Corrida de Toiros do Rotary Clube de Portalegre
por António José Afonso5 de Abril, 2009
- Praça de toiros José Elias Martins, em Portalegre
por António José Afonso5 de Abril, 2009
- Praça de toiros José Elias Martins, em Portalegre
- Data: 04 de Abril de 2009, pelas 16.45 horas
- Empresa: Verónicas e Piruetas- Ganadaria: Maria Guiomar Cortes Moura
- Cavaleiros: João Moura Caetano, João Moura Jr. e Manuel Lupi
- Grupos de Forcados Amadores: de Portalegre e de Alter do Chão, capitaneados por Fernando Coelho e João José Saramago, respectivamente- Assistência: ¾ de casa
- Delegados da IGAC: Delegado técnico tauromáquico Sr. Pedro Reinhardt, assessorado pelo médico veterinário Dr. Tenório Guerra.
Anunciada como “o cartel mais esperado da afición portuguesa”, era a primeira corrida do Grupo de Forcados Amadores de Portalegre após a tragédia vivida com a morte de um dos seus elementos no decorrer de um treino. O cartel estava bem composto, dele fazendo parte dois cavaleiros e dois grupos de forcados da terra, em competição que chamou muito público à praça.
No início da corrida foi guardado um muito sentido minuto de silêncio em memória de Francisco Matias, presente na praça durante toda a corrida.
Os toiros da ganadaria de Maria Guiomar Cortes Moura, saíram à arena bem apresentados, com um peso estimado entre os 440 e os 500 Kg e tiveram um comportamento reservado, a procurarem terrenos de tábuas e a criar algumas dificuldades aos cavaleiros e forcados, com excepção do lidado em 2º lugar que mostrou franqueza e nobreza na investida.
João Moura Caetano iniciou a sua actuação com a colocação de dois ferros compridos, a abrir, sendo que no primeiro sofreu um ligeiro toque na montada e o segundo foi deixado com o toiro descolocado e distraído. Dos quatro curtos, destacou-se o terceiro ferro, de boa execução e rematado como mandam as regras. Com um toiro a criar muitas dificuldades ao cavaleiro, este não pôde fazer mais… No seu segundo, a sua actuação subiu de tom, tendo iniciado com dois bons ferros compridos, de praça a praça e com a reunião a acontecer ao centro, de alto a baixo e ao estribo. Nos curtos, pisou terrenos de compromisso e, antecedidos de forte batida ao piton contrário, colocou quatro ferros de boa nota, especialmente os 2º e último, pelo emoção da reunião em terrenos de tábuas. Finalizou a sua actuação com um ferro de palmo à meia volta.
João Moura Jr. teve por diante o melhor toiro da corrida – o segundo da ordem – e começou da melhor forma a sua actuação. Mostrando grande maturidade na lide, a deixar o toiro sempre bem colocado, a rematar as sortes rodando-lhe na cara e levando-o em ladeios vistosos e emocionantes, deixou dois ferros compridos, à tira, e quatro curtos de excelente nota, a fazer levantar o público das bancadas. Terminou com um ferro de palmo já um pouco a cilhas passadas, mas que não desluziu em nada esta sua excelente actuação. No seu segundo, um toiro bastante mais reservado e a esperar pelo cavalo na hora de investir, esteve também em bom plano, colocando dois compridos de boa nota e quatro curtos, dos quais se destacaram os 3º e 4º de execução acima da média. Finalizou com um ferro de palmo, com o toiro a vir a menos e a ter já que ser colocado em sorte pelo bandarilheiro.
Manuel Lupi teve uma passagem algo discreta na sua apresentação nesta praça como cavaleiro profissional. Tendo pela frente dois toiros complicados, que procuravam terrenos de tábuas com insistência, não soube dar-lhe a lide mais adequada. No seu primeiro, iniciou com um ferro comprido a sesgo, sem brilho, para, no segundo, deixar um ferro de melhor nota. Nos curtos, optou por viagens lateralizadas, com ferros em sortes aliviadas que, com um toiro que não emprestava emoção às reuniões, passaram sem destaque. No seu segundo e último da corrida esteve um pouco melhor, começando com dois bons ferros compridos, sendo que o primeiro pecou pela colocação algo descaída. Dos cinco curtos que colocou, destacaram-se os 1º e 2º, correctos de execução, sendo o primeiro a sesgo e o segundo em sorte frontal, com colocação ao estribo.
