- Praça de Toiros de Alcochete
- Data: 11 de Agosto de 2009, pelas 22.00 horas
- Empresa: Toiros & Tauromaquia
- Ganadaria: Fernandes de Castro
- Cavaleiros: Rui Fernendes, Vítor Ribeiro e João Telles Jr
- Grupo de Forcados Amadores: do Aposento do Barrete Verde de Alcochete e de Coruche, capitaneados por João Salvação e Amorim Ribeiro Lopes, respectivamente
- Assistência: ¾ de casa
- Delegados da IGAC: delegado técnico tauromáquico Sr. Francisco Farinha, assessorado pelo médico veterinário Dr. António José Rita.
Mais uma boa entrada de público para presenciar a 2ª corrida de toiros das festas de Alcochete, esta com o apoio do Jornal de Alcochete. Em praça três cavaleiros que são de primeiro plano do toureio a cavalo nacional e dois grupos de forcados em competição, para pegarem seis toiros de uma ganadaria habitualmente difícil.
Os toiros, da ganadaria de Fernandes de Castro, a acusarem na balança da praça pesos entre os 550 e os 570 Kg, saíram bem apresentados e com trapio. Em termos de comportamento foram mansos, reservados, a empregarem-se pouco, mas, no geral, a deixarem-se lidar.
Nota negativa para a alteração na ordem de lide dos toiros sem que o público fosse informado da razão para tal alteração, o que deixou no ar algumas dúvidas, tendo em conta que foi substituído o toiro mais pesado da corrida (com o peso anunciado de 650 Kg).
Rui Fernandes teve esta noite duas actuações bastante parecidas, com lides a meias com os seus bandarilheiros que intervieram nos intervalos de cravagem de todos os ferros, mais parecendo que os toiros saíram para serem lidados pelos subalternos. A intenção foi nitidamente retirar força aos astados, diminuindo-lhe o poder de investida. É inadmissível que um cavaleiro da sua craveira consinta estas atitudes… Em ambas as lides, o cavaleiro levou os toiros em vistosos ladeios ao longo das tábuas, conduzindo as montadas sempre com as duas mãos, para depois deixar ferros em sortes aliviadas, sem qualquer emoção nas reuniões e sem destaque de maior, pois que os toiros se encontravam já “dominados” pelos capotes.
Vítor Ribeiro não esteve ao seu melhor nível nesta sua passagem pelo Barrete Verde. Na primeira lide cometeu erros em demasia, com falhas de colocação de ferros e a consentir toques na montada. Foi assim nos 3º, 4º e 5º ferros curtos. Os 1º, 2º e 6º, foram de boa nota, com colocação em sorte frontais e reuniões ao estribo. No final, por insistência do público, agradeceu nos médios, recusando dar volta. A sua segunda actuação teve, também ela, um início menos bom, com colocação do primeiro ferro comprido na espádua do toiro. A partir daí as coisas correram melhor e deixou cinco curtos de correcta execução, embora em reuniões pouco ajustadas e sem colaboração do toiro, numa lide que não chegou ao público.
João Telles Jr. foi, quanto a nós, o grande triunfador da noite. A sua primeira lide foi uma daquelas que ficará na memória de quem assistiu. Perante um toiro manso e que constantemente procurava terrenos de tábuas o jovem cavaleiro mostrou raça e grande valor. Abriu com três compridos de muito boa nota, com destaque para o segundo, colocado em sorte frontal, de alto abaixo e em reunião bem cingida e emotiva. Com uma brega de fazer inveja a muitas das consagradas figuras, colocando o toiro sem qualquer tipo de ajuda dos seus subalternos, cravou cinco ferros curtos de nota alta, com destaque para o 2º em que o toiro sai por cima da garupa do cavalo, tocando a casaca do cavaleiro. Ao último da noite o cavaleiro da Torrinha ministrou também uma boa lide, bem ao seu estilo. Abriu o toiro com duas tiras de boa execução e quatro curtos cravados de frente e ao estribo, antecedidos de forte batida ao piton contrário. Destaque para o ferro cravado em segundo lugar, um ferro que fez levantar o público das bancadas. Terminou com um violino, seguido de um ferro de palmo e um par de bandarilhas, que nada trouxeram de enriquecedor, mas que são muito aplaudidos pelo público.
O Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete, iniciou a noite de pegas por intermédio de João Cabrita. Citou bem, o toiro arrancou mal o avistou, fez um estranho ao chegar ao forcado o que não permitiu uma reunião correcta, tendo este ficado de lado, perdendo a cara, mas recuperou bem e conseguiu pegar. Considerou o grupo que a pega não tinha sido efectuada (ao contrário do Director de corrida) e repetiu novamente. Ao segundo intento o forcado saiu com um forte derrote antes de chegar às ajudas e só à terceira tentativa a pega foi dada como consumada, tendo o forcado ficado completamente fora da cara do toiro, numa pega que não deveria ter sido considerada. Apesar disso, o forcado saiu para a volta à arena. Para pegar o terceiro da ordem, saltou o cabo João Salvação. Perante uma arrancada pronta do toiro, com muita pata, fechou-se como uma lapa, recebeu uma grande primeira ajuda e consumou uma muito boa pega, bem ajudado por todo o grupo. André Bento saiu para pegar o último do grupo, citou de meia praça, o toiro arrancou com prontidão, a reunião a não acontecer da melhor forma, mas o toiro a perder as mãos, indo ao chão e a pega a consumar-se sem grandes dificuldades.
O Grupo de Forcados Amadores de Coruche não esteve em noite muito acertada. António Macedo foi o forcado escolhido para pegar o 2º da ordem e só ao terceiro intento conseguiu consumar a pega, depois de na primeira entrada ter andado depressa de mais para o toiro, e nem sequer ter conseguido reunir e de na segunda não ter recuado o suficiente e o toiro ter investido no peito do forcado. Apesar disso, saltou espontaneamente para a volta, tendo apenas agradecido nos médios com o cavaleiro. Nuno Feijoca citou a ganhar terreno ao 4º toiro da ordem, que arrancou mal viu o forcado, este recebeu-o mal e a reunião aconteceu ao nível das pernas. Na segunda entrada, fechou-se correctamente, mas saiu com a intervenção do primeiro ajuda. Consumou à terceira tentativa, numa boa pega, bem ajudado pelo grupo. Apesar de tudo, no final deu volta sem hesitar. O cabo Amorim Ribeiro Lopes encerrou a noite de pegas. Citou correctamente, o toiro arrancou de pronto, o forcado toureou-o superiormente, reuniu e consumou uma muito boa pega, bem ajudado pelo grupo.
O Mais e o Menos
Mais uma boa entrada de público para presenciar a 2ª corrida de toiros das festas de Alcochete, esta com o apoio do Jornal de Alcochete. Em praça três cavaleiros que são de primeiro plano do toureio a cavalo nacional e dois grupos de forcados em competição, para pegarem seis toiros de uma ganadaria habitualmente difícil.
Os toiros, da ganadaria de Fernandes de Castro, a acusarem na balança da praça pesos entre os 550 e os 570 Kg, saíram bem apresentados e com trapio. Em termos de comportamento foram mansos, reservados, a empregarem-se pouco, mas, no geral, a deixarem-se lidar.
Nota negativa para a alteração na ordem de lide dos toiros sem que o público fosse informado da razão para tal alteração, o que deixou no ar algumas dúvidas, tendo em conta que foi substituído o toiro mais pesado da corrida (com o peso anunciado de 650 Kg).
Rui Fernandes teve esta noite duas actuações bastante parecidas, com lides a meias com os seus bandarilheiros que intervieram nos intervalos de cravagem de todos os ferros, mais parecendo que os toiros saíram para serem lidados pelos subalternos. A intenção foi nitidamente retirar força aos astados, diminuindo-lhe o poder de investida. É inadmissível que um cavaleiro da sua craveira consinta estas atitudes… Em ambas as lides, o cavaleiro levou os toiros em vistosos ladeios ao longo das tábuas, conduzindo as montadas sempre com as duas mãos, para depois deixar ferros em sortes aliviadas, sem qualquer emoção nas reuniões e sem destaque de maior, pois que os toiros se encontravam já “dominados” pelos capotes.
