quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Diogo Sepúlveda falou-nos do teste às bandarilhas


O Grupo de Forcados Amadores de Santarém, por uma questão de antiguidade, foi o Grupo convidado para realizar as duas pegas no teste às bandarilhas e aos ferros compridos que ontem se realizou em Évora. Prontamente o Grupo aceitou o desafio da Direcção da ANGF. Após o teste aproveitámos para fazer algumas perguntas a Diogo Sepúlveda, Cabo do Grupo scalabitano.

Tauromania - O Grupo de Forcados Amadores de Santarém actuou no teste de ontem. O que acharam dos ferros? Diminuem realmente o risco de lesões dos forcados provocadas pelos ferros?

Diogo Sepúlveda - Achámos que qualquer um dos modelos apresentados, diminui, consideravelmente, o risco de lesão dos forcados. Como se pode observar nas fotografias das duas pegas (ndr: publicadas na reportagem da Tauromania), em ambas os forcados vão bem reunidos com o toiro, vão com a cara na zona dos ferros e deu para perceber como o perigo é menor com estes ferros.

T- Qual a solução que achaste melhor?

DS - A solução que me pareceu melhor foi o ferro apresentado pelo Sr. Carlos Estorninho, por não apresentar madeira e, consequentemente, por não apresentar qualquer risco para os forcados. No que diz respeito aos curtos, creio que a opção da mola (ferros à espanhola) será a opção mais certa, uma vez que os ferros ficam caídos, o que reduz substancialmente o perigo.

T - Vendo de fora o que achaste ao nível da dificuldade aparente da colocação dos ferros?

DS - Não achei que qualquer um dos ferros apresentasse dificuldades acrecidas em relação aos ferros tradicionais. Facto que é comprovado pelas 2 lides fáceis e pelos testemunhos de Joaquim Bastinhos e de António Telles.

T - E em relação ao andamento dos toiros, notaste diferença?

DS - Creio que não podemos tirar conclusões a este respeito porque para isso, teríamos de lidar 2 toiros iguais um com os ferros tradicionais e outros com as novas soluções apresentadaas. O que eu penso, é que não será por um ferro ou por outro que o toiro andará mais ou menos. Tudo dependerá de cada toiro e de cada lide. Mas se é esse o problema, que se ponha mais um ou menos um ferro.

T - Vês alguns handicaps nestas novas soluções?

DS - Objectivamente, não vejo nenhum.

T - Quais os próximos passos que pensas que devem ser dados?

DS - Creio que os próximos passos que têm que ser feitos serão: realizar, o mais depressa possível, os próximos testes, com outros cavaleiros, para que este movimento não morra e penso que será importante sensibilizar todos aqueles que são contra, uma vez que esta medida vai fazer diminuir o risco de acidentes com as banderilhas.

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