Duarte Pinto e Luis Procuna triunfadores absolutos no Campo Pequeno

O titulo reza bem a história do que se passou hoje( ontem)) no Campo Pequeno: dois triunfadores absolutos e sem margem para duvidas sendo Duarte Pinto na lide a cavalo e Luis Procuna na lide a pé.E uma pergunta surge de imediato na mente de todos os aficionados: e agora Maestro Rui Bento? Seguindo a escola de Espanha quem triunfa merece repetição e eis um problema que se pôe visto que estarão rematados os carteis de final de temporada. Verdade seja dita que qualquer dos dois merece voltar à primeira Praça do país e daí a pergunta "e agora Rui Bento"... Que impere o bom senso e que os méritos de quem triunfa enfrentando toiros na arena se sobreponham a quaisquer outros é o que desejamos.

Os toiros de Veiga Teixeira não são peras doces.Não são do grupo dos chamados nhoc-nhoc e impoêm respeito e exigem toureiros. Os de ontem sairam complicados, encastados, sobre o mansote mas a transmitirem.

Tito Semedo confirmou a sua Alternativa merecendo a oportunidade que tanto ansiava. Não deslustrou e esteve ao seu nivel e na memória ficou um bom comprido e nos curtos esteve à altura do touro.

Rui Salvador enfrentou o pior da corrida e esteve muito bem nos compridos e lutador e batalhador nos curtos como é seu timbre. O cavaleiro dos ferros impossiveis deixou o seu cunho no terceiro curto que foi de excepção, daqueles que guardamos na memória para toda a vida.

Duarte Pinto esteve por cima do touro logo nos compridos. Mas foi com o Visconde e logo no primeiro curto que disse ao touro que ali estava ele para mandar. Soberbo a lidar, montando primorosamente, cavalos conduzidos apenas com a mão esquerda, sereno, com classe Duarte mandou e templou. Bons ferros curtos que terminaram com um fabuloso em que aguentou e não desmanchou quando o touro escarvava e se fechava em tábuas. Publico em pé ovacionando a excelente lide do jovem cavaleiro que tinha brindado ao seu primo Tomás por ser o dia do seu aniversário.

Os Forcados de Vila Franca estiveram bem realçando a Pega de Ricardo Patusco.

Na lide apeada Procuna destacou-se de todos: saiu-lhe o melhor dos Cochichos um toiro que humilhava. que tinha algum recorrido e que proporcinou mais um êxito. Sereno e mandão com o capote, espetacular com as bandarilhas e para aqueles que dizem que a muleta era o seu fraco ontem foi forte e maduro. Parou, templou e mandou como dizem as regras. O publico entendeu e retribui-lhe fortes ovações. É o ano de Procuna e era bom que alguem pudesse leva-lo para Espanha e dizer ao mundo que temos um Matador capaz de se enfrentar com os melhores.

Antonio Joao Ferreira de joelhos em terra na porta dos curros esperou o seu touro com ganas de triunfo. Colhido nesse momento recompos-se e deu a cara frente a um toiro que não serviu. Bons pormenores de muita garra.

Nuno Casquinha que se apresentava como Matador enfrentou o pior touro e pouco ou nada pode fazer além da vontade que colocou na arena. O touro não serviu e Casquinha arrimou-se mas sem dar frutos. Não deveria , na minha opinião, ter dado volta mas compreende-se a ânsia de quem se apresenta na primeira Praça do país.

Tiago Santos quer triunfar e tem trunfos pata tal. Bem com o capote e com um bom par de badarilhas esteve com planta toureira na muleta. Prolongou um pouco a lide mas dá para ver que temos Toureiro com arte e valor.