sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Perguntámos aos Partidos a sua posição perante a Tauromaquia


À porta das eleições legislativas resolvemos, na Tauromania, pedir aos Partidos Políticos com assento Parlamentar (PS, PPD-PSD, CDS-PP, CDU e BE) que nos respondessem a algumas questões sobre a sua posição programática perante a Tauromaquia em geral e as Corridas de Toiros em particular.

Para tal enviámos as mesmas quatro perguntas a todos estes Partidos através do e-mail que disponibilizam no seu sítio online.

Ficámos desapontados quando ninguém respondeu por isso passámos a outra estratégia enviando as mesmas questões por e-mail directamente para pessoas dos vários Partidos.

Mesmo desta forma apenas recebemos resposta do CDS-PP.
Curiosamente a pessoa para quem enviámosas perguntas no Bloco de Esquerda, Jorge Costa, membro da comissão politica do BE, teve disponibilidade para responder a várias questões em Fóruns de associações anti-taurinas mas não a teve para responder à Tauromania.
Da CDU apenas recebemos o recibo da entrega dos e-mails mas não obtivemos resposta.
Do PSD responderam-nos que o tema teria de ser respondido por pessoas do topo da hierarquia do partido ou mesmo pela própria Manuela Ferreira Leite. Não tivemos nenhuma resposta.
Do PS também não obtivemos nenhuma resposta.

A maioria dos portugueses acha que os políticos, sobretudo os do centrão, não assumem nenhuma posição quando a mesma pode gerar algum tipo de polémica. Depois admiram-se os Partidos de que a abstenção seja sempre mais elevada do que o desejado e que uma enorme faixa da população tenha os políticos em péssima consideração olhando-os como os que se servem do poder e não como os que servem os portugueses que lhes deram esse poder.

Sabemos por experiência própria que o Poder Politico Nacional não liga nenhuma à Tauromaquia. Exemplos são mais que muitos: o actual Presidente da Republica escusou-se a ir à reinauguração do Campo Pequeno alegando que era uma sala de espectáculos e que o seu genro organiza espectáculos e que isso poderia gerar algum tipo de mal-entendidos. Com este argumento nunca poderá o Presidente Cavaco ir a nenhum espectáculo mas parece-me que já terá ido a alguns. Outro exemplo é o de um Ministro da Cultura de há uns anos que disse que a Tauromaquia era Agricultura e não Cultura. Outro exemplo ainda: existe um projecto de Decreto-Regulamentar aprovado por todos os Agentes da Festa e demais Entidades competentes para aprovação desde 2005. O Governo deixou passar toda a legislatura sem o aprovar e sem o recusar deixando-o simplesmente na parte de baixo da pilha.

Sendo a afición muito heterogénea, constituída por pessoas de todas as idades, dos vários extractos sociais, com as mais diferentes formações e residentes um pouco por todo o país, os Partidos consideram que a afición atribui os seus votos de uma forma igualmente heterogénea e que por isso não vale a pena estarem a opinar sobre a Tauromaquia. Acontece que cada vez mais os aficionados estão despertos para o facto de andarem a ser atacados e por isso cada vez mais os aficionados querem saber o que pensam os políticos sobre este tema sendo que disso pode depender o seu sentido de voto.

Em artigos separados seguem as respostas obtidas dos vários partidos.

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