- Data: 27 de Junho de 2010
- Empresa: Gestoiro
- Ganadaria: 6 Toiros da Ganadaria de Passanha
- Cavaleiros: João Moura, António Ribeiro Telles e João Moua Jr
- Grupos de Forcados: Amadores de Montemor e Amadores de Lisboa, capitaneados respectivamente por José Maria Cortes e Pedro Maria Gomes
- Assistência: Três Quartos da lotação
- Delegados da IGAC: Dirigiu a corrida o delegado técnico Agostinho Borges, assessorado pelo médico veterinário Dr. Carlos Antunes Santos
- Banda: Abrilhantou a Corrida a Banda Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer
Com pesos entre os 485 e 565 Kg, os pupilos vindos da Herdade da Pina, mostraram qualidade na investida, permitindo o êxito dos artistas, pena foi que não tivessem um pouco mais de agressividade, pois a competição a isso obrigava.
João Moura, como mais antigo, abriu a função, frente ao nº 633, despachou a ferragem comprida, mudou de montada e com as bandarilhas curtas, desenvolveu uma lide serena, ligada, ao som de musica, onde cada ferro parecia superar o anterior, colocando a fasquia demasiado alta, numa tarde em que a competição se previa renhida. No entanto, foi no lidado em quarto lugar, marcado com o numero 630, no costado, que Moura explanou toda a sua arte, sortes de frente bem rematadas, alternando com bons momentos de brega, salpicada aqui e ali por umas pinceladas de rejoneio, conferiram à actuação de João Moura uma nota máxima. Foi premiado com musica e volta à arena, em ambos os toiros, sendo acompanhado pelo ganadero, Diogo Passanha, no seu segundo.
António Ribeiro Telles, desde logo aceitou o desafio e embora não bafejado pela sorte, uma vez que viu inutilizado o seu primeiro, mesmo antes de sair à praça, aproveitou ao máximo o sobrero, o qual lidou com a maestria que lhe é reconhecida. No seu segundo, já com a competição ao rubro, António, mostrou como se superam as dificuldades e se constroe faenas, ferro após ferro, terminando num plano de apoteose, onde ainda houve tempo para homenagear Mestre João Núncio, na figura de seu neto José Núncio (Pepe), também ele hoje radicado em Coruche. Em ambas os toiros, lidou ao som de musica e deu volta no final, sob forte ovação do publico presente.
João Moura Junior, lidava a seguir a dois colossos que disputavam entre si o triunfo maior da corrida, mas nada disso o intimidou, no seu primeiro procurou não cometer erros, o que esfriou um pouco a sua actuação. Rectificou no seu segundo, onde com o Merlin, cavalo estrela da quadra, cravou ferros de belo efeito e do agrado do publico, que não lhe regateou aplausos. Concluiu em bom plano com uma série de palmitos, revelando estar preparado para os mais altos compromissos.
Tarde também ela de salutar competição, entre os Amadores de Montemor de José Maria Cortes e os Amadores de Lisboa de Pedro Maria Gomes, que se encontravam pela primeira vez desde que Pedro M Gomes sucedeu a seu pai na chefia dos Amadores da Capital.
Como mais antigo, coube ao Grupo de Forcados Amadores de Montemor sair em primeiro lugar, através de João Tavares, que citou correctamente, sacou-se com oportunidade para se fechar, numa viagem por baixo, prontamente correspondida pelas ajudas, consumando ao primeiro intento. Francisco Borges, foi o forcado escolhido para o terceiro da tarde, segundo dos Amadores de Montemor, embora jovem, tentou resolver pelo melhor, no entanto na primeira tentativa, ao recuar, faltou o ultimo passo, o que fez com que o forcado levasse uma voltareta, na segunda vez emendou as distâncias e fechou se com galhardia. João Braga, foi o eleito para o quinto da tarde e aqui não rezou o ditado “não há quinto mau”, desta vez uma reunião dura e um violento derrote para baixou, acabaram com o sonho de João de efectuar mais uma pega, já que foi retirado inanimado da arena, sendo prontamente substituído por Filipe Mendes, ele que jogava em casa e foi com ganas para ficar, fechando-se numa viagem por alto, bem ajudado por todo o grupo, tendo o primeiro ajuda João Pedro, chamada especial, dando volta com o forcado da cara.
Os Amadores de Lisboa, voltavam a uma praça que lhes é muito especial, já desde os tempos em que Mestre Nuno Salvação Barreto, aqui era empresário e colocava ao seu Grupo os mais rasgados desafios, por isso o novel Cabo Pedro Maria Gomes escolheu para abrir praça o forcado Manuel Guerreiro, citando com serenidade, foi ganhando terreno, para carregar com oportunidade, mandando na investida e consumando com eficácia á primeira tentativa. Para o segundo de seu lote o Cabo Pedro Maria Gomes, mais uma vez deu o exemplo de como pegar também é tourear, citou com galhardia, mandou (carregou) quando oportuno e templou (recuou) o necessário, para se fechar numa viagem rápida, superiormente ajudada pelo grupo com destaque para o primeiro ajuda João Pedro Mota Ferreira, também ele merecer de volta quer pelo que fez no segundo e terceiro do lote dos Amadores de Lisboa. Para fechar a actuação dos Lisboetas, foi designado o Francisco Mira, forcado experiente, que foi buscar forças sabe-se lá onde para ficar na cara do adversário, numa viagem interminável, onde inicialmente só a primeira ajuda entrou e mais tarde já junto a tábuas o grupo reagiu, tapando a cara ao toiro, numa pega de belo efeito em que o mérito maior cabe ao forcado da cara.
O Mais e o Menos
+ A entrega á competição dos três cavaleiros e actuação de ambos os Grupos de Forcados, com destaque para os Amadores de Lisboa
- Nada a destacar
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