sexta-feira, 20 de março de 2009

A morte de Francisco Matias: A medalha maior



Notícia brutal. Acontecem nas mais variadas actividades. Quando menos se espera. Nalgumas morre-se nos braços de uma paixão. Assim a vida se alimenta, entre sonhos e quimeras, esperanças e desilusões. Mensagens de quem assume encarar a morte como factor mais sublime da própria vida...Na festa de touros, assim é. A tragédia acontece, não para arrependimentos, mas em consciência da paixão que faz homens e mulheres removerem as montanhas dos medos. Engrandece nas horas más a memória de uns e o reconhecimento de todos.Francisco Matias, 25 anos de juventude e entusiasmo, mais recente caso de entrega total. Sonho de uma pega, faena da sua vida. Menino de sorriso aberto e franco, homem de raça e braços de generosa força, corpo de técnica, voz de conquista, alma convicta e essencialmente pura!Forcado dos Amadores de Portalegre, morreu num treino. A sorte foi diferente. Ou não existiu ou premiou-o como um herói da tauromaquia, eternos na recordação, na saudade, no exemplo.Alerta a quem pensa que o perigo é coisa remota. Touro ou vaca, símbolo do poder solar antigo, tem na força e cornos cúmplices de triunfos diferentes: o do êxito grande com sorrisos ou lágrimas vertidas diante de um corpo inerte mas de grandeza sem limite! Lá em Cima, outro herói de Portalegre, Pedro Belacorça, que há oito anos morreu na arena de Lisboa estará a receber Francisco Matias. Ambos, por paixão! Quando a morte é a medalha maior.

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