Um momento incrível da lide de Diego Ventura ontem em Madrid |
Último toiro morreu sem "puntilla" aos pés de Ventura |
Pablo Hermoso teve o pior lote de toiros |
Bom ferro curto de Fermín Bohórquez |
Os apoderados Julián Alonso e Jorge Matilla com João Ventura à conversa com o bandarilheiro Paco Cartagena, irmão do saudoso Ginés Cartagena |
Ricardo Relvas (correspondente em Espanha) - Cartel de "não há bilhetes" na 12ª corrida da Isidrada, ontem em Madrid, primeira de rejoneadores.
Cinco toiros de Carmen Lorenzo Carrasco e um de San Pelayo lidado em quinto lugar. O primeiro saíu sonso; o segundo manso, procurando as tábuas; o terceiro, encastado, galopando; o quarto, bravo e nobre; o quinto, manso, tentou saltar as tábuas; o sexto, manso e nobre. Todos levaram um único rojão de castigo, excepto o sexto, que levou dois.
Se ontem o público era de fato e gravata e as senhoras com vestidos de marca e cheiro a Chanel nº 5, na corrida de ontem eles vinham em mangas de camisa e elas de chinelos e cheirinho a Lavanda. Porquê? Porque três quartos da praça estão abonados e os donos dos abonos, nas corridas de cavaleiros, oferecem os bilhetes ao porteiro, à mulher da limpeza e ao taberneiro da esquina. Em verdade, só se vende um quarto da praça. Mas, doa a quem doer, o cartaz está nas bilheteiras: "Não há bilhetes"! Era um público diferente. Ninguém conhecia ninguém...
Os três cavaleiros (rejoneadores) tiveram momentos muito bons toureando de frente, mas viu-se mais toureio para a galeria. Até Pablo Hermoso já tem um cavalo que não sei bem se beija ou morde o toiro. Fantástico, o público, este público, delira. Lembro-me do Ginés Cartagena quando enlouquecia o público, mas nessa época chamavam ao toureio a cavalo o "número del caballito"...
Mas vamos ao que se passou:
Fermín Bohórquez (silêncio e ovação), falhou a cravagem de algumas bandarilhas e matou mal o seu primeiro; no segundo, o melhor toiro da tarde, recebeu-o à porta da gaiola, foi de frente mas falhou várias vezes. Muitos alardes com o cavalo de bandarilhas. A morte do toiro foi bonita, frente ao cavalo.
Pablo Hermoso de Mendoza (ovação nos dois) teve o pior lote. Parou o seu primeiro toiro com maestria no centro da arena. Tem o tal cavalo que tenta morder o toiro, mas o seu toureio é outro. As cópias nunca tiveram valor. Matou mal. No segundo, lidou bem o manso com bons alardes de doma.
Diego Ventura (uma orelha no primeiro e outra no segundo, saíu em ombros), realizou no primeiro uma faena alegre, com momentos bons e matou de um rojão, saltando do cavalo e o toiro rodou na sua frente sem "puntilla". No segundo, desenvolveu uma lide ao seu estilo. Entre outras coisas, trouxe o cavalo que morde nos toiros e depois de um pinchazo e um rojão, cortou mais uma orelha.
Fotos Ricardo Relvas
Cinco toiros de Carmen Lorenzo Carrasco e um de San Pelayo lidado em quinto lugar. O primeiro saíu sonso; o segundo manso, procurando as tábuas; o terceiro, encastado, galopando; o quarto, bravo e nobre; o quinto, manso, tentou saltar as tábuas; o sexto, manso e nobre. Todos levaram um único rojão de castigo, excepto o sexto, que levou dois.
Se ontem o público era de fato e gravata e as senhoras com vestidos de marca e cheiro a Chanel nº 5, na corrida de ontem eles vinham em mangas de camisa e elas de chinelos e cheirinho a Lavanda. Porquê? Porque três quartos da praça estão abonados e os donos dos abonos, nas corridas de cavaleiros, oferecem os bilhetes ao porteiro, à mulher da limpeza e ao taberneiro da esquina. Em verdade, só se vende um quarto da praça. Mas, doa a quem doer, o cartaz está nas bilheteiras: "Não há bilhetes"! Era um público diferente. Ninguém conhecia ninguém...
Os três cavaleiros (rejoneadores) tiveram momentos muito bons toureando de frente, mas viu-se mais toureio para a galeria. Até Pablo Hermoso já tem um cavalo que não sei bem se beija ou morde o toiro. Fantástico, o público, este público, delira. Lembro-me do Ginés Cartagena quando enlouquecia o público, mas nessa época chamavam ao toureio a cavalo o "número del caballito"...
Mas vamos ao que se passou:
Fermín Bohórquez (silêncio e ovação), falhou a cravagem de algumas bandarilhas e matou mal o seu primeiro; no segundo, o melhor toiro da tarde, recebeu-o à porta da gaiola, foi de frente mas falhou várias vezes. Muitos alardes com o cavalo de bandarilhas. A morte do toiro foi bonita, frente ao cavalo.
Pablo Hermoso de Mendoza (ovação nos dois) teve o pior lote. Parou o seu primeiro toiro com maestria no centro da arena. Tem o tal cavalo que tenta morder o toiro, mas o seu toureio é outro. As cópias nunca tiveram valor. Matou mal. No segundo, lidou bem o manso com bons alardes de doma.
Diego Ventura (uma orelha no primeiro e outra no segundo, saíu em ombros), realizou no primeiro uma faena alegre, com momentos bons e matou de um rojão, saltando do cavalo e o toiro rodou na sua frente sem "puntilla". No segundo, desenvolveu uma lide ao seu estilo. Entre outras coisas, trouxe o cavalo que morde nos toiros e depois de um pinchazo e um rojão, cortou mais uma orelha.
Fotos Ricardo Relvas
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