É uma presença carismática da nossa festa transmitindo aquela alegria contagiante que faz dela uma figura das nossas praças portuguesas. Certamente que irá ficar para a história da nossa tauromaquia.
Sempre nos habituou com o carinhoso gesto de dar o raminho de flores aos nossos toureiros e forcados na volta à arena. Agora com 79 anos assiste a menos corridas. Mas isso não impediu a conhecida Maria Rebimbas de falar ao taurodromo.com, e de contar um pouco a sua história de aficionada. Uma paixão que abraça durante anos.
Natural da Murtosa, veio para Lisboa aos 14 anos trabalhar para casa de uma senhora, onde permaneceu durante 8 anos da sua vida.
Casou e passados uns anos o marido convidou-a para ir ao teatro, " não gostei do espectáculo", refere.
Em 1964 foi pela primeira aos toiros " a Santarém à inauguração da Monumental de Celestino Graça, e gostei!", afirma Rebimbas.
Ao longo do tempo foi ganhando uns tostões no seu negócio e começou a" ir a outras praças de toiros."
Sempre com o seu traje típico, Maria Rebimbas é conhecida por todos os aficionados como a senhora das flores. "Comprava as flores no mercado e fazia os raminhos. Mais tarde comecei a aumentar a quantidade e a dar a todos. Desde então a dona Rebimbas traz sempre uma florzinha a mais. As flores ficam muito mais caras que uma barreira", confessa, (sorrisos).
Em tempos que já lá vão Maria Rebimbas gostava de ver o Senhor João Branco Núncio, o Dr. Fernando Salgueiro e o Mestre David Ribeiro Telles que já vai na terceira geração. Actualmente gosta de ver todos os toureiros mas Joaquim Bastinhas é o seu cavaleiro preferido," confesso que o seu à-vontade e a sua alegria, contagia as pessoas, é sempre uma forte presença. A corrida onde não tenha a sua participação para mim não é a mesma coisa", afirma convictamente.
No que respeita aos forcados gosta muito de ver pegar o " Grupo de Montemor" e de ver os toiros das ganadarias Grave, David Ribeiro Telles, Rui Salvador e muitas outras que têm bons toiros", diz Maria Rebimbas.
A primeira vez que foi a Espanha ver uma corrida integral, foi a Madrid. "Gostei apenas de ver a morte de três toiros", não se recordando quem toureava, nessa tarde.
Entretanto a nossa anfitriã tem uma convicção "vou ao campo pequeno mas gosto mais de outras praças. No campo pequeno as pessoas que vão ver as corridas a mim não me parecem ser aficionados. São senhoras que é mais para serem vistas do que aficionadas. Confesso que gosto mais de ir a Santarém, a Vila Franca ou à Moita".
Para manter a festa Maria Rebimbas deixa uma mensagem aos aficionados, " vão ver as corridas. É muito importante manter a festa de toiros, uma tradição muito antiga que não podemos deixar morrer. Não podemos esquecer também que há muita gente que sobrevive da festa".
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