terça-feira, 23 de junho de 2009

O calor não impediu uma boa tarde de toiros



- Praça de Toiros desmontável em Pegões

- Data: 20 de Junho de 2009 às 17:30 horas

- Empresa: Aficion Lda.

- Organização: João Pedro Bolota e Possidónio Matias

- Ganadaria: Herdeiros de Lopes Branco

- Cavaleiros: Luís Rouxinol, Sónia Matias e Filipe Gonçalves

- Grupos de Forcados Amadores: da Tertúlia Tauromáquica do Montijo e de Alcochete, capitaneados respectivamente por Márcio Chapa e Vasco Pinto

- Assistência: 3/4 de casa

- Delegados da IGAC: Delegado técnico tauromáquico Sr. Lourenço Luzio, assessorado pelo médico veterinário Dr. Patacho de Matos.

- Banda: da casa do Povo de Cabrela

- Embolador: Luís Campino
A ganadaria de Herdeiros de Lopes Branco, divisa amarelo e vermelho, com antiguidade de 27/9/1925 em Lisboa e encaste Pinto Barreiros e Parladé (Tamaron – Atanásio), enviou da herdade de Pé d’Erra em Coruche, para Pegões, um curro que se encontrava rematado, e com a excepção do lidado em terceiro lugar, muito bem apresentado de cara, todos com o número 5 nas espáduas, portanto eram toiros. O terceiro da tarde, mais feio do lote, foi o melhor da corrida, embora todos tenham sido voluntariosos, não colocando problemas de maior aos toureiros e deixando brilhar os forcados.
Esta corrida integrava-se nas Festas de S. João, que se encontram a decorrer em Pegões.
Coube ao cavaleiro da terra, Luís Rouxinol, abrir a função, e fê-lo recebendo o toiro com três compridos, com cites largos, cravando de frente, ficando os dois primeiros um pouco traseiros. Depois de mudar de montada cravou quatro curtos, sendo o segundo e o quarto de muito bom nível; voltou a mudar de cavalo para cravar um palmito com muita emoção, em sorte de frente, rematando com adornos e desplantes que o respeitável aplaudiu de pé.A lide do quarto toiro, que tal com a primeira foi brindada às gentes da sua terra, começou com dois compridos, traseiros, e o primeiro curto descaído quase na mão do toiro. Muda de montada e crava três curtos, fruto de uma boa brega e escolha de terrenos, encurtando-os, entrando devagar e reunindo a contento. A pedido do público crava um par de bandarilhas, numa reunião ajustada, ao estribo e mais um palmito de bonito efeito.
Sónia Matias saiu em segundo lugar para lidar um toiro que foi de mais a menos, começando como os irmãos de camada, muito voluntarioso, mas a partir do segundo curto descaiu para as tábuas, obrigando a cavaleira a trabalho aturado para cumprir a função. Foi uma lide variada, com dois compridos à tira e ferros a sesgo, o segundo e terceiro curtos. Com muita labuta, conseguiu colocar o hastado no centro da praça e crava um violino de que o público gostou. No que saiu em quinto lugar, Sónia, não teve mão certa na cravagem dos ferros; os dois compridos ficaram traseiros e os curtos, boa parte ficaram pescoceiros. No entanto sempre alegre e com toureio de verdade, com cites bonitos, encurtando distâncias, teve no seu último, o melhor da lide.
Para lidar o terceiro da tarde, Filipe Gonçalves, veio com ganas de triunfo. O toiro é feio de cara e escorrido de carnes, mas como todos os outros, saiu dos curros a todo o gás – trazia a turbulência de um avião, dizia o cavaleiro. Crava dois compridos de praça a praça, a receber. Muda de cavalo e com cites alegres, entusiasma o conclave cravando três curtos, a dar vantagens ao toiro e a reunir como mandam as regras. Volta a mudar de cavalo e adorna-se com um violino e um palmito, pondo a praça de pé.Para o último, e depois de três compridos correctos, à tira, muda de montada e monta espectáculo com quiebros arrimados, rematados com a-propósito e entusiasmando a assistência que leva ao rubro, com mais um violino e um palmito.É despedido com enorme ovação.
Para pegar este curro estiveram em praça os Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica do Montijo e os Amadores de Alcochete.
Como grupo mais antigo, abriu praça o Grupo da Tertúlia Tauromáquica do Montijo por Luís Carrilho. Cita a deixar-se ver, manda na investida, fechou-se bem, o toiro entrou pelo grupo que ajudou com eficácia.Para pegar o terceiro, Márcio Chapa, mandou Rodrigo Carrilho, irmão do Luís, que havia pegado o primeiro. O toiro arrancou sem causar problemas e consumou-se outra pega sem problemas.Marco Santos foi o escolhido para terminar a actuação do Grupo do concelho. Embora não mandando na investida do toiro, recebeu e fechou-se sem problemas. O Grupo fez o que lhe competia.
Pelos Amadores de Alcochete, começou Ruben Duarte que citou sereno, carregou a sorte e o toiro arrancou limpo, entrando pelo grupo. Bem ajudado consumou sem problemas.Vasco Pinto escolheu Joaquim Quintela, par pegar o quarto da ordem o que fez sem que o toiro tenha levantado problemas.Para fechar a corrida foi escolhido Daniel Esteves. Esteve igualmente bem frente ao toiro, citando com correcção, recebendo melhor. O toiro parou, sem fazer mal e o grupo ajudou a consumar a última pega da tarde.
O Mais e o Menos

+ O facto de, embora para uma praça desmontável terem sido enviado toiros, o que nem sempre acontece. A casta e nobreza de alguns exemplares. A competição entre os artistas e o agradável ambiente. O bom ritmo do espectáculo, sem intervalo

- O calor tórrido que se fazia sentir. À hora a que teve lugar a corrida estavam perto de 40 graus

Sem comentários:

Enviar um comentário