quinta-feira, 16 de abril de 2009

Catedral do Forcado



Não pude estar presente na Festa do Forcado em Évora; tinha chegado à agenda outro compromisso taurino em primeiro lugar e ainda por cima era na própria Terra.
Mas chegou-me sem lá estar a Essência da glória e do triunfo. Logo um Amigo me ligou (que até não é grande aficionado) e me disse que a praça estava cheia e que havia pessoas fora para encher mais duas se as houvesse; relatou-me um ambiente indescritível, uma áurea positiva enorme, um sucesso inigualável.
Qualquer jornal que abria, fosse ele Regional ou Nacional lá estava antes e depois a Festa do Forcado, as imagens do dia: eram sobre a Festa do Forcado, sites e blogs; falavam sobre a Festa do Forcado, o Forcado era e foi Rei nesse dia.
Diogo Palha relatou no site Tauromania uma história sobre os forcados Mexicanos e esse Grande Caló, que deixa qualquer um emocionado.
Podemos, com a devida vénia à Ovibeja, dizer: Que ali estavam “Todos os Forcados deste Mundo”.
Houve relatos que a emoção escorria pelas bancadas em forma de lágrimas;
que os arrepios de frio eram constantes: O êxtase do aficionado é a emoção (nunca esqueçam).
Havia gente de todas as raças, de religiões e partidos diferentes, de todas as idades, de todos os clubes, unidos por algo muito forte, algo carismático e único: O Forcado.
O sucesso quanto a mim, foi de todos, mas de todos mesmo: dos forcados, sejam eles de que Nacionalidade forem, do público, dos organizadores, no fundo de todos aqueles que da tauromaquia em geral e da forcadagem em particular tiram lições de vida, e emoções muito próprias e ricas.
Em Portugal não há em nenhuma praça, a força que há em Madrid por exemplo quando se sai pela porta grande, por cá um toureiro a iniciar carreira se triunfar no Campo Pequeno fica na mesma sem contratos e com pouco acréscimo de visibilidade. Mas o que resultou de Évora foi bem diferente, desse dia choveram contratos para os Forcados Mexicanos, o sabor do triunfo e a essência da glória percorreram todos os cantos, o primeiro se não estou em erro a “assinar” foi esse enorme Aficionado de nome Marco Gomes (que apenas conheço de atitudes: do Baú do aficionado do programa da R Campanário de Manuel Ferrão, da alternativa de João C Folgado, quando o vi com uma carrinha Peugeot cheia de jovens aficionados entre muitas outras, até às jornadas de Alter que enriqueceu com mais este contrato, um aficionado puro e prático).
Não sou advogado de defesa de ninguém, nem logo de acusação; mas impera dizer como sempre, que gosto de deitar mão à caneta quando sinto a injustiça a pairar, principalmente quando alguém ataca aquilo que acreditamos e amamos.
Escrevo aquilo que o coração manda, e aquilo que a razão apoia e consente.
Resta dizer que não é, nem nunca foi, tempo de andar com as pedras na mão, seria melhor nestas ocasiões colocar um torrãozito de açúcar na boca, talvez uma amêndoa, a Páscoa terminou agora deve haver alguma lá por casa.

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