segunda-feira, 15 de junho de 2009

Casa cheia e bom espectáculo no Pinhal Novo


- Praça de Toiros desmontável no Pinhal Novo

- Data: 13 de Junho de 2009 às 22 horas ( em ponto )

- Empresa: Associação dos Amigos da Festa Brava do Pinhal Novo

- Organização: Associação dos Amigos da Festa Brava do Pinhal Novo

- Ganadaria: José Samuel Lupi.

- Cavaleiros: Luís Rouxinol e Gilberto Filipe

- Matadores de toiros: Nuno Velasquez

- Grupos de Forcados Amadores: de Alcochete e Pinhal Novo, capitaneados por Vasco Pinto e Sandro Patraquim, respectivamente.

- Assistência: Casa Cheia “até à bandeira”- Delegados da IGAC: Delegado técnico tauromáquico Sr. António José Martins, assessorado pelo médico veterinário Dr. António Rita

Banda: Filarmónica União Agrícola
A Associação dos Amigos da Festa Brava do Pinhal Novo levou a efeito mais uma agradável noite de toiros, no Pinhal Novo, a que o público respondeu enchendo a praça.Os toiros eram da ganadaria do Eng. José Samuel Lupi, encaste Murube – Urquijo e antiguidade de 28/09/47 em Madrid, com boa apresentação e, dando de um modo geral, bom jogo. Com pesos estimados entre os 445 e os 470 kg, as reses vinham marcadas com o nº 6 nas espáduas, portanto tratava-se de novilhos. Por facilidade de expressão, na crónica utilizaremos o termo “toiro”.
Luís Rouxinol veio ao Pinhal Novo cheio de vontade de chegar ao público com o toureio alegre que se lhe conhece. O primeiro da noite foi recebido e parado superiormente. Após a cravagem de três compridos, de frente, Luís mudou de cavalo. Utilizando uma forma de lidar baseada em sortes frontais e remates vistosos, cravou quatro curtos, e um palmito a pedido do público.O público exigia um tradicional par de bandarilhas, mas o cavaleiro não acedeu, sendo despedido com uma ovação.O seu segundo, um toiro com arrancadas imprevisíveis e de mau génio, doeu-se com o primeiro ferro. Rouxinol teve que se esforçar muito com uma brega muito trabalhada para conseguir retirar partido do seu oponente. Cravou três compridos e, já com outro cavalo desenvolveu um trabalho aturado, conseguindo cravar a ferragem da ordem com ferros a quarteio, sempre de frente como mandam as regras. A pedido do público, cravou um palmito e um par de bandarilhas, de belo efeito, que face às características do toiro, saiu melhor do que o toureiro inicialmente teria pensado.
Para Gilberto Filipe, o segundo da ordem. Cravou dois compridos à tira e, depois de mudar de cavalo, quatro curtos bem preparados, com remates vistosos, mas algo exagerados. Voltou a mudar de montada e cravou mais dois, a quiebro, sem história.No quinto da noite, Gilberto, veio com o “gás todo”, cravou dois compridos à tira e após duas mudas de cavalo, desenvolveu uma lide com velocidade a mais, não conseguindo, por vezes, marcar os tempos da sorte, ficando alguns ferros a cilhas passadas, tendo cravado cinco curtos. No entanto o seu toureio alegre, chegou às bancadas e o público divertiu-se.
Para o matador de toiros, Nuno Velasquez, saíram os dois toiros mais pequenos da corrida.No primeiro, recebido à verónica, viu-se com agrado um quite por parons, depois de um tércio de bandarilhas executado a primor, pela quadrilha, o diestro desenvolveu a sua lide com séries de “derechasos” e “naturais” com pouco temple, não encontrando nem sítio nem distâncias.No que encerrou a corrida, Nuno Velasquez, recebeu com alguns lances de capote, sem expressão. Igualmente bandarilhado com excelência, realçam-se duas séries, uma pela direita e outra pela esquerda.
Estavam em praça dois grupos de Forcados Amadores, o de Alcochete e o da casa, Pinhal Novo.Como mais antigo, coube aos homens de Alcochete abrir a função, para o que foi escolhido Daniel Esteves que à primeira tentativa não se conseguiu fechar, mas na segunda, aguentou fortes derrotes, quando já na viagem, o toiro parou e derrotou, sem que ainda tivesse chegado ao grupo. Pega difícil mas que o público reconheceu.Ricardo Mota foi o escolhido para o grupo fechar a sua participação nesta noite. Citou com galhardia, fechou-se bem na cara do toiro, que humilhou. Bem ajudado, consumou sem problemas.
Pelos Forcados da terra, primeiro saiu Rudi Mota que citou com calma, esteve bem a receber e a fechar-se, consumou a pega bem ajudado.Para o quinto da noite foi escalado, por Sandro Patraquim, Rui Pragana. Na primeira tentativa, embora o toiro não fosse claro na investida, o forcado fechou-se na cara do toiro, mas o grupo não ajudou e a pega desfez-se. Na segunda tentativa o toiro não saía, após aviso de um borladero, mudou de terrenos e arrancando à voz, entrou pelo grupo, que se desuniu; aguentou Rui Pragana uma enormidade, só se recompondo o grupo, junto aos curros.Estava consumada a pega da noite.
Todos os artistas deram volta à arena, recebendo os aplausos do público, que se divertiu nesta noite onde houve um bom espectáculo de toiros, deixando bom ambiente com um até para o ano.
O Mais e o Menos+ O espectáculo. O público foi-se divertir e divertiu-se- Continua a falta de respeito para com os artistas, com o público a movimentar-se nas bancadas durante as lides.

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