Empresário admite voltar a contratar Grupos de Forcados da Chamusca

O empresário João Pedro Bolota que, no final de Fevereiro, tinha anunciado não ir contratar nenhum dos dois grupos de forcados da Chamusca para as praças de toiros que tem concessionadas, admite recuar naquela posição.
Em declarações a O MIRANTE, disse que já reuniu com os cabos de forcados dos Amadores e do Aposento da Chamusca e que o problema está ultrapassado.A decisão de não convidar os grupos tinha surgido na sequência da atribuição da praça da Chamusca a um grupo de aficionados daquela vila. João Pedro Bolota reconhece que terá agido "a quente". "Sou amigo dos forcados e não posso esquecer que também fui forcado. Os cabos dos dois grupos procuraram-me e esclareceram que não tiveram nada a ver com o concurso para a praça. Reflecti e há grande probabilidade de alterar a minha posição". Logo após ser noticiado o veto do empresário aos grupos da Chamusca, o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Chamusca, que este ano celebra as bodas de prata da sua criação, emitiu um esclarecimento em que desmentia "categoricamente" o seu envolvimento em qualquer proposta concorrente à Praça de Toiros da Chamusca. No mesmo texto afirmava que todos os concorrentes lhe mereciam credibilidade e que o grupo nunca teve como objectivo a actividade empresarial.O esclarecimento foi publicado em alguns órgãos de informação. Não foi incluído nas últimas edições de O MIRANTE porque os Amadores do Aposento da Chamusca insistem que o mesmo seja editado como "Direito de Resposta" a notícias publicadas na "imprensa regional e nacional" que envolviam o grupo "numa proposta concorrente à adjudicação da Praça de Toiros da Chamusca", informação que O MIRANTE não veiculou.A exploração da praça de Toiros da Chamusca foi atribuída a um trio de aficionados locais. Segundo o Provedor da Misericórdia, entidade proprietária da Praça, a proposta vencedora prevê o pagamento de 12.500 euros na primeira temporada com direito de opção na segunda.