O público português que assiste às Corridas de Toiros é na sua maioria um público fácil. Na verdade, há excepção de uma pequena minoria, quem preenche as bancadas é um conjunto de pessoas que vai aos toiros para se divertir.
O público pede música não por mérito mas para se animar; pede mais um ferro não para prolongar um triunfo mas porque quer continuar entretido; consente voltas à arena não por prémio mas porque é a oportunidade de refrescar a boca e esticar as pernas.
Nada disto tem mal nenhum mas será que fortalece a Festa? Será que no limite é verdadeiramente bom para os bons toureiros, para os bons empresários, para os bons ganadeiros, para os bons forcados? Desta forma não anda tudo no mesmo saco? Eu acho que anda e que isso é uma pena, sobretudo para os bons e para os que o querem ser.
Eu também vou aos toiros para me divertir. Vou pelo programa, pela companhia, pelo encontro social, pelo acto cultural. Tudo isto me diverte. Mas sobretudo eu vou aos toiros para me emocionar e isso é muito diferente e muito superior do que simplesmente divertir-me.
Acontece que provocar emoções é muitíssimo mais difícil do que só divertir. Por isso são muito menos os que conseguem causar emoções do que os que só divertem. Por isso são muito melhores os que causam emoções do que os que só divertem.
Um ferro passado, um violino deitado, um comprido citado de lado, um cambio que descentra a sorte, uma dentada no piton, recrear-se na cara de um toiro que não procura colher, uma pega sem aguentar, um cite com o toiro de rabo, uma natural sem carregar a sorte, uma faena de cercanias a um novilho cabano … tudo isto pode até ser divertido e até levar muitas palmas, mas emociona?
Não se enganem aqueles que acham que o público só quer divertir-se, apresentando-lhe facilitismos e números, porque o seu reinado acaba no exacto dia em que aparece alguém que além de divertir, emociona. O público, mesmo aquele que não aprendeu a ver toiros e que compõe a maioria das bancadas de todas as Praças, inclusive das Praças de maior tradição e importância, é imediatamente tocado pela verdade que causa emoção e valoriza-a muito superiormente ao simples divertimento.
Quando as coisas são bem feitas e emocionam, o público, todo ele, começa por fica atento, fixa a sua atenção, cala-se e depois de consumada a sorte rompe numa imensa, espontânea e unânime ovação não se conseguindo manter sentado!
Quem viu as pegas do Diogo Sepulveda e do Gonçalo Veloso na passada quinta-feira em Lisboa sabe do que eu estou a falar. Como aficionado pagante agradeço-lhes pelas emoções que provocaram. Se eu fosse cavaleiro, toureiro, ganadeiro ou forcado teria o sonho de causar ao público os mesmos sentimentos que eles causaram porque só quando se é capaz de emocionar o público é que de verdade se triunfa, o resto é só divertido e isso é pouco!
O público pede música não por mérito mas para se animar; pede mais um ferro não para prolongar um triunfo mas porque quer continuar entretido; consente voltas à arena não por prémio mas porque é a oportunidade de refrescar a boca e esticar as pernas.
Nada disto tem mal nenhum mas será que fortalece a Festa? Será que no limite é verdadeiramente bom para os bons toureiros, para os bons empresários, para os bons ganadeiros, para os bons forcados? Desta forma não anda tudo no mesmo saco? Eu acho que anda e que isso é uma pena, sobretudo para os bons e para os que o querem ser.
Eu também vou aos toiros para me divertir. Vou pelo programa, pela companhia, pelo encontro social, pelo acto cultural. Tudo isto me diverte. Mas sobretudo eu vou aos toiros para me emocionar e isso é muito diferente e muito superior do que simplesmente divertir-me.
Acontece que provocar emoções é muitíssimo mais difícil do que só divertir. Por isso são muito menos os que conseguem causar emoções do que os que só divertem. Por isso são muito melhores os que causam emoções do que os que só divertem.
Um ferro passado, um violino deitado, um comprido citado de lado, um cambio que descentra a sorte, uma dentada no piton, recrear-se na cara de um toiro que não procura colher, uma pega sem aguentar, um cite com o toiro de rabo, uma natural sem carregar a sorte, uma faena de cercanias a um novilho cabano … tudo isto pode até ser divertido e até levar muitas palmas, mas emociona?
Não se enganem aqueles que acham que o público só quer divertir-se, apresentando-lhe facilitismos e números, porque o seu reinado acaba no exacto dia em que aparece alguém que além de divertir, emociona. O público, mesmo aquele que não aprendeu a ver toiros e que compõe a maioria das bancadas de todas as Praças, inclusive das Praças de maior tradição e importância, é imediatamente tocado pela verdade que causa emoção e valoriza-a muito superiormente ao simples divertimento.
Quando as coisas são bem feitas e emocionam, o público, todo ele, começa por fica atento, fixa a sua atenção, cala-se e depois de consumada a sorte rompe numa imensa, espontânea e unânime ovação não se conseguindo manter sentado!
Quem viu as pegas do Diogo Sepulveda e do Gonçalo Veloso na passada quinta-feira em Lisboa sabe do que eu estou a falar. Como aficionado pagante agradeço-lhes pelas emoções que provocaram. Se eu fosse cavaleiro, toureiro, ganadeiro ou forcado teria o sonho de causar ao público os mesmos sentimentos que eles causaram porque só quando se é capaz de emocionar o público é que de verdade se triunfa, o resto é só divertido e isso é pouco!
(Fotografia de Francisco Romeiras)
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