Bom ambiente no inicio da Tradicional Corrida de S. Pedro com as bancadas praticamente preenchidas na sua totalidade.Aguardava-se com muita expectativa o confronto de gerações do toureio a cavalo e quem ficou a ganhar foram os mais novos, graças ao lote de toiros que lhes calhou em sorte.Perfilavam-se na arena os antigos e os actuais membros dos Amadores de Évora, que tiveram que se aplicar a sério frente a seis imponentes Murteira Grave.
Inicio da corrida com Joaquim Bastinhas diante de um toiro de 530kg de córnea muito levantada. Colocou dois ferros compridos regulares com o toiro a não carregar a sorte e a dar logo sinais de mansidão. Nos curtos iniciou com dois bons ferros mas com a toiro a vir a menos sem carregar no momento da sorte, valeu a entrega e a alegria típica de Bastinhas para a lide ter algum brilho. Terminou com o habitual par de bandarilhas.
O segundo da ordem coube a António Ribeiro Telles de 540kg. Começou bem na série dos compridos com ferros bem colocados. Mudou para a ferragem curta após trocar de cavalo com um toiro que cortava os caminhos à montada andando sempre nos terrenos médios da arena, o cavaleiro da Torrinha soube dar-lhe a volta provocando a sua investida e colocando bons ferros. No último ferro a pedido do público, a montada foi colhida com violência mas que felizmente não passou de um valente susto.
Rui Salvador foi o terceiro cavaleiro em praça e em ano de comemoração dos 25 anos de Alternativa não tem sido muito feliz, tendo no passado fim-de-semana sofrido uma violenta colhida em Alcácer. Iniciou a lide com três bons ferros compridos a um Grave de 535kg que mostrava algumas qualidades, face aos dois primeiros. Nos curtos cravou as sortes de frente entrando na cara do toiro e a rematar os ferros com uma bonita brega levando o toiro na garupa do cavalo. Encerrou a actuação com um bom ferro curto a pedido do público.
Após um curto intervalo iniciou a função o cavaleiro Bastinhas Jr. e foi o grande triunfador da noite, também devido ao melhor toiro da corrida lhe ter calhado em sorte. Iniciou a actuação a receber bem o oponente na garupa do cavalo e depois colocou dois bons ferros compridos à tira. Trocou de montada para os curtos e aqui foi o êxito total. Com muita preocupação em preparar bem as sortes e muito bem rematadas. Com o cavalo a entrar na cara do toiro no momento da cravagem das bandarilhas. Terminou a lide com um ferro de palmo notável.
Tiago Carreiras regressava uma vez mais a Évora, mas desta feita com a estrela da sua quadra, o Quirino já recuperado da lesão da temporada anterior. Recebeu bem o toiro e colocou dois bons compridos. Para os curtos sacou o Quirino e teve uma lide de boa nota com os ferros a serem bem preparados com o cavalo a ladear na cara do toiro e também muito bem rematados após o momento da colocação dos ferros. Alcançou um bom triunfo este jovem cavaleiro.
João Salgueiro da Costa vinha de uma boa actuação em Alcácer onde sofreu uma valente colhida. Iniciou a lide com dois bons compridos. Trocou de cavalo para os curtos e também executou uma lide de boa nota com destaque para o segundo ferro com o toiro a descair para tábua, Salgueiro da Costa não excitou em arriscar e a colocar ferros em terrenos de compromisso. Trocou de montada para a colocação de mais um ferro mas o efeito não foi o esperado porque permitiu um toque com alguma violência no cavalo.
Quando aos Amadores de Évora não tiveram uma noite fácil mas souberam dar a volta por cima dos Murteira Grave.Pegaram à segunda o cabo Bernardo Patinhas e Gonçalo Mira, que saiu lesionado e ao que podemos apurar terá fracturado a tíbia da perna esquerda. António Alfacinha com uma boa pega à primeira, Francisco Garcia à segunda, Nuno Lobo só à quarta notando-se falta de ajudas após o momento da reunião e para terminar em grande uma boa cernelha com a dupla Gonçalo Mira (Gravatinhas) e Manuel Brito Paes.Quanto ao curro de toiros enviados da Herdade da Galeana, estava todos bem apresentados tendo os três primeiros acusado alguma mansidão, já os três últimos mostraram boas qualidades de lide com destaque para o terceiro.
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