sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Entrevista a João Salvação do Aposento do Barrete Verde

O ano de 2010 foi muito importante para o mítico Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete com o 45º aniversário.

Segundo João Salvação, a época foi muito positiva "não pelo número de corridas realizadas mas sim pelo nível exibicional que apresentámos em todas elas"...não deixe de ler esta entrevista e fique a conhecer um pouco mais do grupo dos "Moços" do Barrete Verde de Alcochete.

Taurodromo.com (T) - Em ano do 45º aniversário do Aposento do Barrete Verde de Alcochete, qual o balanço que faz da temporada de 2009?

João Salvação (JS) - O balanço é positivo, não pelo número de corridas realizadas mas sim pelo nível exibicional que apresentámos em todas elas. No ano de comemoração do 45º aniversário pegar no Campo Pequeno, Montijo, Alcochete, Figueira da Foz, Vila Franca de Xira e Albufeira. Demonstra que pegámos em praças de grande responsabilidade e simbologia no panorama nacional da tauromaquia.

Foi muito bonito e emocionante em Agosto ver na nossa corrida de Comemoração, várias gerações de forcados se ter fardado de novo. Foi uma corrida emocionante e de grande significado para o todo grupo de forcados que chefio. Assim agradeço o meu muito obrigado a todos aqueles que se fardaram e deram uma prova da vitalidade do grupo no passado, no presente e para o futuro.

T - O que é necessário, actualmente, para se ser um membro do Aposento do Barrete Verde.

JS - É necessário antes de mais ter gosto e paixão pela vida de forcado. A técnica pode existir mas o bichinho por dentro é o mais importante.

T - O facto de todos os forcados usarem o barrete durante a pega, faz com que se sintam diferentes de todos os outros grupos?

Diferentes no sentido de representarmos uma instituição que desde sempre, a sua forma de ser e de estar na festa foi de usarem barrete e vestirem calções verdes.

Acrescenta sim responsabilidade a todos aqueles que vestem esta jaqueta e sentirem que fazem parte de um grupo único e com grande simbologia em toda festa taurina portuguesa.

T - Quais os momentos mais marcantes desta temporada?

Sem dúvida a primeira corrida da temporada em Alcochete com seis pegas ao primeiro intento. Mas a temporada foi pautada como já referi por uma regularidade exibicional boa. No Campo Pequeno, Montijo e Figueira da Foz solidificámos forcados que se vão afirmando dentro do grupo. Sinal foi dado pelo prémio ganho para a melhor pega na corrida do Montijo. Alcochete comemora-mos o nosso aniversário com uma corrida durissíma mas de grande valor e galhardia demonstrada pelo grupo. Vila Franca de Xira e Albufeira corridas onde em ambas solidificámos novas promessas e oportunidades aos mais jovens.

T - Existe algum elemento do grupo que queira destacar?

Destaco todos, represento um grupo de forcados, é um trabalho de equipa. É com o papel de todos que o grupo chegou até aos dias de hoje e vai continuar pela sua vida futura.

T - Numa altura que se continua a debater a questão das bandarilhas de segurança e o João ter sofrido um greve acidente com uma bandarilha, qual a sua posição acerca desta questão?

É através do seu uso que se poderá evitar acidentes como o meu, e prevenir todo o tipo de lesão no acto da pega.

T - Outras medidas de segurança para os forcados que deveriam ser implementadas na festa brava?

Ao nível do redondel, o poial que serve para os forcados saltarem da arena para a teia, deveria ser em madeira, ainda existe praças com poiais em cimento. Ou então usar-se uma protecção em volta.

T - Estado actual da Festa dos Toiros em Portugal?

De renovação e demonstração que a festa de toiros está viva e de boa saúde.

T - Acha que os constantes ataques dos anti taurinos às Corridas de Toiros colocam em risco a sua continuação em Portugal?

Só dão força aos taurinos e actividades como ocorreram em Santarém só demonstram a força que a Festa Brava em Portugal. É algo genuíno, nosso e existirá para sempre na nossa sociedade.

T - Expectativas para 2011...

A nível do grupo um maior número de corridas a realizar e continuarmos no caminho que apresentámos na época de 2010. Para toda a festa que haja sensibilidade dos empresários ao período de crise que vivémos e se adaptem da melhor forma a essa situação.

T - Umas palavras para os aficionados em geral...

Somos um país onde a festa brava é o nosso B.I. por isso é lutando por ela e darmos melhores condições para todos os intervenientes que a nossa festa vai evoluindo e ganhando cada vez mais aficionados.

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