terça-feira, 1 de setembro de 2009

F.Palha e Pinto Barreiros triunfam na Nazaré


Os ganaderos de Pinto Barreiros lidaram uma corrida extraordinária de presença e de interessantíssimo comportamento no passado sábado na praça do Sítio da Nazaré, na que o cavaleiro Francisco Palha assinou um importante triunfo.

Com cerca de metade da lotação ocupada, lidaram-se seis toiros musculados e sérios por diante, destacando-se do notável lote os lidados em 1º,4º e 6º lugares. Todos os toiros tiveram grandes condições para a lide, vieram a mais mas os cavaleiros nem sempre estiveram à altura de tão importantes oponentes.

Pelo contrário, Francisco Palha rubricou duas excelentes actuações, com especial destaque para a primeira, na que esteve realmente perfeito desde que recebeu a vibrante investida do toiro. Cravou compridos ajustados à tira e ferros curtos de grande exposição, acudindo de frente ao encontro sempre com a elegância que o caracteriza. Quando se preparava para abandonar a arena, o público exigiu que cravasse mais um curto que acabou por ser um dos melhores da lide que levantou um clamor nas apertadas bancadas do Sítio.

Com o sexto esteve igualmente decidido, excelente na preparação dos ferros ainda que o toiro esperasse devido ao facto de ter perdido as mãos num par de ocasiões à saída dos capotazos. Após cada uma das actuações, deu merecidíssimas voltas à arena.

A José Manuel Duarte tocou o lote. Dois toiros para sonhar o toureio e pegar um verdadeiro zambombazo. Com o primeiro, colorado e olho-de-perdiz, que durou uma barbaridade, esteve correcto. Com o quarto, sem dúvida o melhor da noite e de muitas noites, ficou muito aquém do esperado. A um toiro com tanta classe e bravo de verdade, não se pode cravar o primeiro curto a sesgo. O animal teve um ritmo e uma cadência na investida humilhada como poucas vezes se vê no nosso país.

Filipe Gonçalves esteve animoso nas duas actuações com destaque para a que assinou ao quinto da ordem, na que deixou curtos após vibrantes e ajustadas batidas ao piton contrário que provocaram cálidas ovações.

Não foi uma noite feliz para os homens das ramagens. O grupo de Alter do Chão cumpriu com decisão enquanto que os Amadores das Caldas da Rainha demonstraram uma falta de conhecimento na escolha dos terrenos para colocar o toiro. Para além disso não se pode gesticular tanto com os bandarilheiros quando tentavam tirar o toiro da querença, o que o Cabo não permitiu, acabando o burel por desfeitear o grupo. Nestes casos o mais honesto seria um pedido de desculpas aos homens que nessa noite vestiram de azabache.

Nesta última nocturna de Agosto, sob direcção aficionada de Nuno Nery, o Toiro voltou à arena da Nazaré e com ele Francisco Palha mostrou porque é uma das grandes esperanças para os aficionados ao toureio equestre.

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