esclarecedora Conferência sobre a Sorte de Varas, em que participaram cientistas e intelectuais de reconhecida competência de vários países, a unanimidade conseguida na Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo considerando a Tauromaquia como Património Cultural Municipal e os contactos estabelecidos pela Direcção da Tertúlia Tauromáquica Terceirense junto dos diferentes Grupos Parlamentares com o objectivo de dar a conhecer, de forma profunda e transparente, os nossos argumentos a favor da Sorte de Picar levaram-nos a acreditar, com toda a convicção, de que os nossos anseios seriam atingidos.
Assim não aconteceu e, sobretudo na Terceira, assiste-nos um justificado sentimento de revolta, por não vermos respeitado o legítimo desejo de milhares de açoreanos de verem autorizada a Sorte de Varas, elemento essencial para que nas nossas Corridas de Toiros a verdade e a qualidade do toureio seja uma realidade.Esse sentimento de revolta tão significativa na ilha Terceira, como se referiu, é facilmente demonstrado pelo facto de todos os deputados eleitos pela ilha terem votado favoravelmente a Sorte de Varas. Interessante de referir também que os deputados da ilha Graciosa tiveram o mesmo comportamento em bloco.
Ninguém poderá dizer que, em todo este processo, não fomos os primeiros defensores de uma total transparência de argumentos, respeitando sempre de forma inequívoca todas as opiniões, não usando outros argumentos que não fossem as nossas fundamentadas ideias para defender o que pretendíamos, rejeitando qualquer tipo de coações no comportamento dos senhores deputados no seu exercício de voto, o que não veio a acontecer.
É justo esclarecer que a perspectiva absolutamente preconceituosa e de autêntica censura cultural que prevaleceu nesta votação castra qualquer hipótese de desenvolvimento da nossa Tauromaquia, adiando as nossas aspirações em termos de afirmação no panorama taurino mundial com consequências claras para o nicho específico do turismo taurino.
Argumentam muitos dos nossos inimigos de que os taurinos são uma minoria. Mas não é essencial para o pleno e livre exercício da democracia, o respeito pelos direitos e anseios das minorias, aceitando as suas posições, deixando que se exerça livremente?
É por isso que nós, os taurinos dos Açores, nos sentimos politicamente atraiçoados. As nossas legítimas expectativas não foram respeitadas.
E caberia aqui a merecida interrogação: se Barrancos viu satisfeita a sua pretensão, porque se respeitou o desejo de uma minoria, porque não podemos nós, taurinos dos Açores, particularmente na ilha Terceira, efectuar a Sorte de Varas em algumas das nossas corridas?
Não vamos baixar os braços. Continuaremos a lutar pelas nossas ideias, de forma transparente e sem atitudes coercivas, e procuraremos uma nova oportunidade de conseguir, democraticamente, atingir o objectivo de ver aprovada a possibilidade da Sorte de Varas nas nossas arenas.
Não podemos deixar de manifestar o nosso profundo agradecimento e respeito por todos os senhores deputados que votaram a favor das nossas pretensões. Estamos eternamente gratos pela coragem das vossas posições, admirando e tomando como exemplo o seu comportamento. Procuraremos que, na próxima oportunidade, mais deputados acompanhem a vossa posição.
A ilha Terceira com as suas especificidades culturais, onde a Tauromaquia ocupa um lugar muito especial, merece ver respeitada a sua pretensão, no âmbito desta diversidade cultural que são as ilhas dos Açores.
Este comunicado é subscrito pelas seguintes pessoas e entidades:
- Tertúlia Tauromáquica Terceirense;
- Tertúlia Tauromáquica Praiense;
- Ganaderias Açoreanas da Associação Portuguesa de Toiros de Lide de:
Casa Agrícola José Albino Fernandes
Rego Botelho
Irmãos Toste
- Sociedade Tauromáquica Progresso Terceirense
- Comissão de Tauromaquia das Sanjoaninas 2009;
- Comissão de Tauromaquia das Festas da Praia 2009;- Mário Miguel
– Primeiro Matador de Toiros Açoreano;
- Bandarilheiros Profissionais Açoreanos;
- Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense
- Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande
- Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo
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