Pelo Grupo de Forcados Amadores de Portalegre saiu para a cara do primeiro toiro o experiente e valente forcado Nelson Nabiça, que, perante um toiro muito difícil, conseguiu uma rija pega à terceira tentativa, a sesgo e com as ajudas carregadas, depois de ter estado muito bem nas duas primeiras, em que aguentou fortes derrotes em viagens muito duras. Artur Domingues saiu para pegar o segundo do grupo. Com um bom cite, mostrando-se bem ao toiro, entrou-lhe nos terrenos a provocar a investida, sacou-se bem e conseguiu uma boa pega com o grupo a ajudar bem. O quinto da corrida tocou a Nelson Baptista, que dando vantagens ao toiro, reuniu de forma correcta, mas foi despejado com um forte derrote já ao chegar ao grupo. Na segunda tentativa, com o toiro a mostrar-se mais reservado, consumou uma boa pega, bem fechada pelo grupo, com destaque para a excelente 1ª ajuda.
O Grupo de Forcados Amadores Alter do Chão pegou o primeiro do seu lote por intermédio de Pedro Saldanha, que, perante a arrancada pronta do toiro, reuniu bem, mas este a ir com a cara muito por baixo, deixando-o fora. À segunda tentativa, fixou melhor o toiro, mandou na investida, recuou e reuniu bem, conseguindo uma boa pega, muito bem ajudado pelo grupo, com destaque para o rabejador. Diogo Bilé citou a dar vantagens ao toiro, mas com uma reunião algo defeituosa, o toiro a efectuar uma cambalhota e o forcado a ficar por baixo fora da cara. Na segunda tentativa, com o toiro bem mais reservado, entrou-lhe bem nos terrenos e conseguiu uma pega sem dificuldades. João Carita saltou para pegar o último toiro da corrida. Citou com calma e com voz, foi buscar o toiro às tábuas, que, após a reunião, parou e mudou de trajectória, procurando despejar o forcado, que, sem nunca ter perdido a cara, lá conseguiu ficar, numa pega bem ajudada pelo grupo.
Após o final da corrida de toiros, teve início o espectáculo de variedades taurinas com a participação do cavaleiro amador Miguel Moura, que, mais uma vez, demonstrou as suas boas maneiras e raça toureira, numa lide movimentada e muito aplaudida pelo público presente.
Para a pega foi escolhido o jovem André Rodrigues do Grupo de Forcados Amadores de Portalegre, que, consumou à primeira tentativa.
Mais e o Menos+ A memória, sempre presente, de Francisco Matias- O pó que se fez sentir nas bancadas durante as três primeiras lide
Anunciada como “o cartel mais esperado da afición portuguesa”, era a primeira corrida do Grupo de Forcados Amadores de Portalegre após a tragédia vivida com a morte de um dos seus elementos no decorrer de um treino. O cartel estava bem composto, dele fazendo parte dois cavaleiros e dois grupos de forcados da terra, em competição que chamou muito público à praça.
No início da corrida foi guardado um muito sentido minuto de silêncio em memória de Francisco Matias, presente na praça durante toda a corrida.
Os toiros da ganadaria de Maria Guiomar Cortes Moura, saíram à arena bem apresentados, com um peso estimado entre os 440 e os 500 Kg e tiveram um comportamento reservado, a procurarem terrenos de tábuas e a criar algumas dificuldades aos cavaleiros e forcados, com excepção do lidado em 2º lugar que mostrou franqueza e nobreza na investida.
João Moura Caetano iniciou a sua actuação com a colocação de dois ferros compridos, a abrir, sendo que no primeiro sofreu um ligeiro toque na montada e o segundo foi deixado com o toiro descolocado e distraído. Dos quatro curtos, destacou-se o terceiro ferro, de boa execução e rematado como mandam as regras. Com um toiro a criar muitas dificuldades ao cavaleiro, este não pôde fazer mais… No seu segundo, a sua actuação subiu de tom, tendo iniciado com dois bons ferros compridos, de praça a praça e com a reunião a acontecer ao centro, de alto a baixo e ao estribo. Nos curtos, pisou terrenos de compromisso e, antecedidos de forte batida ao piton contrário, colocou quatro ferros de boa nota, especialmente os 2º e último, pelo emoção da reunião em terrenos de tábuas. Finalizou a sua actuação com um ferro de palmo à meia volta.
