Praça de Toiros: Caldas da Rainha.
Data: 30 de Julho de 2011, pelas 22:00 horas.
Empresa: Toiros e Cultura – Paulo Pessoa de Carvalho.
Ganadaria: Vale de Sorraia.
Cavaleiros: Rui Salvador, Vitor Ribeiro e Tiago Carreiras.
Grupos de Forcados: Amadores de Caldas da Rainha capitaneados por Nuno Vinhais.
Assistência: ¾ de casa fortes.
Banda: Banda Comércio e Indústria de Caldas da Rainha.
Cornetim: Ana Narciso
Delegados da IGAC: Delegado Técnico Tauromáquico Sr. Lourenço Luzio assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Francisco Barata
Anunciada como a Corrida da Emoção, teve um cartel muito bem rematado, com 3 cavaleiros em competição e uma encerrona para o G.F.A. de Caldas da Rainha, que pegava 6 Vale de Sorraia, na sua terra. Despediu-se das arenas o forcado caldense Tiago Ribeiro.
O Curro de Vale de Sorraia, saiu bem apresentado no geral, á excepção de 5º e 6º exemplares, que estavam regulares de apresentação, pois tinham pouco trapio. O segundo e o quarto da noite tinham 3 anos e portanto eram novilhos. Quanto ao comportamento, foram mansos de livro, o primeiro e o quinto; mansos encastados mas a deixarem-se lidar, o segundo e terceiro e bravos o quarto e sexto.
Rui Salvador, começou por ter um “caso bicudo” para abrir a corrida pois chegou-se a pensar que o toiro seria “burriciego” tal a forma como se parava no momento da reunião, mas após várias tentaivas conseguiu cravar o 1º comprido e o hastado revelou-se um manso, a doer-se dos ferros e a dificultar a vida ao cavaleiro de Tomar. Fez tudo o que pode para lhe cravar os ferros da ordem, como mandam as regras destacando-se o 2º curto, ao estribo e de boa execução. Saudou nos médios com o forcado, recusando a volta, demosntrando muita “toreria” com esse gesto.
Para pegar este toiro, pelo G.F.A. das Caldas da Rainha, o cabo escolheu o forcado Oscar Carvalho. Citou bem o jovem caldense, com o toiro a sair pronto sendo bem alegrado, para se fechar decidido, com o toiro a levantar a cabeça e a bater, tendo as ajudas tardado a entrar e o forcado foi desfeiteado já no seio do grupo. Na segunda tentativa, repete bem o que tinha feito, e as ajudas voltam a tardar, com o forcado a aguentar muito a investida do toiro, sendo as ajudas compensadas com forcados que saltaram a trincheira, (na minha opinião em demasia), para fecharem uma pega rija.
Vitor Ribeiro, teve um inicio de faena com 3 compridos em crescendo, sendo o primeiro regular e os outros 2 de boa nota. Segiu-se uma boa lide a um toiro andarilho e sem “fijeza” com 5 ferros curtos bem preparados, com destaque para o primeiro, que foi ao estribo e de frente, sempre bom de ver nas nossas praças.
Pegou o 2º da noite António Gonçalves da Cunha, que teve um cite bonito com o toiro a sair de largo e o forcado a aguentar e fechando-se bem, perdendo o brilho a pega pois o primeiro ajuda carregou em demasia resolvendo logo o assunto, com todo o grupo a corresponder.
Completeva o cartel o jovem Alentejano Tiago Carreiras, que teve uma actuação com altos e baixos , mas sempre com muita entrega e arriscando alguns toques na montada, indo de frente sempre á procura de levar a emoção ás bancadas. O primeiro ferro da série de cinco curtos foi muito bom, e talvez o melhor ferro da corrida.
Saltou a trincheira para a 3ª pega da noite José Souza Dias, que citou bem aguentando a investida pronta do toiro, para depois se adiantar ligeiramante, mas sem comprometer a pega enchendo a cara ao toiro que entrou com ”pata” pelo grupo, e este correspondeu com boas ajudas.
Voltou para o quarto toiro da ordem, Rui Salvador, que perante um oponente bravo mas com pouca força e sem transmitir muito; teve uma lide muito boa com ferros compridos de boa nota e uma série de 6 curtos também bem executados, com especial destaque para o primeiro, que foi ao estribo, com o cavalo a dobrar-se muito bem. Pecou apenas por cravar os dois ultimos ferros curtos já sem brilho, mas sem comprometer a restante lide.
Francisco Rebelo de Andrade, citou bem e bonito, não aguentando muito o toiro pois recuou cedo e foi desfeiteado na primeira tentativa. Corrigiu bem os erros anteriores e fez uma boa pega fechando-se com boa técnica, com o grupo a tardar ligeiramente, mas a fechar bem a pega.
O segundo do lote de Vitor Ribeiro, era um manso descarado, e com pouca força, mas ao qual o ginete soube dar boa lide sempre em crescendo. Esteve bem nos compridos, sempre sem perder a cara ao toiro terminando com dois excelentes ferros curtos, para gáudio das bancadas.
Para pegar o quinto toiro saiu á praça Mário Cardeira, que bateu as palmas ao toiro com galhardia alegrando bem a sua investida pronta e com boa reunião, com o grupo a ajudar bem fechando a pega ao primeiro intento.
O último da noite coube a Tiago Carreiras, que rubricou a melhor lide da corrida, perante o toiro mais pequeno, mas verdadeiramente bravo. E soube aproveitar bem a codicia que o toiro punha nas investidas, pois cravou 2 bons ferros compridos e continuou com uma grande brega, com a estrela da sua quadra “Quirino” e com ferros de grande nota, entusiasmando as bancadas, na verdadeira emoção da corrida. Saiu apeado pedindo justos aplausos ao “Quirino”!
Para fechar a noite pelo G. F. A. das Caldas da Rainha, foi para a cara do toiro o forcado Francisco Mancarenhas. Citou bem e alegrou a investida ainda melhor aguentando o toiro, para depois reunir com muita garra e decisão com todo o grupo a corresponder bem, numa pega muito boa.
O Mais: A última lide de Tiago Carreiras e a prestação do G.F.A. das Caldas da Rainha.
O Menos: Alguma falta de “tempero” nos toiros que podiam ter trazido toda a emoção a esta corrida.
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