- Praça de toiros de Almeirim
- Data: 27 de Junho de 2009, pelas 21.30 horas
- Empresa: Toiros & Tauromaquia, Lda.
- Ganadaria: Conde de Murça
- Cavaleiros: António Ribeiro Telles e João Salgueiro
- Cavaleiro Praticante: Francisco Palha
- Grupos de Forcados Amadores: do Aposento da Moita e do Aposento de Tomar, capitaneados por Tiago Ribeiro e Paulo Josué, respectivamente
- Assistência: ½ casa
- Delegados da IGAC: Delegado técnico tauromáquico Sr. Agostinho Borges, assessorado pelo médico veterinário Dr. João Maria Nobre.
Também os pára-quedistas são portugueses e são aficionados…poderia ser este o lema desta corrida. Com efeito, foi agradável de ver muitos “boinas verdes” nas bancadas da praça, ainda que com algum cimento à vista. O cartel, esse estava bem composto, com duas primeiríssimas figuras em competição com um cavaleiro praticante a pouco mais de um mês da alternativa. À mistura, no intervalo da corrida, um espectáculo de fados, que cortou algum ritmo à corrida.
A ordem de lide foi alterada, saindo em primeiro e terceiro os exemplares destinados a João Salgueiro, em segundo e quinto a António Telles e em quarto e sexto os que se destinavam às lides de Francisco Palha. Muito do público presente se interrogou sobre o(s) motivo(s) desta alteração…
Os toiros, da vizinha ganadaria do Conde de Murça, com quatro anos de idade e pesos entre os 520 e os 580 Kg, de excelente apresentação e trapio, de um modo geral cumpriram, sendo que revelaram alguma falta de força (também muito por culpa do piso da arena), com o que saiu em segundo lugar a denotar problemas físicos ao nível dos quartos traseiros.
João Salgueiro, que actuava perante o público da sua terra, passou pela arena de Almeirim muito à pressa. Utilizou apenas duas montadas para as duas lides e construiu-as de forma idêntica, alternando ferros de boa nota com outros bem menos conseguidos. Na primeira lide, saiu a deixar dois bons ferros compridos, para, nos curtos, começar com um ferro a sesgo, a dar a ideia de querer fazer depressa, sem tempo para mexer muito no toiro. Cravou mais quatro ferros, com destaque para o último, pela justeza da reunião. No seu segundo toiro deixou três compridos correctos e cinco curtos sem grande destaque, sendo que o ferro com que encerrou praça foi deixado bem para lá da garupa do cavalo. Nota negativa para o recurso sistemático às duas mãos na condução das montadas.
António Ribeiro Telles, na senda do que tem sido esta primeira parte da sua temporada, veio mostrar toda a sua classe e elegância na forma de lidar toiros, levando-os na garupa do cavalo, escolhendo os melhores terrenos e cravando de frente e de alto a baixo, de acordo com as regras do toureio a cavalo à portuguesa. Nesta noite nem sempre as coisas lhe saíram bem, mas a sua actuação pautou-se bem pela positiva. No seu primeiro toiro – 2º da noite – cravou dois compridos, com destaque para o segundo e, nos curtos, destacaram-se os terceiro e quarto, este um grande ferro em todos os seus momentos. No seu segundo – 4º da ordem – saiu a mostrar como se cravam bons ferros compridos: de praça a praça, dando primazia na investida ao toiro, de alto a baixo, em tiras muito bem desenhadas. Nos curtos, não começou da melhor forma, com o seu antagonista a procurar terrenos de tábuas e o cavaleiro a não o entender da melhor forma. Sofreu toques na montada nos dois primeiros ferros e, nos dois últimos, com uma preparação primorosa, deixou dois magníficos ferros, terminando a sua actuação em grande plano.
