Ricardo Relvas - Regressei ontem a Madrid, depois do calvário hospitalar. Foi bom reconhecer que tenho tantos amigos. O que importa agora é ir em frente e seguir o caminho.
A primeira foto que fiz foi à placa de homenagem ao matador de toiros Andrés Vásquez. Contaram-me que foi um acto muito bonito.
À tarde assisti à novilhada. Seis novilhos de Monte de Oca (encaste Domecq-Torrestrella e Cebada Gago), nem apresentados, mas sem bravura, complicados, salvo o terceiro, que foi nobre.
Miguel Giménez (na foto) debutava em Madrid. Dobrou-se bem por "trincheirazos", mas tudo se ficou pelo querer. No segundo foi à porta dos curros e realizou uma "larga cambiada", mas foi agarrrado. Com a muleta, entre o vento e as más ideias do novilho, não se passou nada. Sofreu uma cornada no braço esquerdo de 10 centímetros. Matou de boa estocada. Silêncio com aviso no primeiro novilho e silêncio no segundo.
Ignácio González, jovem de Córdoba, tentou fazer um toureio artístico, mas o vento e a má qualidade dos novilhos não lhe permitiu triunfar. Silêncio com aviso no primeiro e silêncio novamente no segundo.
O terceiro novilheiro, Carlos Durán, que também debutava em Las Ventas, deu volta no primeiro com petição de orelha e foi silenciado no segundo. Realizou duas faenas sem temple, mas que chegaram ao público. O terceiro novilho era um oponente para abrir a porta grande, mas Durán contentou-se com a volta ao ruedo.
As quadrilhas de bandarilheiros e picadores estiveram simplesmente mal. O presidente da corrida, César Gómez, esteve acertado em não conceder a orelha. Foi uma tarde sem história.
Fotos Ricardo Relvas
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