
“Tratando-se do 50º concurso, aliás corrida sempre importante, escolhi um toiro que, embora muito grande, é harmonioso e equilibrado e no qual deposito esperanças de sair bem.” Palavras do Dr. Joaquim Grave Ao nosso site TAUROMANIA, sobre a escolha do toiro que enviou para a 50ª Edição do Concurso do Ganadarias de Évora, toiro esse que ganhou os dois troféus em disputa: “Apresentação” e “Bravura”.
Cinquenta edições para o Concurso de Ganadarias de Évora são sinónimo de História, seriedade, verdade toureira e respeito pela tauromaquia. Por aquilo que representa no panorama taurino nacional (e mesmo internacional) esta corrida de grande tradição no nosso País merece um sinal de profundo respeito e enorme aficion. Desde pequeno que sempre senti que esta corrida de Évora é um dos pontos altos da temporada. Uma corrida muito séria, onde sei que à partida estão reunidos todos os ingredientes para assistir a uma boa tarde de toiros, daquelas que guardo na retina e daquelas que, fazendo o balanço da temporada, “está lá” como corrida de referência.
O slogan que há alguns anos acompanha o cartaz da corrida traduz o simbolismo que está inerente à organização deste espectáculo: “o mais antigo e o de maior prestígio em Portugal”. E é verdade. Não que os outros concursos de ganadarias que se realizam noutras praças tenham menos importância. Mas em Évora é diferente! Há ambiente. Como se refere, há prestígio e todos se entregam de forma séria nesta corrida: os ganadeiros que apostam forte, os toureiros que querem brilhar num cartaz tão importante e os forcados que querem estar bem, perante os bonitos exemplares que lhes tocam nas pegas! Tudo isto se conjuga para uma boa tarde de toiros.
Este ano, na sua 50ª Edição, o Concurso de Ganadarias de Évora teve motivos suficientes para se orgulhar da comemoração das suas “bodas de oiro”. À semelhança do ano passado, o empresário Carlos Pegado da empresa Terra Brava organizou uma corrida com competição ganadera luso-espanhola. Os toiros bonitos e muito bem apresentados ajudaram à Festa. O público aficionado sabe que é difícil garantir que um toiro tenha um comportamento cem por cento bravo. É sempre uma incógnita a bravura de um toiro em praça e um ganadeiro, melhor do que ninguém está expectante com esse comportamento. No campo da apresentação, a aferição do critério já é diferente: o ganadeiro pode e deve ter uma atenção especial neste capítulo, tentando apresentar um toiro sério, sem limitações físicas, bem rematado de carnes. Com os dois prémios em disputa: “Bravura” e “Apresentação”, posso afirmar que os ganadeiros esmeraram-se. Os toiros cumpriram quanto ao capítulo da bravura (uns mais que outros, o que é natural) e, quanto à apresentação saíram à praça bonitos exemplares de cada ganadaria, dignos da corrida em questão.
Os outros ingredientes também estiveram presentes: os cavaleiros apresentaram-se a bom nível e no campo da forcadagem, os dois grupos em praça travaram uma competição saudável e de responsabilidade perante os imponentes toiros que lhes calharam em sorte pegar. O público como manda a tradição, esgotou a lotação da Arena D’Évora, entregando-se por completo ao espectáculo e, em face do desempenho de todos os toiros, aguardou ansiosamente pelo momento da divulgação dos prémios, não abandonando as bancadas da praça no fim da corrida (como tantas vezes acontece por este Portugal taurino).
Já o referi anteriormente e reitero: esta corrida concurso de ganadarias de Évora tem um forte significado para mim, como aficionado. Nesta sua 50ª Edição – data tão bonita e com tanto significado histórico – todo o ambiente vivido na Praça de Toiros de Évora voltou a encher-me a alma de aficionado. Em suma: houve ambiente taurino à antiga como manda a tradição e o reforçar simbólico de um património histórico que conta agora com 50 anos.
Uma palavra especial ao empresário Carlos Pegado pela aficion que colocou na montagem desta corrida. Muita seriedade e sentido taurino.
Um apontamento final quanto ao decurso de todo o espectáculo: não houve intervalo e isso trouxe ritmo à corrida que, assim, não teve os muitas vezes verificados tempos mortos, nem quebras de entusiasmo. Uma solução que é de saudar e para reflectir no panorama taurino nacional. Uma corrida com ritmo traz sempre outro prazer e outro sabor!
