Poderia ser este o título de qualquer filme dos realizadores Roman Polanski ou Martin Scorsese, que na classificação de género poderia ser um drama, thriller ou um filme de acção. Mas não esta é a polémica da actualidade: poderão os cavalos morder os toiros. Sim! Não! E Nim!.
A verdade é que neste verão com temperaturas pouco condizentes para a época, a temporada taurina incendiou-se com esta polémica após a actuação de Ventura no Campo Pequeno.
Assobios, palmas, a polémica porta grande, enfim tudo o que faz parte em dose q.b. a um toureiro que por ser diferente desperta ódios e paixões.
Aliás a tauromaquia sempre foi prodiga neste tipo de sentimentos, e no fundo é bom que assim seja, pois faz com que as pessoas vão aos tauródromos para assobiar ou bater palmas.
Tal como milhares de aficionados tenho a minha opinião e só vejo aquilo que realmente quero ver, ninguém obriga ninguém a ir a um espectáculo taurino.
Ainda a propósito dos assobios, e é tudo questão de modas, e neste aspecto o público do Campo Pequeno é bastante inovador, algumas vezes que ali fui até fico bastante confuso, porque não só apenas durante a lide, mas depois na volta quase sempre escuto alguns assobios misturados com palmas e não só para os lidadores, também aos pegadores, que raio, o que se passa? Será que assobiando é uma nova forma de dizer que gostamos de algo, se assim o é, estranha forma.
E não vos quero maçar mais só queria recordar quando se inova sempre se é criticado, foi o Batista quando subiu 5 dedos o comprimento da casaca, foi o Moura quando apareceu com o cavalo Lambada no Campo Pequeno (depois disso sei lá quantos apareceram a imitá-lo), e num passado muito recente um determinado apoderado que se sentava na bancada deste mesmo Campo Pequeno e apupava aqueles que praticavam as mais elementares regras do toureio clássico. Estarei errado?
O que diria o saudoso Cabral Valente?
Marco Gomes
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