segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os Melões de Vaz Monteiro


- Ganadaria: 6 Toiros da Ganadaria de Vaz Monteiro

– Divisa Amarela- Cavaleiros: António Ribeiro Telles, Sónia Matias e o praticante João salgueiro da Costa

- Grupo de Forcados: Amadores de Coruche e Amadores de Salvaterra de Magos, capitaneados respectivamente por Amorim Ribeiro Lopes e Pedro Silva

- Assistência: Um Quarto da lotação

- Delegados da IGAC: Dirigiu a corrida o delegado técnico José Tinoca, assessorado pelo médico veterinário Dr. José Maria Nobre
Abrilhantou a Corrida a Banda dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos
Anunciada como a III Grande Corrida do Melão, assentava a sua publicidade na forte imagem dos toiros da Ganadaria de Vaz Monteiro, com 5 anos e 550 Kg de peso, apresentando nos programas as fotos de seis exemplares, no entanto, dos seis fotografados, apenas quatro foram lidados e dos restantes, nem todos tinham o 4 na espádua da mão e os 550 quilos, apenas o primeiro e o ultimo, foram dignos de tal registo. Quanto ao comportamento, saíram mansos, na generalidade, os dois primeiros demasiado avisados, os restantes deixaram-se lidar, com ressalva para o ultimo, que foi o mais colaborante.
António Ribeiro Telles, abriu a função, frente ao nº 231, com 555 Kg, de peso, que teimou em não colaborar com o cavaleiro da Torrinha, que à custa de muito porfiar, despachou a ferragem comprida, mudou de montada e já com as bandarilhas curtas, desenvolveu uma lide inteligente, superando as dificuldades do adversário, que se adiantava uma barbaridade, mais parecendo que se encontrava mexido, no entanto ao som de musica António, foi construindo uma lide poderosa e sabedora. No seu segundo, o nº 251, com o 6 na espádua da mão direita, António Telles, cedo se apercebeu, que estava ali matéria prima, para fabricar uma lide artística, ligada, com sentido de brega apurado, conseguindo uma actuação recheada de bons ferros, que lhe valeram um saboroso triunfo, escutou musica e no final de ambas as lides foi presenteado com volta à arena e reconhecida ovação nos médios.
Sónia Matias, foi a menos bafejada pela sorte, no lote que lidou, se no seu primeiro, o nº 229, com 485 quilos, teve problemas de sobra com um toiro que não lhe dava descanso, nem saída, tapava-se no momento do ferro, Sónia, lá foi construindo a lide possível, ou seja a que o toiro deixou. No seu segundo as coisas melhoraram e actuação subiu de tom, frente a um gravito de Vaz Monteiro, que sem muito luzimento, deixou-se lidar, ao som da musica, permitindo à cavaleira, explanar o seu toureio transbordante de alegria, salpicado de pequenos toques, que por vezes podem comprometer o brilhantismo do ferro. Um repara para o desacerto da quadrilha, em certos momentos da lide, podendo comprometer a actuação da cavaleira. Deu volta apenas no final da lide do seu segundo.
O praticante Salgueiro da Costa, apesar de jovem e de relativa tarimba, não se deixou intimidar por estar a competir com duas figuras da actualidade, assim no seu primeiro um gravito marcado com o nº 240, o jovem cavaleiro de Valada, sofreu um toque no primeiro comprido, emendando de seguida no segundo que cravou, mudou de cavalo e de ferragem e já com as bandarilhas desenvolveu uma lide correcta e emotiva. Todavia, foi no que encerrou a função que Salgueiro da Costa, explanou o seu melhor toureio, entendeu de imediato as características do toiro e aproveitou a colaboração do adversário, para desenvolver uma brega ligada e emocionante, rematada com ferros de frente bem cingidos. O Vaz Monteiro, veio a menos e o jovem cavaleiro teve que se aprumar para em sorte sesgada cravar o terceiro curto e dar continuidade a uma lide de triunfo que lhe valeu musica e volta no final.
No capítulo das pegas estavam em competição dois grupos vizinhos, Os Amadores de Coruche e os de Salvaterra de Magos, capitaneados respectivamente por Amorim Lopes e Pedro Silva.
Como mais antigo, coube ao Grupo de Forcados Amadores de Coruche sair em primeiro lugar, através de Alberto Simões, que citou correctamente, sacou-se com oportunidade para se fechar à barbela, numa viagem longa e algo atribulada, no sector mais recuado das ajudas, concretizando uma pega de belo efeito à primeira tentativa. Para o terceiro da ordem, o cabo do grupo, escalou o jovem Luís Carlos Gonçalves, que agarrou a oportunidade com unhas e dentes, executando uma pega, tecnicamente perfeita ao primeiro intento, eficazmente ajudado pelo grupo. Para fechar a actuação dos Amadores Sorraianos, foi para a cara do quinto José Tomaz, que fez-se ver, com um senão de deixar o toiro descair ligeiramente para a esquerda o que lhe valeu uma dura reunião, superada pelo enorme poder de braços revelado, o que permitiu concretizar a sorte à barbela e ao primeiro intento, uma tarde de triunfo para os Amadores de Coruche.
Pelos Amadores de Salvaterra de Magos, abriu praça o forcado Marco Guilherme, com pouco mando no cite, concretizou à primeira tentativa uma pega em que as ajudas andaram desencontradas, valeu o querer do forcado da cara. O quarto da ordem foi pegado pelo jovem Joaquim Consolado que se alapou na cara do toiro para não mais sair, uma boa pega ao primeiro intento. O ultimo da corrida foi pegado pelo já experiente, Pedro Viegas, que aguentou uma viagem longa, até lá atrás, com uma boa e oportuna segunda ajuda, concretizando também à primeira tentativa.
O Mais e o Menos+ As lides dos três cavaleiros na segunda parte e actuação de ambos os Grupos de Forcados

- A balança da praça

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