A Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) realizou ontem à noite em Vila Franca de Xira, na sede da tertúlia dos forcados locais, uma assembleia-geral convocada de urgência e que tinha por objectivo vetar a empresa da primeira praça do país (Campo Pequeno) pelo facto de esta manter os burladeros colocados, nas corridas mistas (como aconteceu quinta-feira passada) durante as lides a cavalo e as pegas.
Note-se que nenhum cavaleiro assumiu qualquer posição contra o facto de os buladeros se manterem montados enquanto toureiam - como, aliás, sucede em todas as praça portáteis e nas praças de Espanha onde alguns dos nossos ginetes actuam com frequência.
O facto de alguns grupos (entre os quais, grupos de primeira) se ter manifestado contra essa intenção da ANGF, levou a que o eventual veto nem sequer tivesse chegado a ser posto à votação. Ficou antes decidido, segundo fontes que estiveram ontem presentes nesta reunião de forcados, que a ANGF vai notificar a empresa da primeira praça do país para saber se tenciona manter ou não a medida de não retirar os burladeros durante as pegas. Se a empresa decidir que os mantém, a ANGF avança com o veto - o que, segundo as mesmas fontes, pode levar alguns grupos de primeira a colocaram-se do lado da empresa lisboeta e a admitir mesmo a hipótese de abandonarem a associação...
Fontes da empresa do C. Pequeno, por seu turno, consideram "ridículo" que a Associação de Forcados a tencionem "notificar"... sobrepondo-se à Associação Nacional de Toureiros (ex-sindicato), à Federação Pró-Toiro, às associações de ganadeiros, de empresários, etc.
"Os senhores forcados sempre tiveram e terão o seu lugar na Festa, mas estão a querer ser mais papistas que o Papa, estão a querer controlar tudo e todos, há que travar-lhes is ímpetos. Numa altura em que se fala de união e se pretende a união, em lugar de se preocuparem com outras coisas, querem fazer guerra à primeira empresa do país por uma simples questão de burladeros?...", disse-nos uma fonte da empresa.
Rui Bento, gestor do Campo Pequeno, pode ter alguns defeitos - e tem-nos, concerteza, como todos nós temos. Mas ninguém o pode acusar de não ser um gestor firme e que muito tem feito em prol da Festa desde que está à frente da praça lisboeta. Vai ceder aos forcados? Ou vai manter a firmeza de sempre e enfrentar de peito feito, como fazia aos toiros, as investidas de um eventual veto?
É um braço de ferro desnecessário. Há quem esteja na Festa para criar constantes confusões - como alguns dos dirigentes da ANGF (não todos, atenção!). E há quem esteja na Festa para a defender, prestigiar e engrandecer - como é o caso de Rui Bento. E nós estamos à vontade para o dizer, somos insuspeitos. Nem sequer temos relações com ele, como sabem.
E atenção: não estamos contra a ANGF, como tantas vezes nos acusaram. Somos pelo forcados, somos pela tradição da nossa Tauromaquia - que desde sempre contou com a valorosa contribuição, amadora, dos homens de barba rija que pegam toiros. Não somos é pelo ridículo, pela estupidez e pela constante necessidade de criar barafunda. Vetar a primeira praça do país, o barómetro da Festa, a praça que encheu em três ocasiões nesta temporada e que tanto tem ajudado a promover a Tauromaquia em Portugal, por um simples caso de burladeros postos ou não postos, que ainda por cima nunca prejudicaram ninguém? É ridículo.
Há trinta anos que os grupos de forcados pegam na Monumental de Albufeira e os burladeros nunca deixaram de lá estar. São fixos. Qualquer praça portátil tem burladeros fixos e nenhum grupo se negou até hoje a actuar nelas. Qualquer praça de Espanha tem burladeros, a começar pela de Madrid, onde já vários grupos pegaram sem nunca se opôr ou mandar retirar os ditos cujos. São agora os quatro burladeros do Campo Pequeno que motivam um veto e abrem mais uma guerra desnecessária e que só vem, uma vez mais e como sempre, dar razão aos anti-taurinos e mostrar-lhe que nós, os dos toiros, andamos sempre ás turras uns aos outros?
Haja bom senso, meus senhores, que assim não vamos a lado nenhum!...
Neste caso e embora de relações cortadas com a empresa (também já era tempo de acabar com essa birrinha, não acham?...), estamos ao lado de Rui Bento e dos empresários do Campo Pequeno. Não estamos contra a ANGF. Reafirmamos: somos a favor do forcado amador, sempre fomos. Mas há posições e atitudes, como esta anti-burladeros e pró-veto, que ultrapassam todas as raias do bom senso.
Força, Rui Bento! E se houver veto, falamos por experiência própria, há sempre o Xico Costa e a Selecção de Glórias da Forcadagem para pegar quantos toiros for preciso. Além dos grupos não associados. Há soluções para tudo, Rui. Em frente, sem medo. De peito feito, outra vez!
