segunda-feira, 29 de junho de 2009

Torres Vedras, 27 de Junho


Agradável Corrida em Torres Vedras

Decorreu em Torres Vedras a já tradicional Corrida de Toiros, por ocasião das Festas de S. Pedro. A casa esteve cheia e, nem a chuva que caiu durante parte do espectáculo fez com que o público arredasse pé!

No intervalo da corrida todos os intervenientes foram chamados à arena para lhes serem distribuídas lembranças. Foram ainda homenageados os cabos dos Grupos de Vila Franca e Lisboa, Vasco Dotti e José Luís Gomes, respectivamente, por ser a última temporada em que exercem a sua função no comando dos respectivos Grupos de Forcados. Ocasião também para prestar homenagem a Ricardo Chibanga.
Rui Fernandes, cavaleiro mais antigo de alternativa anunciado no cartel, deparou-se com um manso perigoso como primeiro da ordem. O toiro refugiou-se em tábuas e só investia com o intuito de colher a montada. Deixa-lhe 3 compridos e cumpre nos curtos com sortes a sesgo, de muito mérito para o cavaleiro pelo seu esforço em não virar costas a um toiro sem lide possível.
Já no segundo do seu lote, Rui Fernandes teve das melhores actuações da noite, levantando as bancadas da desmontável de Torres Vedras. Recebe o seu oponente na porta dos curros levando-o durante algumas voltas colado na garupa do cavalo cravando de seguida dois ferros compridos. Nos curtos prima pela brega ladeada aproveitando as características do toiro. Os últimos dois curtos são cravados com quiebros bem acentuados na cara do toiro e termina a sua actuação com um par de bandarilhas, escutando a mais sonante das ovações da noite.
António Maria Brito Paes tem uma boa actuação frente ao segundo da ordem que, não sendo bravo, colaborou sem complicar em demasia. Crava-lhe dois compridos com destaque para o segundo pelo cite de largo e, nos curtos, citando correctamente de frente deixa quatro ferros entre extraordinária brega e desenhando bem os quarteios.
Recebe o quinto toiro da corrida com uma bonita sorte de gaiola, mostrando muita garra e decisão. Deixa ainda mais um comprido e um ferro curto, mas, o toiro lesionado de uma das mãos, é mandado recolher, dando a lide por terminada. Todos sabemos que, tal como diz o regulamento, a partir do momento em que é colocado um ferro, o toiro é considerado lidado, não havendo lugar à lide do sobrero. Mas, tendo em conta que é o único espectáculo realizado em Torres Vedras poderiam ter aberto uma excepção. A decisão de não permitirem que Brito Paes lidasse no final o toiro sobrero foi muito vaiada pelo público que se sentiu defraudado.
Completava a terna João Telles Jr que, ao seu estilo andou regular em ambos do seu lote.
Ao primeiro, um toiro com pouco trapio para a idade que tinha, deixa três compridos para depois cravar os curtos citando de largo mas com pouca justeza nas reuniões. Anda bem na brega e nos remates das sortes.
No que encerrou a corrida, Telles Jr. crava também três compridos regulares e com bons pormenores de brega deixa-lhe a ferragem curta. Crava ainda o habitual violino seguido de um palmo à meia volta e termina a sua actuação com um par de bandarilhas. A lide que poderia ter funcionado muito melhor, foi desluzida pela fraca acometida do toiro.
Pelos rapazes das jaquetas das ramagens abriu praça o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa que só pegaram dois toiros, visto o terceiro do seu lote ter sido recolhido por estar lesionado. Foram caras Pedro Gil e João Luz que concretizam à primeira e segunda tentativas, respectivamente.
Pelos de Vila Franca de Xira, que aproveitaram a ocasião para rodar alguns elementos mais jovens, foram caras Rui Godinho à segunda, Ivo Carvalho à terceira e Pedro Henriques à primeira tentativa.

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