- Praça de Toiros de Montemor-o-Novo
- Data: 03 de Maio de 2009, pelas 17.00 horas
- Empresa: Montemor é Praça Cheia
- Ganadarias: Casa Prudêncio, José Lupi, Fernandes de Castro, Murteira Grave, Jorge de Carvalho e Herdade de Pégoras
- Cavaleiros: Luís Rouxinol, António Maria Brito Paes e o praticante Francisco Palha
- Grupo de Forcados Amadores: de Santarém e Montemor, capitaneados por Diogo Sepúlveda e José Maria Cortes, respectivamente.
- Assistência: ¾ de casa
- Delegados da IGAC: delegado técnico tauromáquico Sr. Agostinho Borges, assessorado pelo médico veterinário Dr. Matias Guilherme.
Muitos aliciantes para a 1ª Corrida de Toiros Logística Florestal: um cartel que misturava veterania e juventude e um concurso de ganadarias para a disputa da tradicional Barra de Ouro entre os Grupos de Santarém e Montemor, no ano em que este grupo comemora 70 anos. Três prémios em disputa: melhor toiro, melhor lide e melhor grupo de forcados.
A abrilhantar a corrida a sempre agradável de ouvir Banda de Música do Samouco.
Saiu em 1º lugar um exemplar da Casa Prudêncio, marcado com o 5 na espádua e 460kg de peso. De boa apresentação, com trapio, sem, contudo, estar rematado. Em termos de comportamento, revelou-se bravo, a investir e sem crenças. No final viria a ganhar o prémio para o melhor toiro (deduzimos nós que este prémio se referia à bravura…).
O 2º da tarde, da ganadaria de José Lupi, também do mesmo ano de ferragem e 450 kg estava bem apresentado, mas algo “pequenote”. Doeu-se ao castigo e andou a trote durante a maior parte do tempo. Contudo, serviu para a lide.
Em 3º lugar saiu um toiro da ganadaria Fernandes de Castro. Marcado com o 4 e 640 kg, de excelente apresentação e trapio, um toiro muito sério e também muito complicado em termos de comportamento, bem no tipo do encaste desta ganadaria.
O quarto da tarde, da ganadaria de Murteira Grave, com 4 anos e 500 kg de peso, também bem apresentado e com trapio, adiantava-se ligeiramente, mas emprestava alguma emoção no momento de reunir.
O quinto da ordem, da ganadaria de Jorge de Carvalho, também com 4 anos e 550 Kg de excelente apresentação, muito gordo (em demasia, pensamos nós), saiu a parar-se nas reuniões, mostrando, por vezes, desinteresse pela montada, mas foi vindo a mais com o decorrer da lide.
O último, um exemplar da Herdade de Pégoras, de excelente apresentação e trapio, com 4 anos de idade e 530 kg de peso, revelou desde início alguma predilecção pelos terrenos de tábuas, mas serviu perfeitamente os desígnios da lide.
Abriu praça o cavaleiro Luís Rouxinol, que, com duas lides ao seu estilo não conseguiu chegar às bancadas como é seu apanágio. No primeiro toiro deixou três ferros compridos correctos, sendo o segundo mais aliviado na reunião, numa lide de mais a menos. Nos curtos abusou na colocação de ferros (nada mais nada menos do que nove!!), sendo de destacar os segundo e terceiros, de boa nota. Nos pares de bandarilhas, deixou primeiro meio par para, em repetição, concretizar a sorte na sua plenitude. Na lide do seu segundo toiro, também a vir a menos, deixou dois compridos de boa nota, tendo o terceiro sido colocado após falhanço na primeira tentativa. Nos curtos a lide subiu de tom. Dois curtos de excelente nota, com destaque para o primeiro, colocado em reunião frontal, de alto a baixo e ao estribo, com remate a condizer. A finalizar deixou um ferro de palmo já a cilhas passadas.
