quinta-feira, 18 de agosto de 2011

129ª Tradicional Corrida do 15 de Agosto nas Caldas da Rainha

Praça de Toiros: “Manuel dos Santos” em Caldas da Rainha.
Data: 15 de Agosto de 2011, pelas 18:00 horas.
Empresa: Toiros e Cultura – Paulo Pessoa de Carvalho.
Ganadaria: Manuel Assunção Coimbra.
Cavaleiros: António Ribeiro Telles e Manuel Telles Bastos.
Matador: Vitor Mendes.
Grupos de Forcados: Amadores de Santarém e Caldas da Rainha capitaneados respectivamente por Diogo Sepúlveda e Nuno Vinhais.
Assistência: Casa Cheia.
Banda: Banda Comércio e Indústria de Caldas da Rainha.
Delegados da IGAC: Delegado Técnico Tauromáquico Sr. Manuel Jacinto assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Jorge Moreira da Silva.

A Tradicional Corrida do 15 de Agosto nas Caldas da Rainha, era de Homenagem ao Grande Matador Português Manuel dos Santos, facto pelo qual se deu o nome do malogrado Matador á Praça de Caldas da Rainha. Tirava a Alternativa de Bandarilheiro António Telles Bastos. Realizou-se uma homenagem com entrega de lembranças à familia do Matador, ao intervalo, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Dr. Fernando Costa, do empresário Paulo Pessoa de Carvalho, do Cabo do Grupo de Santarém, e dos Maestros Vitor Mendes e David Ribeiro Telles, este último muito aplaudido.

O Curro de Manuel Coimbra, saiu bem apresentado,com pesos que oscilaram entre os 550 e os 480 Kgs. Tinham todos o n.º 7 na espádua e quanto ao comportamento foram desiguais. O primeiro e quarto foram bravos, sem deslumbrar; o 1º algo parado, enquanto o 4º foi mais “trotón” e sem se fixar. Segundo e quinto da tarde eram mansos encastados que se deixaram lidar, mas com dificuldade. Quanto aos 2 toiros da lide a pé, foram mansos descarados; o 3º da tarde, a fugir da luta saindo a correr dos muletazos, e o sexto deixou-se lidar mais apesar de provar sempre na muleta.

António Ribeiro Telles, abriu praça com uma boa actuação, que começou com 3 ferros compridos á tira de boa execução. Seguiram-se 4 curtos de belo efeito, principalmente o terceiro e quarto da lide, que entusiasmaram as bancadas.

Para pegar este toiro, pelo G.F.A. de Santarém, saltou a trincheira com os companheiros de jaqueta, Luis Sepúlveda. O forcado de dinastia citou bem a alegrar o toiro, recebendo-o á córnea, com garra, com o restante grupo a corresponder bem. Volta merecida para cavaleiro e forcado.

Manuel Telles Bastos, teve pela frente um manso encastado, que se deixou lidar, mas que pedia tudo bem feito. Foi o que fez o ginete da Torrinha, com 3 compridos á tira, o último bem preparado, e cinco curtos de bom efeito, com destaque para os dois ferros que fecharam a lide, ao estribo e com o toiro a empregar-se no momento da reunião.

Pegou o 2º da tarde pelo G.F.A. das Caldas da Rainha, Francisco Rebello d'Andrade, que citou bem, para o toiro sair com muita pata, e o forcado a fechar-se bem mas a velocidade do hastado e o derrote alto e forte do toiro a desfeitear a pega á primeira tentativa. Volta para a 2ª tentativa e manda bem na investida, com o grupo a carregar ajudas desta vez, resolvendo a pega com eficácia.

Vitor Mendes, trazia o toureio a pé a esta corrida ao fim de muitos anos. Recebeu bem o toiro por verónicas, muito templadas que arracaram os primeiros olés da tarde. Variou a sorte de capote, e seguiu por chicuelinas a pés juntos muito boas, mas o toiro virava-se muito depressa sofreu uma aparatosa voltereta, felizmente sem consequências de maior. Seguiu-se a restante prova bandarilheiro de António Telles Bastos, pois já antes tinha parado com o capote o primeiro da tarde. Sob a sábia orientação do Maestro Vitor Mendes, o jovem bandarilheiro tentou entrar a bandarilhar na 1ª vez em terrenos de compromisso, sofrendo uma voltereta sem grandes consenquências, mas que causou grande susto. Seguiu-se um par muito bom, a ganhar a cara ao toiro e outro regular que lhe valeram a aprovação na prova. Vitor Mendes cravou ainda mais um par de belo efeito com é seu apanágio. Na faena de muleta, o matador teve alguns derechazos bons, mas o toiro fugia para tábuas ao segundo muletazo, obrigando o toureiro a persegui-lo praça fora numa faena muito esforçada. Saudou nos tercios a pedido do público.

António Ribeiro Telles, teve uma lide muito boa no 4º da tarde. Três compridos bem executados, com destaque para o segundo; á tira com o toiro a apertar. Seguiu-se a série de curtos, escolhendo bem os terenos e preparando bem as sortes. Destaque para o terciero e quintos curtos, de excelente efeito ao estribo.

Pelo G.F.A. de Santarém, para a cara foi João Brito”Pauleta”, citou bonito e mandou vir aguentado bem e fechando-se à cornea com muita vontade perante o derrote do toiro. Foi bem ajudado por todo o grupo numa pega de belo efeito.

Manuel Telles Bastos, esteve por cima num toiro complicado ao qual soube dar bem a volta. Três compridos à tira a abrir a faena. Seguiu-se uma lide muito correcta com seis ferros curtos(demasiados, em minha opinão), com destaque para o segundo que foi de frente e ao estribo.

Pegou o 2º da tarde pelo G.F.A. das Caldas da Rainha, o experiente forcado Oscar Carvalho. Citou bonito e mandou no toiro, porém tropeça no momento da reunião, devido aos buracos no centro da arena, e tenta fechar-se com muita vontade saindo junto às tábuas. Repete o que tinha feito bem no cite, mas desta vez foi buscar o toiro a tábuas fechando-se com boa técnica com o grupo a ajudar bem, apesar de o toiro a fugir ao mesmo. Destaque para a segunda ajuda de José Souza Dias.

Vitor Mendes, recebeu o último da tarde, com verónicas bem desenhadas. Tentou o quite por navarras mas o toiro ficava em curto e rematou com duas revoleras muito justas. O tercio de bandarilhas alternou entre um bom par e um regular pelos subalternos. Iniciou a faena de muleta com duas boas tandas por baixo a obrigar o toiro. Muda a muleta para a mão esquerda e desenha uma tanda de naturais muito templados. O toiro provava bastante, mas o toureiro arrimou-se e esteve por cima do oponente com vários desplantes numa faena de poder. Deu volta mercida com parte do público de pé.

O MAIS E O MENOS DA CORRIDA:

O Mais: A entrega de todos os intervenientes, que permitiu uma boa corrida. A praça cheia em tempos de crise.
O Menos: O estado do piso que dificultou o andamento dos toiros e as pegas. O movimento do público durante as lides e a entrada tardia( até ao segundo toiro)do público no inico do espetáculo. A partida de São Pedro, que fez chuviscar durante quase toda a corrida.

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