segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Crónica da Corrida de Beja

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Amadores de Beja triunfam em casa

Se muitos desconfiavam da antecipação da tradicional corrida de S. Lourenço de 10 para 7 de Agosto, as duvidas ficaram dissipadas com a resposta do publico, que aderiu em força e que preencheu cerca de ¾ fortes das bancadas da centenária praça de toiros José Varela Crujo em Beja.

Os toiros de Varela Crujo saíram bem apresentados, mas algo reservados, a adiantarem-se nas reuniões e a complicarem o trabalho aos seis cavaleiros em praça, e como curiosidade, todos eles a sofrerem toques nas montadas, uns com mais violência do que outros.

Os cavaleiros tiveram uma noite de muito trabalho, mas todos conseguiram dar a volta aos oponentes.

Luís Rouxinol, a deixar que as montadas fossem tocadas por diversas vezes, embora sem grande violência, mas depois de entender o toiro a lide subiu e Rouxinol voltou a deixar enorme ambiente em Beja. Terminou a actuação com o par a duas mãos e um palmito.

Vitor Ribeiro encontrou um “Crujo” que desde cedo começou a descair para tábuas, mas o cavaleiro de Almada, não se intimidou e com uma lide de entrega e de muito conhecimento dos terrenos que pisava acabou por assinar em Beja uma lide de triunfo.

Sónia Matias reaparecia em Beja depois da colhida que sofreu em Maio, voltou a apanhar alguns sustos com toiro que se adiantava nas reuniões, mas também ela não se intimidou e deu a volta por cima.

“Mia” Brito Paes, também começou por sofrer dois toques na montada, também cresceu e nas bandarilhas a montar o “Vinhas” chegou ao público com os ferros em sortes cambiadas.

Duarte Pinto, um cavaleiro que está a realizar uma grande temporada, andou recto para o toiro, a deixar os ferros ao estribo e foi uma agradável surpresa para quem ainda não o tinha visto tourear.

Fechou a corrida Tiago Carreiras, que como todos os seus colegas de cartel começou por sentir dificuldades em entender o toiro, mas acabou por resolver os problemas com ferros a surpreender o toiro, depois de uma passagem em falso, virava para dentro e deixava o ferro. Não utilizou nesta noite o “Quirino” para descontentamento dos aficionados bejenses.

Nas pegas noite dura para os forcados, onde os amadores de Alcochete que regressavam a Beja passado 13 anos foram quem mais sofreu na pele a dureza das investidas dos toiros. Abriu praça o experiente José Miguel Barbosa “Vinagre” que apenas à 4.ª tentativa e a sesgo conseguiu consumar a pega. O segundo que saiu em sorte para os Amadores de Alcochete foi pegado por Joaquim Quintela, à terceira tentativa e finalmente a fechar a noite, o cabo Vasco Pinto frente ao mais complicado da corrida também à terceira, e a sesgo com ajudas carregadas. Nota neste grupo para o primeiro ajuda João Angelo Rei, que é um verdadeiro exemplo de forcado amador, que esteve muito valente e sempre com a mesma vontade nas dez tentativas do grupo. Olé João Angelo!!!

Os Amadores de Beja tiveram uma noite de triunfo onde o destaque maior vai para a coesão das ajudas. Abriu praça o experiente Ricardo Soares numa pega toda ela perfeita, com o forcado a marcar todos os momentos da pega com eficiência, a encher a cara ao toiro e com o grupo a fechar bem. O segundo foi pegado por Hugo Santana “Moldavo”, o chamado “pega bombas” deste grupo que se fechou com decisão também à primeira tentativa. No último da noite Ricardo Castilho realizou duas tentativas, na primeira faltou uma “mãozinha” nas terceiras ajudas, depois, quando o grupo se preparava para ir para mais uma tentativa, o toiro aparentemente “congestionou” e acabou por cair fulminado para o lado.

Dirigiu a corrida acertadamente e com critério o delegado técnico tauromáquico Agostinho Borges.

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