terça-feira, 29 de março de 2011

"Nunca fui um toureiro de escolher ganadarias pois julgo que nosso valor pessoal também passa por aí" - Vitor Ribeiro em entrevista à Tauromania

Agora que a temporada está a começar fomos entrevistar Vítor Ribeiro, cavaleiro que na temporada 2010 teve um excelente desempenho e que aparece bem colocado em vários cartéis neste inicio de temporada 2011.

Tauromania (T) – Vítor, após uma temporada de 2010 na qual a qualidade foi a tónica dominante, o nome do Vítor Ribeiro começa a aparecer nos primeiros carteis da temporada: Alter, Vila Franca, etc.
Sentes que está a haver uma real valorização do que foi o teu trabalho em 2010?

Vitor Ribeiro (VR) - Sinto a cima de tudo que fiz uma boa temporada em que cumpri os meus 10 anos de Alternativa e queria que ficasse marcada na minha carreira. Realmente tenho um princípio de temporada preenchido em que estou contratado para as corridas principais. Toureio já em Abril em Almeirim, São Manços e Alter do Chão.

T - Na recente revista Novo Burladero sobre os cavaleiros os três entrevistados mais velhos (tu, António Telles e João Salgueiro) foram unânimes em afirmar que o toureio precisa de um toiro que tenha suficiente casta para dar emoção ao que se faz em praça.
Achas que os toureiros no geral já perceberam que o público se está a cansar do “circo” diante de animais que nem sequer investem?

VR - Eu como toureiro preocupo-me em tourear o máximo possível dentro das regras do que é tourear a cavalo. O toiro é o principal interveniente da festa para que haja emoção dentro da praça, a emoção que leva as pessoas a pagar o bilhete para nos ir ver tourear. Nunca fui um toureiro de escolher ganadarias pois julgo que nosso valor pessoal também passa por aí.

T – Os grandes nomes do toureio a cavalo na actualidade são espanhóis. Não achas que faltou aos cavaleiros portugueses alguma intervenção na defesa do toureio à portuguesa, aquele toureio que é feito diante do toiro encastado, sem rejões, e que em vez de enganar o toiro com quiebros e de o cansar com enumeras passagens em redondo, é um toureio feito de frente e que deve dar vantagens ao toiro?

VR - A pátria do Toureio a Cavalo é a nossa, é isso é que todos deveríamos de defender e lutar para nos impormos perante os nossos adversários espanhóis que sem deixarem de ter qualidade não toureiam cá em Portugal as corridas duras nem participam em mais de que duas a três corridas muito escolhidas.

T - Quais as tuas expectativas para esta temporada que está prestes a começar?

VR - As melhores possíveis. Vimos de uma temporada muito positiva e estamos nesta altura já contratados para cerca de 30 corridas em que a maior parte delas são nas principais Feiras de Portugal.

T - Fala-nos um pouco da tua quadra para este ano, e em especial das novidades que vais apresentar.

VR - Mantém-se a quadra do ano passado com mais 4 cavalos novos, em que três deles já se estrearam este ano: O Andaluz um cavalo de saída ferro Inácio Ramos, o Coca-Cola, um cavalo de curtos, ferro Jose Manuel Correia Lopes, e o São Brissos, cavalo de curtos, ferro Túlio Portugal. Falta-me estrear o Camel, um cavalo de curtos, ferro Luís Rouxinol.

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