António Maria Brito Paes conseguiu duas lides muito correctas, com bom critério na escolha dos terrenos para colocação do toiro e rematando as sortes como mandam as regras. No seu primeiro, após colocação de dois compridos correctos, brindou o público com quatro ferros curtos de excelente nota, precedidos de batida ao pitón contrário, com destaque para o último, de frente e ao estribo, com reunião no centro da arena. A sua segunda lide, embora menos conseguida, foi também uma lide muito correcta, sem “números”. Dois ferros compridos a abrir e cinco curtos de boa nota, com o senão de no segundo ter permitido um toque na montada, encerraram esta sua passagem por Montemor.
Francisco Palha teve duas lides bastante irregulares, com muito bons e muito maus momentos. No seu primeiro, um toiro muito complicado, com muito sentido e que se adiantava uma enormidade, deixou três ferros compridos, dos quais de destaca o segundo, de praça a praça e reunião ao centro, tendo, no terceiro, sofrido um violento toque na montada, felizmente sem consequências. Nos curtos, os dois primeiros foram colocados sem citar, à meia-volta e com alguma precipitação. Tendo o director de corrida mandado tocar música, sem que nesta altura a lide o justificasse, colocou então o cavaleiro um excelente ferro curto, em reunião emotiva e frontal. O quarto ferro curto pecou pela colocação algo dianteira e o quinto foi de colocação emotiva, em terrenos de compromisso. A sua segunda lide foi claramente de menos mais. Nos compridos começou por sofrer um violento toque na montada na colocação no seu primeiro ferro, tendo colocado o segundo em sorte sesgada, mas com correcção. Nos curtos, a ir de encontro ao toiro, encurtando distâncias e a cravar num palmo de terreno deixou ferros com reuniões emotivas, com destaque para o segundo. Muito boa a segunda parte desta sua lide…
Pelo Grupo de Forcados Amadores de Santarém, em tarde de competição, abriu praça o seu cabo Diogo Sepúlveda. Citou de largo, de frente para o toiro, com o grupo a dar vantagens, carregou a sorte e reuniu bem para uma boa pega, bem fechada pelos restantes elementos, que demonstraram coesão nas ajudas. Para o terceiro da tarde – um toiro muito complicado – o cabo optou pela realização da pega de cernelha, tendo saltado a trincheira para a tentar a dupla Ricardo Tavares/David Romão. Apesar do esforço de campinos e forcados, o toiro, que denotava um enorme sentido, nunca se deixou encabrestar, não se conseguindo consumar a sorte. Esgotado o tempo, o director mandou recolher os cabrestos para que fosse tentada a pega de caras. Os forcados saltaram de imediato, sem permitirem a recolha dos cabrestos e, por intermédio de João Torres, tentaram a pega de caras, o que conseguiram à terceira entrada ao toiro, mas tudo feito mais com o coração do que com a cabeça, num momento de nítida precipitação. Para pegar o quinto da ordem, saiu Gonçalo Veloso, que, após um cite sereno, a interessar o toiro, carregou de largo, com o toiro a arrancar com muita pata e reuniu bem para uma boa pega, bem ajudada pelo grupo.
O Grupo de Forcados Amadores de Montemor, iniciou a sua actuação por intermédio de João Tavares, que, depois de um bom cite, com o grupo a dar vantagens, reuniu de forma correcta para uma boa pega, com boa ajuda do grupo. Pedro Santos citou de largo, fixou bem o toiro e conseguiu uma pega sem dificuldades ao quarto toiro da tarde. A encerrar a corrida, o cabo do grupo, José Maria Cortes, brindou a pega a todas as mães de forcados – neste dia que se celebrava o Dia da Mãe. Citou também ele de largo, com o toiro de frente e o grupo bem cá atrás, carregou a sorte, reuniu muito bem e conseguiu uma excelente pega, muito bem ajudado pelo grupo, com destaque para o 1º ajuda António Corrêa de Sá.