Vítor Ribeiro não esteve ao seu melhor nível nesta sua passagem pelo Barrete Verde. Na primeira lide cometeu erros em demasia, com falhas de colocação de ferros e a consentir toques na montada. Foi assim nos 3º, 4º e 5º ferros curtos. Os 1º, 2º e 6º, foram de boa nota, com colocação em sorte frontais e reuniões ao estribo. No final, por insistência do público, agradeceu nos médios, recusando dar volta. A sua segunda actuação teve, também ela, um início menos bom, com colocação do primeiro ferro comprido na espádua do toiro. A partir daí as coisas correram melhor e deixou cinco curtos de correcta execução, embora em reuniões pouco ajustadas e sem colaboração do toiro, numa lide que não chegou ao público.
João Telles Jr. foi, quanto a nós, o grande triunfador da noite. A sua primeira lide foi uma daquelas que ficará na memória de quem assistiu. Perante um toiro manso e que constantemente procurava terrenos de tábuas o jovem cavaleiro mostrou raça e grande valor. Abriu com três compridos de muito boa nota, com destaque para o segundo, colocado em sorte frontal, de alto abaixo e em reunião bem cingida e emotiva. Com uma brega de fazer inveja a muitas das consagradas figuras, colocando o toiro sem qualquer tipo de ajuda dos seus subalternos, cravou cinco ferros curtos de nota alta, com destaque para o 2º em que o toiro sai por cima da garupa do cavalo, tocando a casaca do cavaleiro. Ao último da noite o cavaleiro da Torrinha ministrou também uma boa lide, bem ao seu estilo. Abriu o toiro com duas tiras de boa execução e quatro curtos cravados de frente e ao estribo, antecedidos de forte batida ao piton contrário. Destaque para o ferro cravado em segundo lugar, um ferro que fez levantar o público das bancadas. Terminou com um violino, seguido de um ferro de palmo e um par de bandarilhas, que nada trouxeram de enriquecedor, mas que são muito aplaudidos pelo público.
O Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete, iniciou a noite de pegas por intermédio de João Cabrita. Citou bem, o toiro arrancou mal o avistou, fez um estranho ao chegar ao forcado o que não permitiu uma reunião correcta, tendo este ficado de lado, perdendo a cara, mas recuperou bem e conseguiu pegar. Considerou o grupo que a pega não tinha sido efectuada (ao contrário do Director de corrida) e repetiu novamente. Ao segundo intento o forcado saiu com um forte derrote antes de chegar às ajudas e só à terceira tentativa a pega foi dada como consumada, tendo o forcado ficado completamente fora da cara do toiro, numa pega que não deveria ter sido considerada. Apesar disso, o forcado saiu para a volta à arena. Para pegar o terceiro da ordem, saltou o cabo João Salvação. Perante uma arrancada pronta do toiro, com muita pata, fechou-se como uma lapa, recebeu uma grande primeira ajuda e consumou uma muito boa pega, bem ajudado por todo o grupo. André Bento saiu para pegar o último do grupo, citou de meia praça, o toiro arrancou com prontidão, a reunião a não acontecer da melhor forma, mas o toiro a perder as mãos, indo ao chão e a pega a consumar-se sem grandes dificuldades.
O Grupo de Forcados Amadores de Coruche não esteve em noite muito acertada. António Macedo foi o forcado escolhido para pegar o 2º da ordem e só ao terceiro intento conseguiu consumar a pega, depois de na primeira entrada ter andado depressa de mais para o toiro, e nem sequer ter conseguido reunir e de na segunda não ter recuado o suficiente e o toiro ter investido no peito do forcado. Apesar disso, saltou espontaneamente para a volta, tendo apenas agradecido nos médios com o cavaleiro. Nuno Feijoca citou a ganhar terreno ao 4º toiro da ordem, que arrancou mal viu o forcado, este recebeu-o mal e a reunião aconteceu ao nível das pernas. Na segunda entrada, fechou-se correctamente, mas saiu com a intervenção do primeiro ajuda. Consumou à terceira tentativa, numa boa pega, bem ajudado pelo grupo. Apesar de tudo, no final deu volta sem hesitar. O cabo Amorim Ribeiro Lopes encerrou a noite de pegas. Citou correctamente, o toiro arrancou de pronto, o forcado toureou-o superiormente, reuniu e consumou uma muito boa pega, bem ajudado pelo grupo.
O Mais e o Menos
+ A lide de João Telles Jr. ao segundo toiro da noite.
- A entrada de público no decorrer das lides e a circulação constante, durante toda a corrida, de vendedores pelas bancadas.
- As constantes e exageradas intervenções dos bandarilheiros nas lides de Rui Fernandes.
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