segunda-feira, 29 de junho de 2009

Nem a chuva arrefeceu o festival do Cano



Mais uma vez está de parabéns a Tertúlia tauromáquica de Nossa Senhora do Carmo de Sousel, por ter levado a efeito mais um festival no dia 28, que desta vez face às condições meteorológicas poderia ter optado pela posição mais confortável que era de suspender ou anular o espectáculo. Muitas empresas com pergaminhos no nosso panorama taurino certamente o teriam feito, em troca dum chorudo seguro, ou não arriscariam uma bilheteira que poderia ser catastrófica. Pela afficion e seriedade que esta Tertúlia tem demonstrado, aguentou o Festival até ao seu inicio, e nem mesmo a forte chuva que caiu às 17.30h fez desanimar a organização e os actuantes.

Foram lidados novilhos pertencente à ganadaria de Francisco Luís Caldeira, escassos de apresentação mas a cumprirem muito acima da média na forma como investiram para as montadas do ginetes, daí ser justo a chamada do representante da ganadaria no quarto novilho da tarde.

Quanto aos cavaleiros Marco José abriu função conseguindo uma boa lide no timbre daquelas que tem habituado os espectadores que acompanham a sua carreira. Praticou uma lide séria com destaque nas duas farpas e nos três curtos em sortes frontais para terminar com o já célebre Girassol a cravagem de dois ferros em sorte de violino que face às condições climatéricas foram um tónico para aquecer o público nas bancadas. A deixar antever que mais uma vez o cavaleiro de Caldas da Rainha se encontra preparado para uma temporada em que poderá partilhar cartel com qualquer outro colega, e lidar qualquer tipo de toiro. Assim, boas são as perspectivas para Moura e S. Marcos .

Marcelo Mendes voltou a protagonizar uma lide agradável, pautando-se pela serenidade e tentar fazer de cada actuação uma lide perfeita. Esteve correcto na ferragem curta e no ferro de palmo que cravou. Terminou a sua actuação com um vistoso par de bandarilhas.

A cavaleira Alda Maria que prestou prova para cavaleira praticante, acusou um pouco a responsabilidade desta tarde, no entanto não deslustrou a sua actuação salientando-se pela positiva o terceiro e quarto ferro curto. Está pois de parabéns a nova cavaleira praticante.

O jovem Mateus Prieto teve uma actuação de menos a mais. Se nos compridos não foi feita história, já na ferragem curta conseguiu animar o público com um toureio fácil, necessitando apenas de diminuir um pouco a velocidade das suas montadas. Foi uma actuação conseguida e o público retribuiu-lhe com uma forte ovação na volta à arena.

Encerrou o Festival o cavaleiro amador Manuel Comba que cravou três farpas e quatro curtos, gozando de grande popularidade nas bancadas, certamente por ser oriundo destas bandas. Foi uma lide em que cavaleiro e público bastante se divertiram, mas o toureio praticado a merecer alguns reparos.

Estiveram presentes os Forcados Amadores do Montijo e Aposento do Alandroal que aproveitaram para rodar jovens valores. Pelos primeiros foram caras Rui Gomes (à terceira tentativa porque nas duas anteriores tecnicamente não esteve correcto), Hélio Lopes também pegou à terceira tentativa pelas razões idênticas do seu colega e Fábio Siquinique à primeira tentativa com raça e determinação. Pelo grupo do Alandroal, Alexandre Lopes e Mário Pinto à primeira tentativa.

Dirigiu o espectáculo com a competência que lhe é característica, o delegado do IGAC, Sr. José Tinoca, assessorado pelo Dr. José Guerra.

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