No final da corrida, foram entregues os prémios para o melhor toiro à Casa Prudêncio, para a melhor lide (ficámos sem saber qual foi a lide…) ao cavaleiro Luís Rouxinol e para o melhor grupo de forcados ao Grupo de Forcados Amadores de Montemor.
O MAIS E O MENOS
Muitos aliciantes para a 1ª Corrida de Toiros Logística Florestal: um cartel que misturava veterania e juventude e um concurso de ganadarias para a disputa da tradicional Barra de Ouro entre os Grupos de Santarém e Montemor, no ano em que este grupo comemora 70 anos. Três prémios em disputa: melhor toiro, melhor lide e melhor grupo de forcados.
A abrilhantar a corrida a sempre agradável de ouvir Banda de Música do Samouco.
Saiu em 1º lugar um exemplar da Casa Prudêncio, marcado com o 5 na espádua e 460kg de peso. De boa apresentação, com trapio, sem, contudo, estar rematado. Em termos de comportamento, revelou-se bravo, a investir e sem crenças. No final viria a ganhar o prémio para o melhor toiro (deduzimos nós que este prémio se referia à bravura…).
O 2º da tarde, da ganadaria de José Lupi, também do mesmo ano de ferragem e 450 kg estava bem apresentado, mas algo “pequenote”. Doeu-se ao castigo e andou a trote durante a maior parte do tempo. Contudo, serviu para a lide.
Em 3º lugar saiu um toiro da ganadaria Fernandes de Castro. Marcado com o 4 e 640 kg, de excelente apresentação e trapio, um toiro muito sério e também muito complicado em termos de comportamento, bem no tipo do encaste desta ganadaria.
O quarto da tarde, da ganadaria de Murteira Grave, com 4 anos e 500 kg de peso, também bem apresentado e com trapio, adiantava-se ligeiramente, mas emprestava alguma emoção no momento de reunir.
O quinto da ordem, da ganadaria de Jorge de Carvalho, também com 4 anos e 550 Kg de excelente apresentação, muito gordo (em demasia, pensamos nós), saiu a parar-se nas reuniões, mostrando, por vezes, desinteresse pela montada, mas foi vindo a mais com o decorrer da lide.
O último, um exemplar da Herdade de Pégoras, de excelente apresentação e trapio, com 4 anos de idade e 530 kg de peso, revelou desde início alguma predilecção pelos terrenos de tábuas, mas serviu perfeitamente os desígnios da lide.
Abriu praça o cavaleiro Luís Rouxinol, que, com duas lides ao seu estilo não conseguiu chegar às bancadas como é seu apanágio. No primeiro toiro deixou três ferros compridos correctos, sendo o segundo mais aliviado na reunião, numa lide de mais a menos. Nos curtos abusou na colocação de ferros (nada mais nada menos do que nove!!), sendo de destacar os segundo e terceiros, de boa nota. Nos pares de bandarilhas, deixou primeiro meio par para, em repetição, concretizar a sorte na sua plenitude. Na lide do seu segundo toiro, também a vir a menos, deixou dois compridos de boa nota, tendo o terceiro sido colocado após falhanço na primeira tentativa. Nos curtos a lide subiu de tom. Dois curtos de excelente nota, com destaque para o primeiro, colocado em reunião frontal, de alto a baixo e ao estribo, com remate a condizer. A finalizar deixou um ferro de palmo já a cilhas passadas.
António Maria Brito Paes conseguiu duas lides muito correctas, com bom critério na escolha dos terrenos para colocação do toiro e rematando as sortes como mandam as regras. No seu primeiro, após colocação de dois compridos correctos, brindou o público com quatro ferros curtos de excelente nota, precedidos de batida ao pitón contrário, com destaque para o último, de frente e ao estribo, com reunião no centro da arena. A sua segunda lide, embora menos conseguida, foi também uma lide muito correcta, sem “números”. Dois ferros compridos a abrir e cinco curtos de boa nota, com o senão de no segundo ter permitido um toque na montada, encerraram esta sua passagem por Montemor.
