segunda-feira, 13 de abril de 2009

Alvarenga comenta "abada" dos mexicanos aos forcados cá do burgo...


O director do "Farpas", que nos últimos meses esteve no "epicentro" de uma "guerra" com a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), depois de esta, em assembleia-geral, ter decretado o veto dos grupos nacionais à 10ª Corrida "Farpas", comentou esta tarde a uma estação radiofónica mexicana o sucesso dos Forcados de Mazatlán na corrida de ontem à noite em Évora - e deixou algumas 'farpas' com sabor a polémica...
"Não assisti à corrida, mas aplaudo os forcados mexicanos pelo seu sucesso na Arena D'Évora e pela lição que, ao fim e ao cabo, deram aos forcados portugueses. De nenhuma forma se pode menosprezar os nossos pegadores de toiros, autênticos 'ex-libris' da Festa em Portugal, mas penso que pode até ter sido positiva para eles esta lição que os mexicanos deram ontem na praça que, ainda por cima, foi baptizada pelo empresário local como Catedral do Forcado... não sei bem porquê!", disse Miguel Alvarenga.
"Na festa da tarde - acrescentou - estavam anunciados 43 grupos, entre os quais os melhores que temos e a verdade é que o concurso de pegas de cernelha foi ganho pelos Amadores da Tertúlia Terceirense, dos Açores, o que de alguma forma constituiu, a meu ver, a primeira humilhação para os grupos continentais. E como se isso não bastasse, ainda assistiram à noite ao brilharete dos mexicanos...".
"Penso que foi uma jornada para esquecer para os forcados nacionais. E que deve agora motivar reflexão e alteração de certas posturas que têm tomado. Há muitos anos que os forcados em Portugal julgam ser senhores e reis da Festa, sobretudo no campo empresarial, onde a maioria das praças estão na mãos de antigos pegadores. Afinal, chegaram os mexicanos e o baralho de cartas ruíu com um simples sopro. Que esta lição sirva para alguma coisa...", concluiu.
Na foto, Miguel Alvarenga anteontem em Évora com João Nunes Patinhas, glória da forcadagem lusa de outros tempos (bem diferentes dos de hoje...) e cabo-fundador do Grupo de Évora.

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