Praça de Toiros: Alter do Chão.
Data: 25 Abril de 2009, pelas 17:00 horas.
Empresa: J.C. Toiros.
Ganadaria: Herdade de Pégoras. Cavaleiros: João Moura, António Maria Brito Paes, João Moura Caetano e o amador Miguel Moura.
Grupos de Forcados: Amadores de Montemor-o-Novo e Alter do Chão capitaneados, respectivamente por José Maria Cortes e João José Saramago. Assistência: ¾ casa. Banda: Banda Municipal Alterense.
Delegados da IGAC: Delegado Técnico Tauromáquico Sr. Alberto Bartissol assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Mota Ferreira.
Por ocasião da Feira de S. Marcos numa data importante do calendário taurino nacional, o 25 de Abril em Alter do Chão, tinha, este ano como principais atracções, o regresso de João Moura, um imponente curro de Pégoras, e 2 grupos de forcados em competição pelo 7º Troféu Luís Saramago para a melhor pega.Com o ferro da Herdade de Pégoras, foram lidados 6 toiros com boa apresentação, com pesos entre os 530 e 580 Kg. Irregulares de comportamento os “quatreños” que vieram dos arredores de Montemor, revelaram-se mansos, mas cumpridores, à excepção do 2º e 5º, que foram bravos e nobres.
De regresso a Alter, o Maestro João Moura, teve duas lides em crescendo. Recebeu bem o primeiro toiro, porém com compridos regulares, para depois executar uma boa lide, com ligação da montada ao toiro, sendo o melhor ferro o 4º curto. No seu segundo da tarde, Moura, entendeu bem o oponente, que era manso e difícil, mas nunca lhe perdeu a cara, com bons ferros e bem rematados, principalmente o último ferro, um bom palmito.
António Brito Paes, teve pela frente dois toiros distraídos, mas aos quais deu boas lides. No primeiro começou por entender mal o toiro com duas passagens em falso, no primeiro comprido. Depois retratou-se com excelentes ferros curtos, principalmente o segundo. Receita igual na segunda lide, com um toque forte no 1º curto, mas redimindo-se, com bons ferros de seguida, com destaque para os 3º e 6º curtos. Boa Passagem por Alter do cavaleiro do Oeste.
De Monforte, veio João Moura Caetano, para duas lides com pouco brilho. A primeira começou bem com 2 compridos de qualidade. Nos curtos, tentou sortes ao piton contrário, para abrilhantar a lide, mas as mesmas originaram ferros de fraca execução, que terminaram com 2 palmitos regulares. No 6º toiro da tarde, cravou 3 compridos e 3 curtos, com alguns toques na montada e sem grandes motivos para destacar.
Nas pegas, abriu praça o G. F. A. de Montemor-o-Novo, através de João Tavares, “Pêco”, com um cite correcto e a mandar vir o toiro, para se fechar com decisão sendo bem ajudado, numa pega que o cara tornou fácil. No 3º toiro, foi escolhido Noel Cardoso, que citou e aguentou bem para se fechar á córnea, aguentando o toiro a bater, com as ajudas a hesitarem e a pega a ter que ser repetida. Na segunda tentativa repetiu aquilo que tinha feito bem, com as ajudas agora a responderem melhor, numa pega vistosa, com destaque para o rabejador Tiago Carvalho. Precisamente o jovem Alterense Tiago Telles Carvalho, foi para a cara do 5º da tarde. Citou bonito, na sua figura esguia, mas recebeu mal o toiro e não se conseguiu fechar. Na segunda tentativa, voltou a adiantar as mãos, mas o toiro a permitir e o forcado a fechar-se á córnea sendo bem ajudado.
O G. F. A. de Alter do Chão, teve uma tarde menos feliz. No primeiro toiro foi cara Hermínio Batista, que citou bonito, mas sem mandar, tentou fechar-se com muita garra, mas a não conseguir. Na segunda e terceira, tentativas voltou a ser desfeiteado pelo toiro, saindo lesionado. Dobrou o companheiro de jaqueta salmão Bruno Palmeiro “Gel”, que fez mais duas tentativas a sesgo com muita valentia resolvendo a pega, com as ajudas sempre a corresponder, em todas as tentativas. Forcado da terra, Sérgio Pires, foi para a cara do 4º da tarde. Era um toiro muito difícil, talvez “burriciego”, pois procurava o forcado com violência, apesar deste o ter citado bem. Sérgio fez duas tentativas com fortes derrotes iniciais, não se conseguindo fechar, e sendo dobrado por Elias Santos, que resolveu a sesgo com muita garra, uma papeleta difícil, em que o toiro voltou a derrotar forte, mas o grupo ajudou bem e Elias aguentou muito, ficando pendurado pelas mãos na testa do toiro. Nuno Basso, foi cara do sexto da tarde, citando e aguentando bem para receber um forte derrote aguentando até ás tábuas, saindo lesionado, com o impacto. Dobraram João José Saramago e Elias Santos numa cernelha á terceira tentativa, que foi de difícil execução pois o toiro não encernelhava para o lado correcto e os campinos não se esforçaram com as chocas. Elias este então em grande plano, pois aguentou muito o toiro a rabejar, e depois entrou o cernelheiro para resolver, a pega complicada.
Nas Variedades Taurinas, Miguel Moura, mostrou, irreverência e ousadia, perante um novilho de Pégoras, de apresentação regular, mas bravo e nobre. O jovem amador, teve uma lide muito boa chegando ás bancadas com excelentes ferros curtos, principalmente o 3º em sorte cambiada e os dois últimos palmitos.
António Vacas de Carvalho, do G.F.A. de Montemor, pegou com ajudas divididas do G.F.A. de Alter do Chão este novilho. Esteve bem o jovem de Montemor, pois citou e mandou no novilho, para depois se fechar decidido, numa pega fácil em que as ajudas corresponderam.
No Final da Corrida, foi entregue o prémio Luís Saramago, para a Melhor Pega, a João Tavares, com toda a justiça, com todos os intervenientes no espectáculo presentes, à excepção de João Moura Caetano.
O Mais e o Menos
+ A apresentação dos toiros; A dignidade do G.F.A. de Alter ao recusarem as voltas com os cavaleiros.
– A saída da praça de João Moura Caetano, sem estar presente na cerimónia de entrega do Prémio Luís Saramago.
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