Francisco Palha teve duas lides bastante irregulares, com muito bons e muito maus momentos. No seu primeiro, um toiro muito complicado, com muito sentido e que se adiantava uma enormidade, deixou três ferros compridos, dos quais de destaca o segundo, de praça a praça e reunião ao centro, tendo, no terceiro, sofrido um violento toque na montada, felizmente sem consequências. Nos curtos, os dois primeiros foram colocados sem citar, à meia-volta e com alguma precipitação. Tendo o director de corrida mandado tocar música, sem que nesta altura a lide o justificasse, colocou então o cavaleiro um excelente ferro curto, em reunião emotiva e frontal. O quarto ferro curto pecou pela colocação algo dianteira e o quinto foi de colocação emotiva, em terrenos de compromisso. A sua segunda lide foi claramente de menos mais. Nos compridos começou por sofrer um violento toque na montada na colocação no seu primeiro ferro, tendo colocado o segundo em sorte sesgada, mas com correcção. Nos curtos, a ir de encontro ao toiro, encurtando distâncias e a cravar num palmo de terreno deixou ferros com reuniões emotivas, com destaque para o segundo. Muito boa a segunda parte desta sua lide…
Pelo Grupo de Forcados Amadores de Santarém, em tarde de competição, abriu praça o seu cabo Diogo Sepúlveda. Citou de largo, de frente para o toiro, com o grupo a dar vantagens, carregou a sorte e reuniu bem para uma boa pega, bem fechada pelos restantes elementos, que demonstraram coesão nas ajudas. Para o terceiro da tarde – um toiro muito complicado – o cabo optou pela realização da pega de cernelha, tendo saltado a trincheira para a tentar a dupla Ricardo Tavares/David Romão. Apesar do esforço de campinos e forcados, o toiro, que denotava um enorme sentido, nunca se deixou encabrestar, não se conseguindo consumar a sorte. Esgotado o tempo, o director mandou recolher os cabrestos para que fosse tentada a pega de caras. Os forcados saltaram de imediato, sem permitirem a recolha dos cabrestos e, por intermédio de João Torres, tentaram a pega de caras, o que conseguiram à terceira entrada ao toiro, mas tudo feito mais com o coração do que com a cabeça, num momento de nítida precipitação. Para pegar o quinto da ordem, saiu Gonçalo Veloso, que, após um cite sereno, a interessar o toiro, carregou de largo, com o toiro a arrancar com muita pata e reuniu bem para uma boa pega, bem ajudada pelo grupo.
O Grupo de Forcados Amadores de Montemor, iniciou a sua actuação por intermédio de João Tavares, que, depois de um bom cite, com o grupo a dar vantagens, reuniu de forma correcta para uma boa pega, com boa ajuda do grupo. Pedro Santos citou de largo, fixou bem o toiro e conseguiu uma pega sem dificuldades ao quarto toiro da tarde. A encerrar a corrida, o cabo do grupo, José Maria Cortes, brindou a pega a todas as mães de forcados – neste dia que se celebrava o Dia da Mãe. Citou também ele de largo, com o toiro de frente e o grupo bem cá atrás, carregou a sorte, reuniu muito bem e conseguiu uma excelente pega, muito bem ajudado pelo grupo, com destaque para o 1º ajuda António Corrêa de Sá.
No final da corrida, foram entregues os prémios para o melhor toiro à Casa Prudêncio, para a melhor lide (ficámos sem saber qual foi a lide…) ao cavaleiro Luís Rouxinol e para o melhor grupo de forcados ao Grupo de Forcados Amadores de Montemor.
O MAIS E O MENOS
+ O espírito de competição entre os intervenientes no espectáculo
+ A banda de música do Samouco
- A falta de critério do Director de Corrida na concessão de música, que foi feita sempre após a colocação do segundo ferro curto, independentemente da forma como decorria a lide.
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