* Miguel Soares é Técnico Superior na Câmara Municipal de Lisboa. Aficionado “desde sempre”, é autor do blogue “Lides Alentejanas” e colaborador da página da Tauromania.
Cinquenta edições para o Concurso de Ganadarias de Évora são sinónimo de História, seriedade, verdade toureira e respeito pela tauromaquia. Por aquilo que representa no panorama taurino nacional (e mesmo internacional) esta corrida de grande tradição no nosso País merece um sinal de profundo respeito e enorme aficion. Desde pequeno que sempre senti que esta corrida de Évora é um dos pontos altos da temporada. Uma corrida muito séria, onde sei que à partida estão reunidos todos os ingredientes para assistir a uma boa tarde de toiros, daquelas que guardo na retina e daquelas que, fazendo o balanço da temporada, “está lá” como corrida de referência.
O slogan que há alguns anos acompanha o cartaz da corrida traduz o simbolismo que está inerente à organização deste espectáculo: “o mais antigo e o de maior prestígio em Portugal”. E é verdade. Não que os outros concursos de ganadarias que se realizam noutras praças tenham menos importância. Mas em Évora é diferente! Há ambiente. Como se refere, há prestígio e todos se entregam de forma séria nesta corrida: os ganadeiros que apostam forte, os toureiros que querem brilhar num cartaz tão importante e os forcados que querem estar bem, perante os bonitos exemplares que lhes tocam nas pegas! Tudo isto se conjuga para uma boa tarde de toiros.
Este ano, na sua 50ª Edição, o Concurso de Ganadarias de Évora teve motivos suficientes para se orgulhar da comemoração das suas “bodas de oiro”. À semelhança do ano passado, o empresário Carlos Pegado da empresa Terra Brava organizou uma corrida com competição ganadera luso-espanhola. Os toiros bonitos e muito bem apresentados ajudaram à Festa. O público aficionado sabe que é difícil garantir que um toiro tenha um comportamento cem por cento bravo. É sempre uma incógnita a bravura de um toiro em praça e um ganadeiro, melhor do que ninguém está expectante com esse comportamento. No campo da apresentação, a aferição do critério já é diferente: o ganadeiro pode e deve ter uma atenção especial neste capítulo, tentando apresentar um toiro sério, sem limitações físicas, bem rematado de carnes. Com os dois prémios em disputa: “Bravura” e “Apresentação”, posso afirmar que os ganadeiros esmeraram-se. Os toiros cumpriram quanto ao capítulo da bravura (uns mais que outros, o que é natural) e, quanto à apresentação saíram à praça bonitos exemplares de cada ganadaria, dignos da corrida em questão.
Os outros ingredientes também estiveram presentes: os cavaleiros apresentaram-se a bom nível e no campo da forcadagem, os dois grupos em praça travaram uma competição saudável e de responsabilidade perante os imponentes toiros que lhes calharam em sorte pegar. O público como manda a tradição, esgotou a lotação da Arena D’Évora, entregando-se por completo ao espectáculo e, em face do desempenho de todos os toiros, aguardou ansiosamente pelo momento da divulgação dos prémios, não abandonando as bancadas da praça no fim da corrida (como tantas vezes acontece por este Portugal taurino).
Já o referi anteriormente e reitero: esta corrida concurso de ganadarias de Évora tem um forte significado para mim, como aficionado. Nesta sua 50ª Edição – data tão bonita e com tanto significado histórico – todo o ambiente vivido na Praça de Toiros de Évora voltou a encher-me a alma de aficionado. Em suma: houve ambiente taurino à antiga como manda a tradição e o reforçar simbólico de um património histórico que conta agora com 50 anos.
Uma palavra especial ao empresário Carlos Pegado pela aficion que colocou na montagem desta corrida. Muita seriedade e sentido taurino.
Um apontamento final quanto ao decurso de todo o espectáculo: não houve intervalo e isso trouxe ritmo à corrida que, assim, não teve os muitas vezes verificados tempos mortos, nem quebras de entusiasmo. Uma solução que é de saudar e para reflectir no panorama taurino nacional. Uma corrida com ritmo traz sempre outro prazer e outro sabor!
* Miguel Soares é Técnico Superior na Câmara Municipal de Lisboa. Aficionado “desde sempre”, é autor do blogue “Lides Alentejanas” e colaborador da página da Tauromania.
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