Farpas
Foto Carlos Nuñez/Toromedia
Note-se que nenhum cavaleiro assumiu qualquer posição contra o facto de os buladeros se manterem montados enquanto toureiam - como, aliás, sucede em todas as praça portáteis e nas praças de Espanha onde alguns dos nossos ginetes actuam com frequência.
O facto de alguns grupos (entre os quais, grupos de primeira) se ter manifestado contra essa intenção da ANGF, levou a que o eventual veto nem sequer tivesse chegado a ser posto à votação. Ficou antes decidido, segundo fontes que estiveram ontem presentes nesta reunião de forcados, que a ANGF vai notificar a empresa da primeira praça do país para saber se tenciona manter ou não a medida de não retirar os burladeros durante as pegas. Se a empresa decidir que os mantém, a ANGF avança com o veto - o que, segundo as mesmas fontes, pode levar alguns grupos de primeira a colocaram-se do lado da empresa lisboeta e a admitir mesmo a hipótese de abandonarem a associação...
Fontes da empresa do C. Pequeno, por seu turno, consideram "ridículo" que a Associação de Forcados a tencionem "notificar"... sobrepondo-se à Associação Nacional de Toureiros (ex-sindicato), à Federação Pró-Toiro, às associações de ganadeiros, de empresários, etc.
"Os senhores forcados sempre tiveram e terão o seu lugar na Festa, mas estão a querer ser mais papistas que o Papa, estão a querer controlar tudo e todos, há que travar-lhes is ímpetos. Numa altura em que se fala de união e se pretende a união, em lugar de se preocuparem com outras coisas, querem fazer guerra à primeira empresa do país por uma simples questão de burladeros?...", disse-nos uma fonte da empresa.
Rui Bento, gestor do Campo Pequeno, pode ter alguns defeitos - e tem-nos, concerteza, como todos nós temos. Mas ninguém o pode acusar de não ser um gestor firme e que muito tem feito em prol da Festa desde que está à frente da praça lisboeta. Vai ceder aos forcados? Ou vai manter a firmeza de sempre e enfrentar de peito feito, como fazia aos toiros, as investidas de um eventual veto?
É um braço de ferro desnecessário. Há quem esteja na Festa para criar constantes confusões - como alguns dos dirigentes da ANGF (não todos, atenção!). E há quem esteja na Festa para a defender, prestigiar e engrandecer - como é o caso de Rui Bento. E nós estamos à vontade para o dizer, somos insuspeitos. Nem sequer temos relações com ele, como sabem.
E atenção: não estamos contra a ANGF, como tantas vezes nos acusaram. Somos pelo forcados, somos pela tradição da nossa Tauromaquia - que desde sempre contou com a valorosa contribuição, amadora, dos homens de barba rija que pegam toiros. Não somos é pelo ridículo, pela estupidez e pela constante necessidade de criar barafunda. Vetar a primeira praça do país, o barómetro da Festa, a praça que encheu em três ocasiões nesta temporada e que tanto tem ajudado a promover a Tauromaquia em Portugal, por um simples caso de burladeros postos ou não postos, que ainda por cima nunca prejudicaram ninguém? É ridículo.
Há trinta anos que os grupos de forcados pegam na Monumental de Albufeira e os burladeros nunca deixaram de lá estar. São fixos. Qualquer praça portátil tem burladeros fixos e nenhum grupo se negou até hoje a actuar nelas. Qualquer praça de Espanha tem burladeros, a começar pela de Madrid, onde já vários grupos pegaram sem nunca se opôr ou mandar retirar os ditos cujos. São agora os quatro burladeros do Campo Pequeno que motivam um veto e abrem mais uma guerra desnecessária e que só vem, uma vez mais e como sempre, dar razão aos anti-taurinos e mostrar-lhe que nós, os dos toiros, andamos sempre ás turras uns aos outros?
Haja bom senso, meus senhores, que assim não vamos a lado nenhum!...
Neste caso e embora de relações cortadas com a empresa (também já era tempo de acabar com essa birrinha, não acham?...), estamos ao lado de Rui Bento e dos empresários do Campo Pequeno. Não estamos contra a ANGF. Reafirmamos: somos a favor do forcado amador, sempre fomos. Mas há posições e atitudes, como esta anti-burladeros e pró-veto, que ultrapassam todas as raias do bom senso.
Força, Rui Bento! E se houver veto, falamos por experiência própria, há sempre o Xico Costa e a Selecção de Glórias da Forcadagem para pegar quantos toiros for preciso. Além dos grupos não associados. Há soluções para tudo, Rui. Em frente, sem medo. De peito feito, outra vez!
Farpas
Foto Carlos Nuñez/Toromedia
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