Francisco Palha, veio a esta corrida mostrar que está preparado para a sua alternativa. Duas boas lides, repletas de emoção, que em nada ficaram atrás das que conseguiram os seus alternantes, duas das máximas figuras do toureio nacional. Iniciou a sua actuação com dois bons compridos, de praça a praça, procurando dar vantagens ao toiro e em reuniões ajustadas. Para os curtos continuou no mesmo tom, tendo deixado um grande ferro (o segundo) e sofrendo um violento toque na colocação do terceiro. Os outros três foram de boa nota, com o último a ser colocado em terrenos de dentro, bem apertados. No que encerrou a corrida, embora de colocação menos homogénea, deixou dois compridos de muito boa nota e, nos curtos, com execução precedida de batida ao piton contrário, destacaram-se os segundo, terceiro e quarto ferros, plenos de emoção na reunião, pela eminência da colhida.
O Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, iniciou a noite por intermédio de Hugo Inácio, que, apesar na arrancada pronta do toiro, ainda conseguiu mandar e reunir de forma correcta para uma boa pega, bem ajudada pelo grupo, a mostrar coesão. Para o terceiro da noite foi escolhido Fernando Parente, um veterano do grupo que citou a dar vantagens, com todo o grupo bem encostado em tábuas, mandou no toiro e efectuou uma muito boa pega. Diogo Gomes saiu para pegar o quinto da corrida, um toiro reservado de investida e com alguma dificuldade em sair de tábuas, o que obrigou o forcado a desfazer por duas vezes. Fora de tábuas e a toque do bandarilheiro, o toiro arrancou para o forcado que reuniu bem, conseguindo, também ele, uma boa pega ao primeiro intento, com boas ajudas do grupo.
Pelo novel Grupo de Forcados Amadores do Aposento de Tomar saltou para pegar o primeiro do seu lote Bruno Machado. Citou bem, com o toiro de frente, a mostrar-se, mas não reuniu da melhor forma. À segunda tentativa, a corrigir e a conseguir uma boa pega, sem grandes dificuldades. João Serra pegou o quarto toiro da ordem, que após um aviso de capote em tábuas, partiu para o forcado que o recebeu bem e, após a reunião, efectuou uma pirueta sem que aquele saísse da cara, conseguindo uma pega muito aplaudida pelo público. Encerrou praça o forcado Paulo Parker, que citou de largo, interessou o toiro, carregou e reuniu de forma correcta para uma boa pega à primeira tentativa.
O Mais e o Menos+ Nada a registar.- A entrada e saída de público no decorrer da lides, perante alguma passividade do pessoal de serviço;- A falta de silêncio durante as pegas, em nítido desrespeito pelos forcados;- A demora na saída dos toiros.
(Foto: João Costa Pereira, Arquivo)
Também os pára-quedistas são portugueses e são aficionados…poderia ser este o lema desta corrida. Com efeito, foi agradável de ver muitos “boinas verdes” nas bancadas da praça, ainda que com algum cimento à vista. O cartel, esse estava bem composto, com duas primeiríssimas figuras em competição com um cavaleiro praticante a pouco mais de um mês da alternativa. À mistura, no intervalo da corrida, um espectáculo de fados, que cortou algum ritmo à corrida.
A ordem de lide foi alterada, saindo em primeiro e terceiro os exemplares destinados a João Salgueiro, em segundo e quinto a António Telles e em quarto e sexto os que se destinavam às lides de Francisco Palha. Muito do público presente se interrogou sobre o(s) motivo(s) desta alteração…
Os toiros, da vizinha ganadaria do Conde de Murça, com quatro anos de idade e pesos entre os 520 e os 580 Kg, de excelente apresentação e trapio, de um modo geral cumpriram, sendo que revelaram alguma falta de força (também muito por culpa do piso da arena), com o que saiu em segundo lugar a denotar problemas físicos ao nível dos quartos traseiros.
João Salgueiro, que actuava perante o público da sua terra, passou pela arena de Almeirim muito à pressa. Utilizou apenas duas montadas para as duas lides e construiu-as de forma idêntica, alternando ferros de boa nota com outros bem menos conseguidos. Na primeira lide, saiu a deixar dois bons ferros compridos, para, nos curtos, começar com um ferro a sesgo, a dar a ideia de querer fazer depressa, sem tempo para mexer muito no toiro. Cravou mais quatro ferros, com destaque para o último, pela justeza da reunião. No seu segundo toiro deixou três compridos correctos e cinco curtos sem grande destaque, sendo que o ferro com que encerrou praça foi deixado bem para lá da garupa do cavalo. Nota negativa para o recurso sistemático às duas mãos na condução das montadas.
