terça-feira, 17 de maio de 2011

5ª no Campo Pequeno: Forcados da T.T. Terceirense


Glória e Honra ao Forcado Açoreano

Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, 38 anos de História

A tradição tauromáquica açoreana nomeadamente a terceirense fomenta umas das mais ricas, peculiares e emblemáticas páginas da História da Tauromaquia portuguesa. Nesse sentido a existência de forcados açoreanos é uma realidade desde meados do séc. XIX.

Em 1973, o já consagrado forcado João Hermínio Ferreira, decide fundar um grupo de forcados, com o objectivo de colmatar uma lacuna, em termos de grupo, criando um conjunto coeso e permanente, com conhecimentos técnicos, preparação física, que servisse de incentivo as novas gerações. É atrás deste sonho que João Hermínio funda o hoje consagrado Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.

Em 1989, o seu fundador João Hermínio, despe a jaqueta e cede o comando do grupo a António Baldaya que se mantêm como cabo até ao ano de 2001.

A 27 de Junho de 2001, na praça de toiros da ilha Terceira e durante as Sanjoaninas, António Baldaya, despede-se das arenas após doze magníficas temporadas cedendo a condução do grupo a Adalberto Belerique, seu actual cabo.

Em vésperas de uma das mais expectantes corridas da temporada na monumental Praça de Toiros do Campo Pequeno, o NATURALES conversou com Adalberto Belerique.

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  • Que importância tem para o grupo pegar em solitário numa corrida na Praça de Toiros do Campo Pequeno?

AB- Como é evidente, é bastante importante! Já actuámos várias vezes na primeira praça do país, no entanto nunca o tínhamos feito em solitário. Fazê-lo, na apresentação de uma ganadaria açoriana, à qual estamos bastante ligados, torna isso ainda mais especial.

  • Em comparação com a maioria dos grupos do Continente, o vosso grupo actua em menos corridas por temporada. Acha que é mais complicado manter um grupo de Forcados na ilha, ter treinos, arranjar novos elementos, etc. do que os grupos existentes aqui em Portugal Continental?

AB- Nós fazemos uma média de 10/12 corridas por ano, repartidas entre os Açores e o continente. A maior dificuldade que encontramos é a distância, e os custos a ela associados. Fazemos este ano 38 anos de existência, temos uma larga tradição, uma História de que nos orgulhamos muito, ao mesmo tempo que damos tudo tarde a tarde, para enriquecermos essa História. O facto de vivermos numa ilha, condiciona um pouco as coisas, mas temos várias ganadarias que nos cedem gado todos os anos para treinarmos, e fazemos sempre uma média de 15 treinos antes de começarmos a época. Em relação à captação de novos elementos, temos um Grupo Infantil e Juvenil, com um número elevado de miúdos a fazerem a sua iniciação nesta arte, que assegura o futuro desta Instituição.

  • A corrida do próximo dia 19 de Maio tem outro aliciante que é a presença dos toiros de Rego Botelho, também eles dos Açores. Para vocês esse facto torna ainda mais especial a corrida?

AB- Para nós a corrida do dia 19 é de facto muito especial por vários motivos. Em primeiro lugar, estrear-se-á na primeira para do país, a ganadaria Rego Botelho, quanto a mim, uma das melhores do país, sendo um dos proprietários, o cabo que me antecedeu, António Baldaya. Para além desse facto, julgo que nessa noite, nos vamos sentir a actuar na "nossa praça", tal é o número de terceirenses e açorianos em geral que se vai deslocar a Lisboa para assistir à corrida.

  • Como está já delineada a vossa temporada este ano? Terão mais actuações no Continente?

AB- Por enquanto, apenas pegámos num Festival. Nesta deslocação, para além da corrida do Campo Pequeno, actuamos também na Moita, no dia 22. Ainda antes destas duas corridas, faremos no dia 15, um treino em Sevilha, na ganadaria Partido de Resina, ex. Pablo Romero. Após o nosso regresso, faremos toda a época Açoriana, estando prevista mais uma deslocação ao continente no final de Agosto, para pegarmos mais duas ou três corridas.

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