- Data: 14 de Agosto de 2010, pelas 18H00
- Empresa: Campo Pequeno
- Toiros: 4 Toiros da Ganadaria de Pégoras e dois de Ortigão Costa
- Cavaleiros: António Ribeiro Telles e João Salgueiro
- Matador: António Ferrera
- Forcados: Grupo de Forcados Amadores de Coruche e Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, capitaneados respectivamente por Amorim Ribeiro Lopes e Vasco Pinto
- Assistência: Um Terço da lotação
- Delegados da IGAC: Dirigiu a corrida o delegado técnico Ricardo Pereira, assessorado pelo médico veterinário Dr. José Luis Cruz
- Banda: Abrilhantou a Corrida a Banda Sociedade Instrução Coruchense
Foi com grande expectativa que a Monumental Sorraiana, abriu as suas portas, fora das tradicionais datas de 16 e 17 de Agosto, para sob a gestão da Sociedade do Campo Pequeno, oferecer uma corrida mista cujos principais condimentos, eram as presenças de dois cavaleiros que muito dizem a Coruche e de uma primeira figura do toureio apeado de Espanha, mais propriamente da vizinha província da Extremadura, pena foi que o estimado publico, assim não partilhe da mesma opinião, já que apenas preencheu um terço da lotação, frente a toiros de Pégoras para a lide a cavalo e dois exemplares de Ortigão Costa para a lide apeada.
Os quatro pupilos, vindos da Herdade de Pégoras, Montemor-o-Novo, de regular apresentação, cumpriram na generalidade, com realce para o lote de João Salgueiro. Os dois exemplares de Ortigão Costa, que substituíram os anunciados de Herdº de Varela Crujo, por razões sanitárias, foi bom e com classe o primeiro e tragável o segundo.
António Ribeiro Telles, jogava em casa e procurou desde cedo marcar a diferença, mas o sorteio não lhe foi favorável, mesmo assim, abriu a função com uma sorte de gaiola, algo descaída, mas que foi decisiva para o desenrolar da lide, dominou, foi poderoso e obrigou o adversário a investir, mesmo em terrenos que não lhe eram favoráveis, o conclave reconheceu o mérito e já com a porta dos cavalos aberta, obrigou António a colocar mais um derradeiro ferro, que resultou em cheio. No seu segundo, um manso difícil, António teve que colocar em pratica toda sua experiência para dar lide ao adversário e não defraudar o seu publico, a actuação foi subindo de tom e terminou em bom plano, face à matéria prima disponível.
João Salgueiro, também ele um cavaleiro com raízes e fortes ligações a Coruche, foi bafejado pela sorte e não desperdiçou o ensejo, desenvolvendo duas lides idênticas na qualidade, onde a brega imperou e os ferros de frente em terrenos de compromisso foram a tónica dominante. O publico envolvia-se e empurrava o cavaleiro de Valada, para mais um rotundo êxito, onde os ferros se sucediam a pedido do dito conclave, que no final não lhe regateou aplausos. Duas boas actuações, sinónimo da excelente forma que atravessa, conjuntamente com a sua quadra.
António Ferrera, matador Extremenho, trajava de nazareno e ouro e soube na perfeição despertar a acficion ao toureio apeado, nas gentes Sorraianas, no seu primeiro, um Ortigão com classe e bom génio, Ferrera, recebeu com o capote por verónicas e uma série por navarras, o tércio de bandarilhas foi poderoso, como é seu timbre e com a muleta, superou tudo e todos, até o vento, com um temple maravilhoso, desenvolvendo uma faena variada, por ambos os lados. No seu segundo, com menos classe que o anterior, começou de capote por verónicas e chicuelinas, voltou a triunfar com as bandarilhas, através de três pares soberbos de poder e terminou com uma faena possível a um adversário de meias investidas, que lhe ficava curto na viagem. Mesmo assim o publico não se cansou de ovacionar, comprovando que o formato (corrida mista), quando pensado e organizado, pode funcionar, assim Deus queira, os toureiros possam e os toiros ajudem.
Tarde também ela de salutar competição, entre os Amadores de Coruche de Amorim Ribeiro Lopes e os Amadores de Alcochete de Vasco Pinto, que de uma forma pratica resolveram os problemas que tinham pela frente.
Pelos Amadores de Coruche abriu a função Ricardo Dias, que na primeira tentativa, não conseguiu aguentar um derrote mais violento, já no seio das ajudas, emendou os terrenos e na segunda vez, aguentou uma viagem dura até terrenos de tábuas, onde o grupo fechou com oportunidade. Para o quarto da tarde, foi escalado José Tomáz, que na primeira tentativa, não reuniu bem, emendando na segunda.
Os Amadores de Alcochete, lograram duas boas pegas ao primeiro intento, a primeira, através do seu cabo Vasco Pinto, cheia de técnica e poder, e a segunda por João Pedro Sousa, também ela carregada de vontade e pundonor.
O Mais e o Menos
+ A entrega dos dois cavaleiros e a primeira actuação de António Ferrera
- Nada a destacar
Sem comentários:
Enviar um comentário