António Ribeiro Telles, na senda do que tem sido esta primeira parte da sua temporada, veio mostrar toda a sua classe e elegância na forma de lidar toiros, levando-os na garupa do cavalo, escolhendo os melhores terrenos e cravando de frente e de alto a baixo, de acordo com as regras do toureio a cavalo à portuguesa. Nesta noite nem sempre as coisas lhe saíram bem, mas a sua actuação pautou-se bem pela positiva. No seu primeiro toiro – 2º da noite – cravou dois compridos, com destaque para o segundo e, nos curtos, destacaram-se os terceiro e quarto, este um grande ferro em todos os seus momentos. No seu segundo – 4º da ordem – saiu a mostrar como se cravam bons ferros compridos: de praça a praça, dando primazia na investida ao toiro, de alto a baixo, em tiras muito bem desenhadas. Nos curtos, não começou da melhor forma, com o seu antagonista a procurar terrenos de tábuas e o cavaleiro a não o entender da melhor forma. Sofreu toques na montada nos dois primeiros ferros e, nos dois últimos, com uma preparação primorosa, deixou dois magníficos ferros, terminando a sua actuação em grande plano.
Francisco Palha, veio a esta corrida mostrar que está preparado para a sua alternativa. Duas boas lides, repletas de emoção, que em nada ficaram atrás das que conseguiram os seus alternantes, duas das máximas figuras do toureio nacional. Iniciou a sua actuação com dois bons compridos, de praça a praça, procurando dar vantagens ao toiro e em reuniões ajustadas. Para os curtos continuou no mesmo tom, tendo deixado um grande ferro (o segundo) e sofrendo um violento toque na colocação do terceiro. Os outros três foram de boa nota, com o último a ser colocado em terrenos de dentro, bem apertados. No que encerrou a corrida, embora de colocação menos homogénea, deixou dois compridos de muito boa nota e, nos curtos, com execução precedida de batida ao piton contrário, destacaram-se os segundo, terceiro e quarto ferros, plenos de emoção na reunião, pela eminência da colhida.
O Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, iniciou a noite por intermédio de Hugo Inácio, que, apesar na arrancada pronta do toiro, ainda conseguiu mandar e reunir de forma correcta para uma boa pega, bem ajudada pelo grupo, a mostrar coesão. Para o terceiro da noite foi escolhido Fernando Parente, um veterano do grupo que citou a dar vantagens, com todo o grupo bem encostado em tábuas, mandou no toiro e efectuou uma muito boa pega. Diogo Gomes saiu para pegar o quinto da corrida, um toiro reservado de investida e com alguma dificuldade em sair de tábuas, o que obrigou o forcado a desfazer por duas vezes. Fora de tábuas e a toque do bandarilheiro, o toiro arrancou para o forcado que reuniu bem, conseguindo, também ele, uma boa pega ao primeiro intento, com boas ajudas do grupo.
Pelo novel Grupo de Forcados Amadores do Aposento de Tomar saltou para pegar o primeiro do seu lote Bruno Machado. Citou bem, com o toiro de frente, a mostrar-se, mas não reuniu da melhor forma. À segunda tentativa, a corrigir e a conseguir uma boa pega, sem grandes dificuldades. João Serra pegou o quarto toiro da ordem, que após um aviso de capote em tábuas, partiu para o forcado que o recebeu bem e, após a reunião, efectuou uma pirueta sem que aquele saísse da cara, conseguindo uma pega muito aplaudida pelo público. Encerrou praça o forcado Paulo Parker, que citou de largo, interessou o toiro, carregou e reuniu de forma correcta para uma boa pega à primeira tentativa.
O Mais e o Menos+ Nada a registar.- A entrada e saída de público no decorrer da lides, perante alguma passividade do pessoal de serviço;- A falta de silêncio durante as pegas, em nítido desrespeito pelos forcados;- A demora na saída dos toiros.
(Foto: João Costa Pereira, Arquivo)
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