O festival realizado este domingo em Coruche, de angariação de fundos para a associação “ENCOSTATAMIM”, foi, no geral, uma “banhada”, não só pela qualidade do espectáculo, mas também pela chuva que fez questão de marcar presença durante a maior parte do festejo. Os novilhos de António José Teixeira que saíram à praça, com bonitas hechuras, cabanos de córnea, distraídos, com “pata” no inicio da lide, mas que prontamente se paravam, tendo sido, apesar de tudo, voluntariosos, com destaque para o saido em quinto lugar.Rui Salvador fez um bom esforço frente a um novilho sem prontidão nas investidas e que se doeu ao longo de toda a lide. O cavaleiro de Tomar valeu-se da experiência para dar a volta a este novilho, com merecido destaque para o 3º ferro curto, colocado a sesgo com uma reunião ao estribo, de enorme emoção, que só pecou pelo toque que levou à saída da sorte.O rejoneador Raul Martin Burgos sentiu algumas dificuldades para dar volta a um novilho distraído e que se parou ao longo de toda a lide. Martin Burgos passou discretamente, mas com mérito em Coruche, tendo tentado praticar um toureio correcto, que por vezes não lhe foi possível, ora por culpa do novilho, ora por culpa do rejoneador que por vezes teve reuniões atravessadas e pescadas.Em terceiro lugar saiu à arena a cavaleira Ana Batista que num gesto bonito e de enorme respeito brindou à memória de D. Conchita Cintrón. Em forma de gratidão a “Diosa Rubia” esteve com a cavaleira salvaterrense ao largo de toda a lide, sendo a que mais se destacou do sexteto. Iniciou a lide com dois ferros compridos de poder a poder que resultaram bem, com destaque para o cravado em segundo. Nos curtos utilizou o mesmo cavalo dos compridos e continuou em bom nivel a lide que vinha realizando, com destaque para o segundo curto que foi colocado com verdade ao estribo, apesar de levar ligeiro toque na montada.José Luís Cañaveral foi o que pior ¿toureou? Neste festival, apesar do novilho ter sido o que mais depressa se parou esperava-se algo mais, do que o toureio circense que José Luís praticou, tendo inclusive cravado dois palmos, um com a mão esquerda e outro, um violino com a mão esquerda. Deu volta apesar de vaiado por alguns e, ainda, incompreensivelmente, chamou o ganadeiro à arena, o qual acedeu ao convite.O quinto novilho foi o melhor do festival, pois foi o mais bem apresentado e o que melhor jogo deu, nunca tendo parado de investir ao contrário dos seus irmãos de camada. Brito Paes começou com uma lide correcta destacando-se no segundo comprido, extraordinário, e nos primeiro e segundo curtos que foram dos melhores momentos do festejo. A partir do terceiro curto a lide veio a menos com um quiebro com reunião na paralela, ao qual sucederam outros ferros de nível inferior em reuniões desajustadas.O último novilho do festejo coube ao ainda cavaleiro praticante Duarte Pinto que deixou a ferragem comprida com acerto. Nos curtos colocou cinco ferros, alguns correctos, com ligeiras entradas ao piton contrário, que fizeram com que as reuniões, por vezes, resultassem à garupa.O grupo de forcados foi composto pelos cabos e forcados destacados de vários grupos que consumaram as pegas à 1ª, 2ª, 3ª, 1ª, 2ª e 1ª tentativas.
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