segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oh Elvas, oh Elvas, Caetanos à vista!


Paulo e João Caetano estiveram assim...Simplesmente extraordinários!

Os Bastinhas tinham entre mãos a responsabilidade...e não baixaram os braços!
Duarte Pinto jogou também ao ataque perante o melhor toiro de Paulo Caetano!
Rodrigues jogou com as (poucas) armas que tinha...





Noite de glória para os forcados Académicos de Elvas na despedida do cabo fundador, Ivan Nabeiro



Para a excelente corrida de sábado dia 14 em Elvas muito contribuíram os toiros de Paulo Caetano que saíram bravos e a dar um exelente jogo aos toureiros.
Bastinhas esteve ao seu melhor nível. Cravou um dos melhores pares a duas mãos que lhe vimos nestes últimos tempos. Brindou ao céu emocionado á memória de seu pai, esse enorme cavaleiro e aficionado, homenageado nessa noite.
O seu novo cavalo negro de bandarilhas afirma-se corrida após corrida.
Paulo Caetano passeou classe e toureria no classicismo da sua forma de montar, na forma como lidou e na verdade que imprimiu ao seu toureio.
Mostrou a quem quis e sabe ver, a diferença que há entre galopar de lado e galopar ao revés.
Uma actuação para a história, a melhor que lhe vimos nos últimos anos, em que destaco os dois compridos e um curto em que o cavalo recuou para se enquadrar com o toiro, que já vinha em movimento.
Simplesmente genial!
João Moura Caetano ultrapassou em larga escala o que de bom vem fazendo esta temporada. Actuação sem mácula, recheada de emoção, arte, saber e verdade.
Depois de tourear de largo e em curto – dando todas as vantagens ao toiro - acabou por o mandar pôr em tábuas, mostrando a bravura deste e pondo um ferro de antologia.
Compartilhou a volta á arena com o cavalo Passapé, que teve nessa noite das melhores senão a melhor actuação da sua vida. Um fenómeno!
Marco Bastinhas começou com garra e valor ao receber o toiro á porta dos curros, para terminar com o show habitual dos violinos com bandarilhas de palmo e com um par a duas mãos excelente, sorte em que se afirma dia a dia.
A facilidade em chegar ao público foi notória.
Duarte Pinto esteve em plano de grande toureiro porque é efectivamente um grande toureiro. O classicismo tem nele um dos melhores/excelente interpretes.
Belíssima actuação que o público reconheceu, com uma merecida volta ao ruedo.
José Luís Rodrigues, este toureiro Venezuelano mostrou toda a dignidade e que sabe tourear.
O seu toureio é sóbrio, mas é bom e mais calhado com os cavalos teria outra expressão.
O Grupo de Forcados Acad. de Elvas teve uma noite para recordar. Primorosa pega do cabo Ivan Nabeiro - que fazia a sua despedida -, simplesmente perfeita e uma exelente prestação ao último toiro da noite por parte de Gonçalo Machado. O grupo pegou todos os toiros à primeira tentativa, com distinção.

Perante três quartos de casa, ao intervalo foi homenageado o saudoso taurino Sebastião Tenório, homem simples e grande aficcionado que deixou entre nós uma imensa saudade.

Texto: Jaime Cortesão
Fotos: José Foles

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