João Moura Jr. teve por diante o melhor toiro da corrida – o segundo da ordem – e começou da melhor forma a sua actuação. Mostrando grande maturidade na lide, a deixar o toiro sempre bem colocado, a rematar as sortes rodando-lhe na cara e levando-o em ladeios vistosos e emocionantes, deixou dois ferros compridos, à tira, e quatro curtos de excelente nota, a fazer levantar o público das bancadas. Terminou com um ferro de palmo já um pouco a cilhas passadas, mas que não desluziu em nada esta sua excelente actuação. No seu segundo, um toiro bastante mais reservado e a esperar pelo cavalo na hora de investir, esteve também em bom plano, colocando dois compridos de boa nota e quatro curtos, dos quais se destacaram os 3º e 4º de execução acima da média. Finalizou com um ferro de palmo, com o toiro a vir a menos e a ter já que ser colocado em sorte pelo bandarilheiro.
Manuel Lupi teve uma passagem algo discreta na sua apresentação nesta praça como cavaleiro profissional. Tendo pela frente dois toiros complicados, que procuravam terrenos de tábuas com insistência, não soube dar-lhe a lide mais adequada. No seu primeiro, iniciou com um ferro comprido a sesgo, sem brilho, para, no segundo, deixar um ferro de melhor nota. Nos curtos, optou por viagens lateralizadas, com ferros em sortes aliviadas que, com um toiro que não emprestava emoção às reuniões, passaram sem destaque. No seu segundo e último da corrida esteve um pouco melhor, começando com dois bons ferros compridos, sendo que o primeiro pecou pela colocação algo descaída. Dos cinco curtos que colocou, destacaram-se os 1º e 2º, correctos de execução, sendo o primeiro a sesgo e o segundo em sorte frontal, com colocação ao estribo.
Pelo Grupo de Forcados Amadores de Portalegre saiu para a cara do primeiro toiro o experiente e valente forcado Nelson Nabiça, que, perante um toiro muito difícil, conseguiu uma rija pega à terceira tentativa, a sesgo e com as ajudas carregadas, depois de ter estado muito bem nas duas primeiras, em que aguentou fortes derrotes em viagens muito duras. Artur Domingues saiu para pegar o segundo do grupo. Com um bom cite, mostrando-se bem ao toiro, entrou-lhe nos terrenos a provocar a investida, sacou-se bem e conseguiu uma boa pega com o grupo a ajudar bem. O quinto da corrida tocou a Nelson Baptista, que dando vantagens ao toiro, reuniu de forma correcta, mas foi despejado com um forte derrote já ao chegar ao grupo. Na segunda tentativa, com o toiro a mostrar-se mais reservado, consumou uma boa pega, bem fechada pelo grupo, com destaque para a excelente 1ª ajuda.
O Grupo de Forcados Amadores Alter do Chão pegou o primeiro do seu lote por intermédio de Pedro Saldanha, que, perante a arrancada pronta do toiro, reuniu bem, mas este a ir com a cara muito por baixo, deixando-o fora. À segunda tentativa, fixou melhor o toiro, mandou na investida, recuou e reuniu bem, conseguindo uma boa pega, muito bem ajudado pelo grupo, com destaque para o rabejador. Diogo Bilé citou a dar vantagens ao toiro, mas com uma reunião algo defeituosa, o toiro a efectuar uma cambalhota e o forcado a ficar por baixo fora da cara. Na segunda tentativa, com o toiro bem mais reservado, entrou-lhe bem nos terrenos e conseguiu uma pega sem dificuldades. João Carita saltou para pegar o último toiro da corrida. Citou com calma e com voz, foi buscar o toiro às tábuas, que, após a reunião, parou e mudou de trajectória, procurando despejar o forcado, que, sem nunca ter perdido a cara, lá conseguiu ficar, numa pega bem ajudada pelo grupo.
Após o final da corrida de toiros, teve início o espectáculo de variedades taurinas com a participação do cavaleiro amador Miguel Moura, que, mais uma vez, demonstrou as suas boas maneiras e raça toureira, numa lide movimentada e muito aplaudida pelo público presente.
Para a pega foi escolhido o jovem André Rodrigues do Grupo de Forcados Amadores de Portalegre, que, consumou à primeira tentativa.
Mais e o Menos+ A memória, sempre presente, de Francisco Matias- O pó que se fez sentir nas bancadas durante as três primeiras lide
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