segunda-feira, 21 de junho de 2010

Lancho triunfa na segunda de Badajoz


A corrida do passado Domingo em Badajoz era uma oportunidade aos toureiros da casa menos “placeados” Ambel Posada, Israel Lancho e Júlio Parejo, todos feitos na Escola Taurina de Badajoz, que nos últimos anos tantos bons frutos tem dado.

Israel Lancho foi o triunfador, cortou uma orelha a cada um dos seus toiros; no primeiro começa com estatuários, segue com uma boa série pela direita, e monta faena com seriedade fixando terrenos que impunha ao toiro com mando e ofício, aproveitou com sabedoria e entrega tudo o que o toiro tinha para dar, pena a pouca transmissão do oponente, pois nobreza não lhe faltava. No segundo também resolve da melhor forma a papeleta, uma pêra doce para este jovem toureiro que tragou a dureza da corridas do Valle del Terror, nos arredores de Madrid; e ficou também demonstrado que superou o outro terror: o do “Vale da Morte”, que passou no ano passado também em Madrid. Foi merecedor das duas orelhas que cortou, e da saída em ombros pela porta grande, oxalá lhe sirva de impulso para a sua dura carreira.

Ambel Posada carrega o nome de uma das famílias mais antigas da história do toureio; é indiscutível que o nome trespassa gerações, o mesmo já não podemos dizer das condições para se ser toureiro, é verdade que os seus oponentes não lhe ofereceram garantias de sucesso (enquerençado e a descair para tábuas o primeiro), mas achamos que lhe falta aquela pitada de “atrevimento” para que possa dar o passo em frente, pouca ambição e nenhuma transmissão ás bancadas. No seu segundo deixa uma faena que veio de mais a menos, ficaram os detalhes mas era preciso muito mais, foi premiado com duas ovações.

Júlio Parejo lidou em primeiro lugar um toiro nobre mas bastante parado, foi nítido o esforço do toureiro em demonstrar trabalho mas viu-se impossibilitado muito por culpa do oponente, no seu segundo a história voltou a repetir-se e apenas levou na bagagem duas tímidas ovações.

Os toiros de Montalvo que vieram dos campos de Salamanca em nada contribuíram para a dignidade e elevação do espectáculo, escassos de força, a perder constantemente as mãos (todos levaram apenas uma vara, e alguns apenas um par de bandarilhas) Deixo uma ideia: Seria bom que as ganadarias se anunciassem alem do nome próprio, também com o “apelido”, Ex: Montalvo (Domeq) e assim o aficionado menos informado ficaria a saber que está sempre a comer o mesmo prato; como o Alentejano que foi a Lisboa e pediu “sopa Alentejana”, e lhe apresentaram Açorda, disse: mudam-lhe o nome mas eu bem te conheço!!!

A praça teve uma entrada de cerca de um quarto de casa forte, a crise não perdoa, muita falta de Espanhóis mas sobretudo uma ausência enorme dos aficionados Portugueses.

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