terça-feira, 2 de junho de 2009

Em dia de elevado calor, a Tauromaquia esteve presente em Marrazes



Paulo Pessoa de Carvalho, sócio-gerente do projecto Toiros e cultura está de parabéns pela seriedade com que monta os seus espectáculos, no que aos curros tem escolhido. Mais uma vez, até na localidade de Marrazes, uma praça de toiros desmontável, mas houve respeito pelo público ao levar para aquele taurodromo um sério curro de hastados pertencentes à ganadaria de António Lampreia. Quanto à bravura não foram por aí além – cumpriram no geral, mas bem rematados de carnes com peso acima do que é pedido para praças com esta característica, de pelagem divergentes (negro mulato, castanho e até um malhado) e com cara (excepção para o sexto).

Se o dia já estava quente (35 graus às 17.30h), a boa prestação da Banda Filarmónica da Nazaré aqueceu bastante o conclave e animou as boas prestações dos artistas.

Com a direcção do espectáculo a cargo de Ricardo Pereira, Luís Rouxinol, Ana Batista e João Caetano, acompanhados das respectivas quadrilhas de peões de brega e os forcados amadores de Alcochete e Caldas da Rainha fizeram as cortesias, dando assim inicio à I Corrida de Toiros do Clube Desportivo daquela localidade.

Luís Rouxinol, duas actuações em bom nível. No que abriu praça três farpas meritórias e dois curtos frontais a ficarem na retina do aficionado. No quarto da corrida um toiro mais à sua medida Luís esteve mais alegre e desinibido. Crava quatro curtos com destaque para o segundo e terceiro a ir ao piton e a terminar com “a marca da casa” o par de bandarilhas que resultou em pleno, agradando bastante ao público.

Ana Batista com o cavalo Manolete toureou na integra o seu primeiro toiro, coisa rara nos dias de hoje onde por vezes saem à arena quatro e cinco cavalos no mesmo toiro, o que quebra o ritmo da lide. Não sendo um hastado fácil, Ana esteve por cima do oponente com ênfase no terceiro curto recto com vistoso remate da sorte. No quinto da tarde, um castanho chorreado, a lide foi alegre profeando o toureio frontal (duas farpas à tira e três curtos), a pedido do público dois palmos que resultaram de forma positiva.

João Caetano, com duas actuações distintas. No que fechou a primeira parte da corrida João esteve igual a si próprio – irreverente e toureiro, bem na brega para depois partir em sortes ao piton contrário que o público muito aplaudiu. A encerrar praça dois compridos de boa nota, e nos curtos só depois de mudar de montada, conseguiu impor o seu estilo e mexer com o público que lhe retribuiu uma forte ovação.

Quanto à actuação dos forcados, pela seriedade do curro, os moços das jaquetas de ramagens tiveram de se empregar. Por Alcochete, Daniel Esteves pegou à quarta tentativa, por não estar correcto tecnicamente nas outras anteriores, João Sousa à primeira tentativa, segurando-se à córnea e Ricardo Mota a fazer aquela que foi a pega da tarde. Pelas Caldas da Rainha, Mário Cardeira à primeira tentativa fechando-se com raça, Francisco Mascarenhas à segunda tentativa e Guilherme silva à segunda tentativa.

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