quinta-feira, 28 de abril de 2011

Rouxinol o Senhor de Alter


Mais um ano, mais um 25 de Abril e mais uma praça quase cheia em Alter do Chão, na expectativa triunfal de um curro José Luís Pereda. De facto, os touros cumpriram bem na sua generalidade, apresentando também trapio e raça.

A abrir as hostes esteve o maestro António Ribeiro Telles, o qual trouxe a Alter a sua força e ganas de triunfo, executando por sua vez duas lides correctas e vistosas, quer na cravagem dos ferros, quer na arte Marialva que tanto sabe enaltecer, uma boa nota para António.

Para tourear o terceiro e sexto da tarde esteve Vitor Ribeiro, também se notou que vinha cheio de energia e disposto a dar o tudo por tudo, todavia levou a cabo duas lides interessantes, tentando sempre estar na cara do touro, para deste modo lhe executar as sortes, entregando-se sempre e corrigindo o que achava que não lhe saia tão bem. Uma presença simpática a de Vitor Ribeiro em terras reais!

Falamos de Luís Rouxinol em último, porque dando voz à sabedoria popular que os primeiros são os últimos… e assim foi, não o último do cartel, mas o primeiro na arena!! O que justifica ser o vencedor do prémio D. José de Athayde. A sua primeira actuação foi francamente bestial, toureando bem em todos os terrenos, a cravagem também toda ela correcta, na sua segunda actuação também foi concebida com grande toreria, chegando ao público de uma maneira ímpar e muito frenética. Um grande olé ao toureiro!

Tarde fácil e sonsa para os forcados, nada de importante ou extraordinário aconteceu… para o Grupo de Montemor-O-Novo, foi cara à primeira tentativa Frederico Caldeira, ao terceiro intento Manuel Ramalho e também ao primeiro intento Tiago Telles de Carvalho, que executa uma pega tecnicamente perfeita e assim faz somar mais um troféu ao Grupo de Montemor, cuja em disputa para a melhor pega estava o prémio Luís Saramago. Em relação à equipa da casa, o Grupo de Alter do Chão, que foram bafejados de bênçãos pegando os três touros à primeira tentativa, a realizar as sortes de cara foram João Antunes, Nuno Baço e Diogo Bilé.

Foi uma tarde de sol agradável e simpática, cujo bom trabalho do director Ricardo Pereira assessorado pelo veterinário Dr. José Guerra se qualificam pela sua invisibilidade no espectáculo!

O agradecimento especial desta tarde vem do público, que enche a praça, por isso há que ter em conta a qualidade dos espectáculos que se pretendem e que “se vendem… e compram”!!!

Por: Lídia Ramalho

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