terça-feira, 7 de julho de 2009

Vila Franca de Xira, 5 de Julho

Corrida de Encerramento do Colete Encarnado

A já tradicional corrida de encerramento das Festas do Colete Encarnado em Vila Franca de Xira, resultou num agradável espectáculo de toiros, com uma casa bastante composta em termos de público que gerou bom ambiente.

Os exemplares da Ganadaria Falé Filipe, cujos pesos oscilaram entre os 465 e os 550 Kg, todos quatreños, com razoável apresentação, deram jogo desigual. Foi melhor o lidado em 6º, brindado com volta ao ruedo e valendo a chamada do ganadero.

Abriu praça António Ribeiro Telles que, no seu estilo clássico, andou em bom plano, cumprindo com acerto com a ferragem da ordem, bregando acertadamente e desde logo deixando bom ambiente.

O segundo da ordem foi lidado por João Telles Jr numa actuação que veio de menos a mais. Depois de algum desacerto nos compridos, o mais jovem cavaleiro da Torrinha encastou-se e subiu o nível na ferragem curta, sobrepondo-se às qualidades do seu oponente que não facilitou.

António e João Telles lidaram a duo o quinto exemplar da tarde, um toiro que investia, encurtando viagem na tentativa de colher. Cumpriram com a ferragem, com especial destaque para João Telles Jr que andou com mais acerto, numa lide que resultou bem ligada e interessante.

Boas pegas para os Amadores de Vila Franca de Xira que mais uma vez estiveram em muito bom plano. As três pegas da tarde foram concretizadas à primeira tentativa por intermédio de Vasco Dotti, Diogo Pereira e Paulo Conceição.

Na arte de montes foi o matador de toiros Sanchez Vara quem abriu praça frente ao terceiro exemplar de Falé Filipe. Recebeu bem no capote e encantou o público no tércio de bandarilhas onde deixou três pares. Na muleta andou asseado, mas, sem grande emoção, toureando sempre no bico da muleta.
No sexto toiro da ordem, o matador espanhol alcançou sonante triunfo, aproveitando as características do seu oponente. Mais uma vez escutou sonante ovação no tércio de bandarilhas que repartiu com David Antunes, este que, ante um par de bom nível, agradece os aplausos de montera en mano.
Na muleta saca alguns bons passes pela direita, em redondo e adornou-se de forma agradável. Pecou apenas pela falta de passes pela esquerda frente a um toiro que permitia tudo.

Completava o cartel o novilheiro João Augusto Moura, uma jovem promessa em quem a afición deposita muita esperança, pela sua forma ligada de tourear e pelas suas maneiras. No entanto, a João Augusto tocou o pior lote da corrida.
No primeiro andou asseado, recebendo bem no capote. No tércio de bandarilhas destacou-se Cláudio Miguel com dois pares extraordinários que lhe valeram calorosa ovação do público que o obrigou a agradecer de montera en mano. Na muleta, sem nunca virar costas à luta, toureia por ambos os pitons, mas sem grandes destaques face à perigosidade do toiro que o sorteio lhe ditou que, apesar de ser uma estampa, não passava facilmente na muleta nem nunca humilhou como deveria.
No que encerrou praça, bandarilhado correctamente por Pedro Gonçalves e Cláudio Miguel, João Augusto consegue claramente sobrepor-se às características do seu oponente que veio a menos.
Na muleta encontra sítio e recria-se com passes de muito nível, dominando a investida do toiro que nunca facilitou o labor do jovem novilheiro e concretizando uma lide muito ligada e emotiva.

Saída em ombros no final da corrida para Sanchez Vara e João Augusto Moura.

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